FATO REAL

Eu servi ao Exército em 1973, aqui em Brasília, na 3ª Brigada de Infantaria, e depois de alguns anos, ou seja, em janeiro de 1981, eu precisei de uma declaração no “Bom Comportamento” para prestar um concurso para a Força Aérea. Só que a 3ª Brigada de Infantaria havia sido transferido para Goiânia – GO. Na época eu estava desempregado, e consegui o dinheiro da passagem somente pra ida e volta. Ao descer no quartel que fica logo na entrada de Goiânia, o sentinela me informou que teria sido só meio expediente, que eu teria que voltar no dia seguinte, inexperiente, fiquei apavorado e resolvi ir pra rodoviária. Sentei-me em um banco e fiquei pensando o que fazer. Bastante preocupado e temeroso, eu me perguntava, meu Deus o que eu faço. Eu já estava lá a mais de duas horas, já passava das 15:00 h, com fome e sem conhecer ninguém comecei a ficar mais nervoso ainda, nisso sentou-se ao meu lado uma senhora de idade cabelos grisalhos e disse-me; você parece estar muito nervoso, contei a história para ela. Ela vá até tal lugar? É um pouco longe, mas lá tem uma pousada, você pode ficar lá à noite e depois resolver seu problema. Fui não foi difícil encontrar, era um galpão de madeira com muitos cômodos e pelo aspecto estava abandonado. Nisso apareceu uma velhinha de onde ela saiu! Não sei. Disse-me, meu filho esta pousada está abandonada há muito tempo. Ficava nas margens da rodovia de fronte para o mato. Agradeci a velhinha e ao olhar para um dos cômodos, vi um quadro sobre uma pilha de madeira era exatamente a senhora que sentou-se ao meu lado na rodoviária. Perguntei a velhinha: Essa senhora do retrato estava na rodoviária e mandou que eu viesse aqui. Você enganou-se, disse ela. Essa senhora faleceu há muitos anos. Coincidência ou não, fato que me preocupou ao longo de muito tempo.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 24/09/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2517499
Classificação de conteúdo: seguro