Abre-se uma janela! (Capítulo I)
Volto-me para o mundo. Tento me reordenar, a respiração fica ofegante, por segundos sinto um frio na espinha. É verão, mas faz frio e o dia está cinzento. Como posso respirar esse ar que me sufoca, quero fugir, gritar, fazer as bases tremerem, que posso fazer? Estou perto da linha do trem, mas não tenho uma previsão de quando ele vai chegar. Me sinto aquém do mundo, e alem, muito distante deste planeta, sinto o sangue pulsar como se quisesse explodir minhas veias. Quero voltar a minha cidade natal, não quero mais estar aqui, o que fazer?
Atendo o telefone, a ligação está ruim e a voz está baixa: -Alô?
-Quem esta falando? tútútútútu!!!! A ligação caiu. Perda de tempo!
Vou esperar aqui até vir o trem, sinto muito, muito mesmo...!