O VAMPIRO DO DIA - Capítulo 5 - A NOVA DESCOBERTA
Fiquei bastante pensativo sobre o grande arsenal de conhecimentos históricos, em torno dos fatos aprendidos daquele majestoso Forte do Brum. Fiquei encantado com a riqueza e a quantidade de fatos e de informações. Mesmo sabendo que muitas podem ser verídicas pelas provas que lá ainda estão marcadas. Outras talvez até não, mas de certo modo, poderia até investigar por outras razões quem sabe!
Muito mais agora estaria disposto a continuar pela pesquisa que teria iniciado, reforçada pela riqueza de fatos históricos. Pelo pensamento de fazer cumprir os objetivos, não importando o quanto deveria parar para estudar, analisar e escrever. O importante naquele momento era saber e poder entender tudo aquilo que não seria tão fácil. Por outro lado teria de imaginar que já fazia parte da minha rotina.
Sabia de dentro do meu ego, que teria de ficar sempre atento. Observando detalhes, não importando o tempo. Os aspectos das árvores frondosas, por exemplo, era um ponto marcante para pensar mais e ser paciente. Sentia a esperança de que algo a qualquer momento poderia acontecer. Talvez, eram as palavras que desejava ouvir. Quem sabe histórias para sugerir novas buscas e talvez novos achados. Bem cuidadoso cada vez mais teria de fazer cumprir o bom trabalho, que cada dia mais me deixava animado e realizado.
Para a minha surpresa avistei um homem, que apesar da distância que ele se encontrava de mim, achei parecido com o tal homem que vivia andando pela Rua do Bom Jesus outro dia. Pensei no mistério que poderia existir em torno daquele homem, que tanto pretendia um dia ainda encontrar. Algo falava para o meu interior:
Eu tenho de encontrar Saldanha, ainda lembro da voz dele dizendo:
- O meu nome é Damião Saldanha, do Forte do Lampião.
Procurei andar mais rápido para me aproximar do homem que vi na rua andando. Infelizmente, quando observei de perto descobri que não era ele.
Apesar de ter visto que não era Saldanha, resolvi mesmo ainda perguntar:
- O senhor pode falar comigo?
O tal homem tinha uma forte expressão na voz e muito mais ainda no olhar. Quando me viu respirou bem profundo e me respondeu:
- Se o Sr. quer um guia eu posso fazer mas cobro dinheiro.
Achei melhor prometer um pagamento, pois achava que fazendo assim teria desde já a simpatia daquele homem. Acertei desde já perguntando se ele poderia fazer um trabalho comigo. Ou se ele não poderia por algum outro compromisso de trabalho naquele dia. Mas, para a minha sorte, ele aceitou as minhas condições dizendo que se chamava de Joaquim Salgado e continuamos a conversar.
Resolvemos agora entrar para tomar um suco ou algum líquido para beber. Coincidências ou não, entramos naquela lanchonete que um dia pensei que havia parado outro dia. Para minha surpresa, tinha um nome bem grande e luminoso pela cor verde fluorescente. Chamava a minha atenção, porque não tinha a parede de cor vermelha. Achei bem diferente pelo estilo rústico e com vários objetos antigos pendurados, como máquina de escrever bem antiga do século passado. Quadros bem destacados como caravelas antigas, com cordões de cor carmim formados modelos de nós. Lembrei que já teria visto aquilo em uma viagem que um dia fiz de navio; saindo do Porto de Lisboa para a região das Ilhas dos Açores. Algo me fazia ficar admirado pelas semelhanças que encontrava naquele local. Avistei também, alguns outros objetos antigos como restos de peças de achados arqueológicos, que por sinal achei muito interessante. Principalmente, pela cor ainda original aparentemente e da conservação. Somente algo me fazia curioso porque aquele local há poucos dias estava tão diferente!
Sentamos para conversar. Achei melhor antes de começarmos a falar almoçar. De pronto chamei um jovem rapaz que ficava trabalhando naquele local limpando as mesas, e pedi para ele chamar alguém. Logo veio um outro homem que chegou trazendo um menu daquele restaurante e nos entregou. Nesse momento pude perceber que não era mesmo aquela lanchonete e sim um outro lugar, por sinal mais organizado e mais funcional apesar do estilo um tanto antigo.
Foi quando vi o nome do Restaurante Esquina Terceira das Quintas, achando bastante original. Pensei logo, por aqui deve ter movimento quem sabe mais, nas quintas-feiras. Por outro lado fiquei curioso porque esquina terceira!
Pedimos para almoçar uma feijoada, como ele havia falado porque naquele dia era santo da padroeira da cidade de Recife. Que por isso era um dia especial. Que festejava o dia de Nossa Senhora do Carmo. Muitas pessoas estariam mais tarde naquele local para comemorar. Muitos políticos, artistas, escritores deveriam ali chegar até o início da noite. Observei que algumas das mesas já estavam sendo reservadas. Pensei eu vou ficar por aqui mesmo, para fazer o que tanto desejava. Nesse sentido resolvemos de forma diferente.
Almoçamos e bebemos um vinho que foi servido que era fabricado em Poço de Caldas, interior de Minas Gerais. Cada taça era seguida por um gole de água, que deixava o sabor ser mais rico da qualidade de um bom vinho, de safra de mais de doze anos. Foi quando decidimos, começar o nosso trabalho.
Vamos fazer um planejamento ou tipo roteiro. Resolvi ouvir um pouco aquele homem de voz que lembrava um antigo amigo locutor e radialista.
E passei a perguntar a Joaquim: Por aqui você mora desde quando?
- Naquele momento, meu pensamento parecia querer ouvir diferente. Algo me dizia antes da hora, que nele eu poderia muito saber para escrever. Quem sabe se teria achado um parceiro ou guia como havia pensado antes de sair do hotel.
Observei mesmo Joaquim sempre seguro desde o início. Quando começou mesmo a falar ela falou dizendo que morava perto da antiga rua das cruzes. Fiquei deslumbrado, porque era a primeira vez que alguém falava aquele nome de rua para mim. Sempre se chamava pelo nome de Rua do Bom Jesus.
Comecei a perguntar, então você mora aqui há muito tempo? Joaquim me dizia de imediato: desde criança moro aqui, mas os meus pais já morreram. Passei a dizer, então vamos fazer o nosso roteiro de hoje. Ficamos aqui até a noite para observar tudo que por aqui vai acontecer; preciso anotar tudo. Ainda bem que trouxe o meu material desde papeis, caneta de escrever e de gravação, máquina de fotografia e filmadora também, de primeira geração. E muito indispensável ainda, o meu note book.
Aqui sempre tem festas, foi uma pergunta que logo fiz. E Joaquim respondeu:
- Tem várias festas todos os meses, sempre por aqui é bem animado. Apesar de recordar que houve um tempo, que por aqui ficou tudo abandonado. No passado antigo aqui foi palco de uma revolução, que morreram muitas pessoas. Aliás, aconteceu mais de uma, assim ele me indagou! Falam até que tem uma lenda que fantasia uma história de uma dama da noite. Dizem que muitas pessoas já viram ela. Que pode ser vista por aqui pela escuridão da noite fria. Fiquei muito curioso. Disse também que essa tal dama somente procura ou segue homens solitários na noite. E se fosse noite de lua com o tempo chuvoso e frio ainda era pior. Que falou também, de uma dama do dia que vivia pelas ruas a procura de companhia. Que muitas pessoas e até crianças já viram caminhando por aqui. Que usava sempre um vestido vermelho bem intenso.
Cheguei a dizer para Joaquim: - você deve ter aprendido muitas coisas por aqui, não foi! A minha simpatia por Joaquim já era evidente, parecendo que fazia muito tempo que o teria conhecido. Já que no início da nossa conversa ele era bastante introvertido e fechado. Acredito que nesse momento ele começava a mais falar. Sentia que algo melhor cativava. Pensava alto, agora vejo que passa para uma nova fase.
Perguntei a Joaquim: Então isso é uma lenda não é! Essa dama da noite será que existiu? Porque chamam de dama da noite quando talvez não quisesse que fosse pela forma de falar.
- Joaquim respondeu bem atento olhando para mim. Há muitos séculos aqui existiam muitas ruínas e era uma região tipo porto que abrigava muitos navios. Era uma vila antiga do tipo portuária. Que servia como Porto de Embarcações, que carregavam passageiros do outro lado do mar para a antiga província denominada Arrecifes, também chamada de cidade maurícéia ou também maurícia. Que o nome cidade dos arrecifes veio por causa dos arrecifes, depois surgiu o nome Recife, que foi também chamado como Veneza brasileira, por muito tempo depois.
Aquilo tudo não podia nada perder. Nem muito menos poderia passar se quer despercebido.
Foi quando vi que Joaquim tinha uma paixão muito grande por aquele lugar. Os olhos pareciam que brilhavam quando falava sobre o tempo antigo. Salientava tudo como muito forte pelo desejo da falar, fazendo detalhes pelos gestos e da forma tão especial pela inspiração.
Voltei a novamente perguntar a Joaquim. Então eu quero saber mais sobre a tal dama da noite! Dizem que ela já falou com muitas pessoas, principalmente quando ficam bebendo pelas noitadas daqui. Sabe que fiz agora uma recordação, sobre uma experiência que o meu pai dizia dos velhos tempos. Que aqui já teve muitas disputas de poderes, que causou muitas lutas sangrentas e por muitas vezes poucas razões. Eram invasores que chegavam e queriam mais se apoderar de tudo daqui.
A ordem às vezes fugia, pelas novas posses de terras. Quem comandava seguia como que fosse um verdadeiro dono daqui. Essa tal dama na verdade talvez fosse uma daquelas mulheres que serviam aos homens por novas facetas de alegrias e festas. Também, poderiam ser chamadas de mariposas e outros nomes como raparigas e prostitutas. Existia, um ritual que muito era conhecido, para quem aqui chegasse. Achando o caminho do mar e chegando a província das terras brasílicas no século XVI, porque as condições eram bem superiores de outras de tempos depois.
Joaquim também fez referência, que aqui antes de se elevar à categoria de cidade, teve muita ligação com um lugar muito lindo chamado Olinda. Que na época antiga, denominada feudal, os direitos feudais foram concedidos por Duarte Coelho em 1537. Que muitas vezes Recife foi chamada de Arrecifes dos navios. Que por aqui viveram muitos mareantes e pescadores.
Dizia a lenda da dama da noite que ela seguia na noite o homem que estivesse sozinho. Que um dia uma jovem ficou dormindo feito uma pessoa sonâmbula. Que ficou andando pela rua sem os pés nos chão como estivesse voando. Que a jovem dama parou em uma daquelas casas antigas da Rua do Bom Jesus (antigo nome da Rua dos Judeus e depois também chamada de antiga Rua das Cruzes), para dizer que teria sido enterrada viva dentro de uma daquelas paredes. Que por isso vivia andando pela noite para procurar abrigo pelo frio que muito sentia e pela vontade de pegar quem fez aquilo com ela. Que dizia que em resposta daquele passado, tinha uma missão de encontrar os seus pais novamente. Fiquei de olhos bem abertos pela verdadeira paciência que tinha de escrever tudo aquilo.
Perguntei a ele, se ele sabia o porque daquele nome de rua das cruzes! Muito abismado de tantas novas. Falou também, que no antigo tempo, sempre o povo que aqui viveu veio do outro lado do mar, a maioria era constituída de pessoas que vinham de Portugal. Que afinal, aqui permaneceram até a independência de Brasil, talvez com exceção entre os anos de 1630 e 1654.
Falou também Joaquim:
- Que esta cidade denominada de Recife, era muito ligada a Olinda, desde cedo.
Dizia também que a tal dama da noite fazia gargalhadas para as pessoas que fizessem palavras de deboches, tipo zombarias. Foi quando para a minha surpresa, Joaquim resolveu me propor para ir com ele no cemitério mais próximo. Dizia que lá tinha o túmulo da dama da noite.
Que também quis fazer uma ênfase, das antigas fortificações que foram construídas em defesa daquele povo antigo. Que depois, quase tudo foi destruído pelos constantes ataques ao litoral denominado da América Portuguesa. Que muitos piratas aqui chegaram a exemplo de um que ficou conhecido como James Lancaster, porque com três navios, conseguiu derrotar a guarnição pela defesa do porto de Recife. Que tudo aquilo realmente aconteceu, mas depois entre os anos de 1620 e 1626, o Governador Matias de Albuquerque procurou fazer novas construções para evitar esse tipo de ataque. Afinal tinha que proteger também dos ataques de outros invasores, bem como dissuadir a Companhia das Índias daquele mesmo tempo.
De repente Joaquim falou que passou a se lembrar de uma triste história que um dia ouviu quando criança. E assim Joaquim passou a dizer: - Será que você já ouviu também a história do homem da capa! Nessa hora por coincidência vi o portão do tal cemitério. Fiquei atento e mais curioso ainda. Joaquim passou a falar:
- Conta uma lenda antiga que um dia um homem foi para uma festa e teria dançado a noite toda com uma linda jovem. Que terminada a festa, pediu se poderia levá-la para casa. Que teria deixado ela numa linda casa de parede de cor branca e portas e janelas azuis. Que devido à chuva, teria emprestado a ela a sua capa.
Que passados alguns dias, teria voltado aquela casa e batido palmas para falar com alguém. Que muito teve que bater e chamar para alguém aparecer e falar com ele. Depois de muito ter insistido, que teria saído daquele local uma senhora de vestido escuro e um tanto triste. Que se apresentou como sendo uma pessoa que se dizia parente e que conhecia aquela mulher que tanto ele (o homem da capa) desejava ver novamente.
Que muito intrigado, queria enfatizar que teria trazido a tal mulher, poucos dias atrás naquela casa, durante a noite depois da festa. Que deixou a sua capa porque teve que emprestá-la porque estava chovendo muito e fazendo muito frio. Que a senhora não hesitava de corrigir as suas palavras por não poder aceitar aquilo tudo. O pior foi que a senhora mandou ele entrar para ver um retrato que teria numa parede num quadro na sala da copa. Que aquele homem ficou em estado de choque quando viu que era mesmo a tal mulher.
Que depois de tudo, mesmo sem ainda acreditar, não ficava aceitando as palavras daquela senhora. Somente passando a parar de falar e a ouvi-la depois que disse vamos agora no cemitério para o senhor acreditar! Que saíram juntos até o túmulo daquela jovem e que ficaram parados na frente de uma foto que confirmou ser a tal jovem que teria dançado numa noite como falou.
E ainda disse:
- Que para surpresa, olhou para o lado esquerdo e viu exatamente a sua capa pendurada na ferragem de uma porta ornamentada daquele lugar.
Realmente fiquei muito assustado talvez pelo local. E foi assim que descobri que teria muito ainda a andar e descobrir. Então indaguei tenho mesmo de acreditar nessa história da dama da noite! Por outro lado tudo poderia ser até muita verdade. Se não, uma lenda ou história de fantasia.
O que importa foi que fiquei encantado por aquele personagem, que muito passaria a me ajudar. Seria muito importante naquele instante tudo que estava acontecendo.
De repente para desvencilhar os meus pensamentos e fazendo realmente encontrar o que tanto já esperava
E logo depois, resolvemos dar uma parada, para descansar e novamente no dia seguinte já ficar marcado para novamente continuarmos a nossa pesquisa, quem sabe a nossa história. Que de suspense ainda vai muito mudar para as disputas, quem sabe pela lutas das imaginações, dos sonhos, das lendas e até dos sonhos e fantasias.
Entre o desejo de descobrir e ficar até sufocado de novas histórias, ainda preferia a segunda situação. Sempre perfilando os pontos de como conseguir cada vez mais saber novos conhecimentos, fatos, histórias e até lendas.
Ainda conversando com Joaquim, pedi a ele que pensasse um tópico para no dia seguinte continuarmos, nesta mesma hora pela manhã. Marcamos um encontro exatamente as 8:00 horas da manhã. E ele afirmou que no dia seguinte, poderíamos começar os estudos pela antiga Matriz do Corpo Santo, que é muito interessante que vai dar até medo, quem sabe cala frios! Fiquei admirando e preferi apenas fazer o sinal da cruz, em nome da fé que sempre senti.
Em seguida, nos despedimos deixando a nossa conversa para o dia imediato depois daquele feriado.
Passei a pensar caminhando de volta para o hotel: - Hoje comecei mesmo uma nova fase e amanhã será um outro dia. Sei que vou chegar para novos achados, novos encontros e novas descobertas. Tudo começa a ficar mais esclarecido e muito mais vou produzir quando encontrar Saldanha e Silvino. Logo estaremos juntos e quem sabe neste mesmo ideal e desejo, tenho certeza.
De repente sentia um vento batendo o meu rosto e parecia que ficava mais frio. Ouvia uma música de estilo clássico do fundo saindo de dentro de um casarão antigo. Interessante foi que não via ninguém e nem muito menos nenhuma luz lá dentro. Apesar, de que seria bastante difícil poder ver pelas portas. Porque parecia que as portas eram de madeira maciça e de artesanato tipo talha. As janelas é que poderiam transparecer uma certa luminosidade pelo vidro.
Fiquei olhando parado para ver se alguém de lá saía. Foi quando percebi um cão tipo de guarda, daqueles que pode dar até medo. Ainda mais que era de cor bem escura e de focinho bem brilhante quase cinza.
Recordo, que pensei em correr, mas algo dizia, pare. O pior foi que pensei e realmente alguém me dizia para parar. Era um homem bem estranho e quase todo desengonçado pelos trapos que vestia. Parecia quem sabe com um medingo. Senti que ele começava a dar medo, porque não vi de onde ele vinha. Quando ele se aproximou, um cheiro ruim subiu pelas minhas narinas, dando até um mal estar. Em vez de falar comigo, ele somente fazia uns ruídos bastante esquisitos. De repente pensei será que ele é dono daquele cão! E de repente virei o rosto para ver se o cão ainda estava por perto e quando virei o homem sumiu. E de repente um outro vento forte soprou pelos meus ouvidos, levando algumas folhas secas do chão para os ares. Do ar visivelmente vi uma poeira cinzenta subir, parecendo que levava tudo de repente daquele estranho lugar. Seria uma visão ou quem sabe um ponto de transição de um sonho que pode ser também futuro se não foi presente.
Até de pensar ainda fico intrigado, mesmo tendo já passado tanto tempo. Seja feita a vontade do destino, me indaguei. Sempre vou lutar e relutar e logo vou conseguir.
Que ansiedade jamais poderia ter. Porquanto quanto maior fosse a minha paciência melhor seriam os resultados. Então, tudo poderia ser resolvido. Nesse caso, muito melhor mesmo. Um tirocínio talvez meio maluco me cobrava diferente. Era um encontro, outro talvez, mas que deixaria novas marcas e registradas para sempre. Mas sempre continuando e nunca jamais parando pra pensar de desistir.
***Foto da Autora***
Fiquei bastante pensativo sobre o grande arsenal de conhecimentos históricos, em torno dos fatos aprendidos daquele majestoso Forte do Brum. Fiquei encantado com a riqueza e a quantidade de fatos e de informações. Mesmo sabendo que muitas podem ser verídicas pelas provas que lá ainda estão marcadas. Outras talvez até não, mas de certo modo, poderia até investigar por outras razões quem sabe!
Muito mais agora estaria disposto a continuar pela pesquisa que teria iniciado, reforçada pela riqueza de fatos históricos. Pelo pensamento de fazer cumprir os objetivos, não importando o quanto deveria parar para estudar, analisar e escrever. O importante naquele momento era saber e poder entender tudo aquilo que não seria tão fácil. Por outro lado teria de imaginar que já fazia parte da minha rotina.
Sabia de dentro do meu ego, que teria de ficar sempre atento. Observando detalhes, não importando o tempo. Os aspectos das árvores frondosas, por exemplo, era um ponto marcante para pensar mais e ser paciente. Sentia a esperança de que algo a qualquer momento poderia acontecer. Talvez, eram as palavras que desejava ouvir. Quem sabe histórias para sugerir novas buscas e talvez novos achados. Bem cuidadoso cada vez mais teria de fazer cumprir o bom trabalho, que cada dia mais me deixava animado e realizado.
Para a minha surpresa avistei um homem, que apesar da distância que ele se encontrava de mim, achei parecido com o tal homem que vivia andando pela Rua do Bom Jesus outro dia. Pensei no mistério que poderia existir em torno daquele homem, que tanto pretendia um dia ainda encontrar. Algo falava para o meu interior:
Eu tenho de encontrar Saldanha, ainda lembro da voz dele dizendo:
- O meu nome é Damião Saldanha, do Forte do Lampião.
Procurei andar mais rápido para me aproximar do homem que vi na rua andando. Infelizmente, quando observei de perto descobri que não era ele.
Apesar de ter visto que não era Saldanha, resolvi mesmo ainda perguntar:
- O senhor pode falar comigo?
O tal homem tinha uma forte expressão na voz e muito mais ainda no olhar. Quando me viu respirou bem profundo e me respondeu:
- Se o Sr. quer um guia eu posso fazer mas cobro dinheiro.
Achei melhor prometer um pagamento, pois achava que fazendo assim teria desde já a simpatia daquele homem. Acertei desde já perguntando se ele poderia fazer um trabalho comigo. Ou se ele não poderia por algum outro compromisso de trabalho naquele dia. Mas, para a minha sorte, ele aceitou as minhas condições dizendo que se chamava de Joaquim Salgado e continuamos a conversar.
Resolvemos agora entrar para tomar um suco ou algum líquido para beber. Coincidências ou não, entramos naquela lanchonete que um dia pensei que havia parado outro dia. Para minha surpresa, tinha um nome bem grande e luminoso pela cor verde fluorescente. Chamava a minha atenção, porque não tinha a parede de cor vermelha. Achei bem diferente pelo estilo rústico e com vários objetos antigos pendurados, como máquina de escrever bem antiga do século passado. Quadros bem destacados como caravelas antigas, com cordões de cor carmim formados modelos de nós. Lembrei que já teria visto aquilo em uma viagem que um dia fiz de navio; saindo do Porto de Lisboa para a região das Ilhas dos Açores. Algo me fazia ficar admirado pelas semelhanças que encontrava naquele local. Avistei também, alguns outros objetos antigos como restos de peças de achados arqueológicos, que por sinal achei muito interessante. Principalmente, pela cor ainda original aparentemente e da conservação. Somente algo me fazia curioso porque aquele local há poucos dias estava tão diferente!
Sentamos para conversar. Achei melhor antes de começarmos a falar almoçar. De pronto chamei um jovem rapaz que ficava trabalhando naquele local limpando as mesas, e pedi para ele chamar alguém. Logo veio um outro homem que chegou trazendo um menu daquele restaurante e nos entregou. Nesse momento pude perceber que não era mesmo aquela lanchonete e sim um outro lugar, por sinal mais organizado e mais funcional apesar do estilo um tanto antigo.
Foi quando vi o nome do Restaurante Esquina Terceira das Quintas, achando bastante original. Pensei logo, por aqui deve ter movimento quem sabe mais, nas quintas-feiras. Por outro lado fiquei curioso porque esquina terceira!
Pedimos para almoçar uma feijoada, como ele havia falado porque naquele dia era santo da padroeira da cidade de Recife. Que por isso era um dia especial. Que festejava o dia de Nossa Senhora do Carmo. Muitas pessoas estariam mais tarde naquele local para comemorar. Muitos políticos, artistas, escritores deveriam ali chegar até o início da noite. Observei que algumas das mesas já estavam sendo reservadas. Pensei eu vou ficar por aqui mesmo, para fazer o que tanto desejava. Nesse sentido resolvemos de forma diferente.
Almoçamos e bebemos um vinho que foi servido que era fabricado em Poço de Caldas, interior de Minas Gerais. Cada taça era seguida por um gole de água, que deixava o sabor ser mais rico da qualidade de um bom vinho, de safra de mais de doze anos. Foi quando decidimos, começar o nosso trabalho.
Vamos fazer um planejamento ou tipo roteiro. Resolvi ouvir um pouco aquele homem de voz que lembrava um antigo amigo locutor e radialista.
E passei a perguntar a Joaquim: Por aqui você mora desde quando?
- Naquele momento, meu pensamento parecia querer ouvir diferente. Algo me dizia antes da hora, que nele eu poderia muito saber para escrever. Quem sabe se teria achado um parceiro ou guia como havia pensado antes de sair do hotel.
Observei mesmo Joaquim sempre seguro desde o início. Quando começou mesmo a falar ela falou dizendo que morava perto da antiga rua das cruzes. Fiquei deslumbrado, porque era a primeira vez que alguém falava aquele nome de rua para mim. Sempre se chamava pelo nome de Rua do Bom Jesus.
Comecei a perguntar, então você mora aqui há muito tempo? Joaquim me dizia de imediato: desde criança moro aqui, mas os meus pais já morreram. Passei a dizer, então vamos fazer o nosso roteiro de hoje. Ficamos aqui até a noite para observar tudo que por aqui vai acontecer; preciso anotar tudo. Ainda bem que trouxe o meu material desde papeis, caneta de escrever e de gravação, máquina de fotografia e filmadora também, de primeira geração. E muito indispensável ainda, o meu note book.
Aqui sempre tem festas, foi uma pergunta que logo fiz. E Joaquim respondeu:
- Tem várias festas todos os meses, sempre por aqui é bem animado. Apesar de recordar que houve um tempo, que por aqui ficou tudo abandonado. No passado antigo aqui foi palco de uma revolução, que morreram muitas pessoas. Aliás, aconteceu mais de uma, assim ele me indagou! Falam até que tem uma lenda que fantasia uma história de uma dama da noite. Dizem que muitas pessoas já viram ela. Que pode ser vista por aqui pela escuridão da noite fria. Fiquei muito curioso. Disse também que essa tal dama somente procura ou segue homens solitários na noite. E se fosse noite de lua com o tempo chuvoso e frio ainda era pior. Que falou também, de uma dama do dia que vivia pelas ruas a procura de companhia. Que muitas pessoas e até crianças já viram caminhando por aqui. Que usava sempre um vestido vermelho bem intenso.
Cheguei a dizer para Joaquim: - você deve ter aprendido muitas coisas por aqui, não foi! A minha simpatia por Joaquim já era evidente, parecendo que fazia muito tempo que o teria conhecido. Já que no início da nossa conversa ele era bastante introvertido e fechado. Acredito que nesse momento ele começava a mais falar. Sentia que algo melhor cativava. Pensava alto, agora vejo que passa para uma nova fase.
Perguntei a Joaquim: Então isso é uma lenda não é! Essa dama da noite será que existiu? Porque chamam de dama da noite quando talvez não quisesse que fosse pela forma de falar.
- Joaquim respondeu bem atento olhando para mim. Há muitos séculos aqui existiam muitas ruínas e era uma região tipo porto que abrigava muitos navios. Era uma vila antiga do tipo portuária. Que servia como Porto de Embarcações, que carregavam passageiros do outro lado do mar para a antiga província denominada Arrecifes, também chamada de cidade maurícéia ou também maurícia. Que o nome cidade dos arrecifes veio por causa dos arrecifes, depois surgiu o nome Recife, que foi também chamado como Veneza brasileira, por muito tempo depois.
Aquilo tudo não podia nada perder. Nem muito menos poderia passar se quer despercebido.
Foi quando vi que Joaquim tinha uma paixão muito grande por aquele lugar. Os olhos pareciam que brilhavam quando falava sobre o tempo antigo. Salientava tudo como muito forte pelo desejo da falar, fazendo detalhes pelos gestos e da forma tão especial pela inspiração.
Voltei a novamente perguntar a Joaquim. Então eu quero saber mais sobre a tal dama da noite! Dizem que ela já falou com muitas pessoas, principalmente quando ficam bebendo pelas noitadas daqui. Sabe que fiz agora uma recordação, sobre uma experiência que o meu pai dizia dos velhos tempos. Que aqui já teve muitas disputas de poderes, que causou muitas lutas sangrentas e por muitas vezes poucas razões. Eram invasores que chegavam e queriam mais se apoderar de tudo daqui.
A ordem às vezes fugia, pelas novas posses de terras. Quem comandava seguia como que fosse um verdadeiro dono daqui. Essa tal dama na verdade talvez fosse uma daquelas mulheres que serviam aos homens por novas facetas de alegrias e festas. Também, poderiam ser chamadas de mariposas e outros nomes como raparigas e prostitutas. Existia, um ritual que muito era conhecido, para quem aqui chegasse. Achando o caminho do mar e chegando a província das terras brasílicas no século XVI, porque as condições eram bem superiores de outras de tempos depois.
Joaquim também fez referência, que aqui antes de se elevar à categoria de cidade, teve muita ligação com um lugar muito lindo chamado Olinda. Que na época antiga, denominada feudal, os direitos feudais foram concedidos por Duarte Coelho em 1537. Que muitas vezes Recife foi chamada de Arrecifes dos navios. Que por aqui viveram muitos mareantes e pescadores.
Dizia a lenda da dama da noite que ela seguia na noite o homem que estivesse sozinho. Que um dia uma jovem ficou dormindo feito uma pessoa sonâmbula. Que ficou andando pela rua sem os pés nos chão como estivesse voando. Que a jovem dama parou em uma daquelas casas antigas da Rua do Bom Jesus (antigo nome da Rua dos Judeus e depois também chamada de antiga Rua das Cruzes), para dizer que teria sido enterrada viva dentro de uma daquelas paredes. Que por isso vivia andando pela noite para procurar abrigo pelo frio que muito sentia e pela vontade de pegar quem fez aquilo com ela. Que dizia que em resposta daquele passado, tinha uma missão de encontrar os seus pais novamente. Fiquei de olhos bem abertos pela verdadeira paciência que tinha de escrever tudo aquilo.
Perguntei a ele, se ele sabia o porque daquele nome de rua das cruzes! Muito abismado de tantas novas. Falou também, que no antigo tempo, sempre o povo que aqui viveu veio do outro lado do mar, a maioria era constituída de pessoas que vinham de Portugal. Que afinal, aqui permaneceram até a independência de Brasil, talvez com exceção entre os anos de 1630 e 1654.
Falou também Joaquim:
- Que esta cidade denominada de Recife, era muito ligada a Olinda, desde cedo.
Dizia também que a tal dama da noite fazia gargalhadas para as pessoas que fizessem palavras de deboches, tipo zombarias. Foi quando para a minha surpresa, Joaquim resolveu me propor para ir com ele no cemitério mais próximo. Dizia que lá tinha o túmulo da dama da noite.
Que também quis fazer uma ênfase, das antigas fortificações que foram construídas em defesa daquele povo antigo. Que depois, quase tudo foi destruído pelos constantes ataques ao litoral denominado da América Portuguesa. Que muitos piratas aqui chegaram a exemplo de um que ficou conhecido como James Lancaster, porque com três navios, conseguiu derrotar a guarnição pela defesa do porto de Recife. Que tudo aquilo realmente aconteceu, mas depois entre os anos de 1620 e 1626, o Governador Matias de Albuquerque procurou fazer novas construções para evitar esse tipo de ataque. Afinal tinha que proteger também dos ataques de outros invasores, bem como dissuadir a Companhia das Índias daquele mesmo tempo.
De repente Joaquim falou que passou a se lembrar de uma triste história que um dia ouviu quando criança. E assim Joaquim passou a dizer: - Será que você já ouviu também a história do homem da capa! Nessa hora por coincidência vi o portão do tal cemitério. Fiquei atento e mais curioso ainda. Joaquim passou a falar:
- Conta uma lenda antiga que um dia um homem foi para uma festa e teria dançado a noite toda com uma linda jovem. Que terminada a festa, pediu se poderia levá-la para casa. Que teria deixado ela numa linda casa de parede de cor branca e portas e janelas azuis. Que devido à chuva, teria emprestado a ela a sua capa.
Que passados alguns dias, teria voltado aquela casa e batido palmas para falar com alguém. Que muito teve que bater e chamar para alguém aparecer e falar com ele. Depois de muito ter insistido, que teria saído daquele local uma senhora de vestido escuro e um tanto triste. Que se apresentou como sendo uma pessoa que se dizia parente e que conhecia aquela mulher que tanto ele (o homem da capa) desejava ver novamente.
Que muito intrigado, queria enfatizar que teria trazido a tal mulher, poucos dias atrás naquela casa, durante a noite depois da festa. Que deixou a sua capa porque teve que emprestá-la porque estava chovendo muito e fazendo muito frio. Que a senhora não hesitava de corrigir as suas palavras por não poder aceitar aquilo tudo. O pior foi que a senhora mandou ele entrar para ver um retrato que teria numa parede num quadro na sala da copa. Que aquele homem ficou em estado de choque quando viu que era mesmo a tal mulher.
Que depois de tudo, mesmo sem ainda acreditar, não ficava aceitando as palavras daquela senhora. Somente passando a parar de falar e a ouvi-la depois que disse vamos agora no cemitério para o senhor acreditar! Que saíram juntos até o túmulo daquela jovem e que ficaram parados na frente de uma foto que confirmou ser a tal jovem que teria dançado numa noite como falou.
E ainda disse:
- Que para surpresa, olhou para o lado esquerdo e viu exatamente a sua capa pendurada na ferragem de uma porta ornamentada daquele lugar.
Realmente fiquei muito assustado talvez pelo local. E foi assim que descobri que teria muito ainda a andar e descobrir. Então indaguei tenho mesmo de acreditar nessa história da dama da noite! Por outro lado tudo poderia ser até muita verdade. Se não, uma lenda ou história de fantasia.
O que importa foi que fiquei encantado por aquele personagem, que muito passaria a me ajudar. Seria muito importante naquele instante tudo que estava acontecendo.
De repente para desvencilhar os meus pensamentos e fazendo realmente encontrar o que tanto já esperava
E logo depois, resolvemos dar uma parada, para descansar e novamente no dia seguinte já ficar marcado para novamente continuarmos a nossa pesquisa, quem sabe a nossa história. Que de suspense ainda vai muito mudar para as disputas, quem sabe pela lutas das imaginações, dos sonhos, das lendas e até dos sonhos e fantasias.
Entre o desejo de descobrir e ficar até sufocado de novas histórias, ainda preferia a segunda situação. Sempre perfilando os pontos de como conseguir cada vez mais saber novos conhecimentos, fatos, histórias e até lendas.
Ainda conversando com Joaquim, pedi a ele que pensasse um tópico para no dia seguinte continuarmos, nesta mesma hora pela manhã. Marcamos um encontro exatamente as 8:00 horas da manhã. E ele afirmou que no dia seguinte, poderíamos começar os estudos pela antiga Matriz do Corpo Santo, que é muito interessante que vai dar até medo, quem sabe cala frios! Fiquei admirando e preferi apenas fazer o sinal da cruz, em nome da fé que sempre senti.
Em seguida, nos despedimos deixando a nossa conversa para o dia imediato depois daquele feriado.
Passei a pensar caminhando de volta para o hotel: - Hoje comecei mesmo uma nova fase e amanhã será um outro dia. Sei que vou chegar para novos achados, novos encontros e novas descobertas. Tudo começa a ficar mais esclarecido e muito mais vou produzir quando encontrar Saldanha e Silvino. Logo estaremos juntos e quem sabe neste mesmo ideal e desejo, tenho certeza.
De repente sentia um vento batendo o meu rosto e parecia que ficava mais frio. Ouvia uma música de estilo clássico do fundo saindo de dentro de um casarão antigo. Interessante foi que não via ninguém e nem muito menos nenhuma luz lá dentro. Apesar, de que seria bastante difícil poder ver pelas portas. Porque parecia que as portas eram de madeira maciça e de artesanato tipo talha. As janelas é que poderiam transparecer uma certa luminosidade pelo vidro.
Fiquei olhando parado para ver se alguém de lá saía. Foi quando percebi um cão tipo de guarda, daqueles que pode dar até medo. Ainda mais que era de cor bem escura e de focinho bem brilhante quase cinza.
Recordo, que pensei em correr, mas algo dizia, pare. O pior foi que pensei e realmente alguém me dizia para parar. Era um homem bem estranho e quase todo desengonçado pelos trapos que vestia. Parecia quem sabe com um medingo. Senti que ele começava a dar medo, porque não vi de onde ele vinha. Quando ele se aproximou, um cheiro ruim subiu pelas minhas narinas, dando até um mal estar. Em vez de falar comigo, ele somente fazia uns ruídos bastante esquisitos. De repente pensei será que ele é dono daquele cão! E de repente virei o rosto para ver se o cão ainda estava por perto e quando virei o homem sumiu. E de repente um outro vento forte soprou pelos meus ouvidos, levando algumas folhas secas do chão para os ares. Do ar visivelmente vi uma poeira cinzenta subir, parecendo que levava tudo de repente daquele estranho lugar. Seria uma visão ou quem sabe um ponto de transição de um sonho que pode ser também futuro se não foi presente.
Até de pensar ainda fico intrigado, mesmo tendo já passado tanto tempo. Seja feita a vontade do destino, me indaguei. Sempre vou lutar e relutar e logo vou conseguir.
Que ansiedade jamais poderia ter. Porquanto quanto maior fosse a minha paciência melhor seriam os resultados. Então, tudo poderia ser resolvido. Nesse caso, muito melhor mesmo. Um tirocínio talvez meio maluco me cobrava diferente. Era um encontro, outro talvez, mas que deixaria novas marcas e registradas para sempre. Mas sempre continuando e nunca jamais parando pra pensar de desistir.
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