Enlouquecida pelo desejo: parte 8

Já fazia tempo, que Rafael não agredia Rebeca, mas naquele momento, ele estava furioso. Estava tão cego de raiva, que nem ouvia as desculpas dela. Ele lhe deu mais umas duas bofetadas e gritando disse:

_ Eu não importo nem um pouco com você. Não sinto mais nada por você, nada, mas eu tenho um nome a zelar e não quero que fique por aí jogando meu nome na lama.

Jogada no chão, com os cabelos sobre os olhos e com o rosto todo machucado, Rebeca disse:

_ Eu não estava fazendo nada de errado, o que aconteceu foi que eu e umas amigas fomos a um bar comemorar o aniversário dela.

Rafael deu um sorriso sarcástico e disse:

_ E aposto que vai dizer que mentiu somente para não me deixar irritado.

_ Sim, foi exatamente isso.

Rafael deu uma gargalhada e disse:

_ Sua idiota, vagabunda, a quem você pensa que engana?

_ Rafael, você não tem motivo para...

_ Cala essa sua boca, maldita. Eu sei que tem um amante e vai ser só uma questão de tempo até eu conseguir provas disso e quando isso acontecer, vou te jogar na rua, com uma mão na frente e outra atrás, porque é isso que merece uma cachorra feito você.

_ Não fale assim, Rafael, não fale assim.

Descontrolado, Rafael subiu para o quarto, Rebeca ficou no chão por aproximadamente meia hora, ela chorava muito.

Quando Lúcia chegou em casa pecebeu logo que algo havia acontecido:

_ Mãe, o que foi isso no seu rosto?

_ É... eu... cai... e...

_ Foi, o papai novamente, né?

_ Filha, seu pai anda nervoso e...

_ Você sabe que a senhora também tem culpa disso, não é mesmo?

_ Por que está falando isso?

_ Por que a senhora é a única que pode dar um fim nisso, a única.

Lúcia se retirou para o quarto, Rebeca ficou no sofá por mais alguns momentos, depois foi para o quarto, tomou um longo banho e depois de muito pensar, acabou tomando uma decisão. Pegou o celular e ligou para João:

_ Oi, João, eu só estou te ligando para dizer que eu já me decidi.

Ele ficou algum tempo em silêncio e depois disse:

_ Decidiu, o quê?

_ Meu marido tem que morrer, e tem que ser logo, muito logo.

Continua!

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 11/08/2010
Código do texto: T2431565
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.