A faca...
Chovia muito naquela noite. Os raios pareciam atear fogo ao céu. Os trovões entoavam ferindo os ouvidos de tanto barulho.
Nelson, havia se perdido na floresta, sem encontrar qualquer saída, andava em círculos, tonto de fome, assustado, molhado e gelado.
Ao longe ouvia-se ruídos, que para nosso pobre personagem, pareciam vir de uma outra dimensão.
O farfalhar das folhas das árvores impactadas pelo vento, fazia a noite mais terrível.
Nelson, entre o medo e a solidão caminhava a esmo. Entre um raio e outro pensou ter avistado uma luz ao longe. Aprumou a vista, enxugou a água que corria pelos olhos e realmente a luz estava lá.
Não teve dúvidas, caminhou em direção à luz.
Ao chegar mais perto, percebeu , através de uma janela, um vulto que andava de um lado para outro com uma faca na mão. Aquilo arrepiou-lhe todos os cabelos, até mesmo os que já haviam caído pela sua meia idade.
Chegou um pouco mais perto, o medo também veio mais perto, aguçou a vista e viu: UMA MULHER COM A FACA NA MÃO, PASSAVA MANTEIGA NO PÃO!