O apocalipse agora
Tudo começou de quando eu era apenas uma criança de dez anos.
Eu enxergava o mundo como um seguidor de modinhas, televisão, politicos corruptos, e de pensamentos grupais e não individuais.
Hoje eu estava fazendo vinte e dois anos e tinha uma mente não muito normal para
as demais pessoas.
Eu tivera o mesmo sonho familiar de quando era criança nesse dia. o sonho era sempre uma lua enorme de cor vermelho sangue. No começo do sonho eu sempre a admirava, a achava linda, mas depois eu ficava com medo dela, pois a lua começara a siginificar o fim do mundo, o fim da humanidade.
Mas hoje, havia algo de diferente naquela lua que vi, a lua continha uma mulher coroada de doze estrelas como o apocalipse dizia.
Bem, comecei a deduzir que eu estava lendo muito o livro do apocalipse.
-Liah, você quer bolo de chocolate ou morango?
Eu fora interrompida de meus pensamentos pela minha mãe, que arrumava a minha festa de aniversario cuja comemoração eu não gostava muito, pois eu iria ficar mais velha.
-Bolo de chocolate mãe.-Respondi prontamente.
Eu apenas convidara duas pessoas para a minha festa, as duas pessoas que eu considerava minhas verdadeiras amigas.
Enquanto pensava nelas, eu abri a janela do meu quarto e a primeira coisa que vi foi a lua vermelha enorme.
Eu a admirei, mas percebi que eram apenas dez horas da manhã.
-Mãe, mãe, a lua!!!
-O que tem a lua minha filha?
-Não vai acreditar se eu falar, você tem que ver por favor!.
Eu logo ouvi os passos apressados de minha mãe vindo até mim.
As pessoas não gritavam, corriam ou choravam nas ruas, nada disso estava acontecendo, isso estava me deixando preocupada.
-Mãe, você esta vendo?
-O que é filha?
Eu olhava para ela procurando uma resposta do que eu estava vendo, mas ela apenas me olhava com cautela.
-Liah, em que ano você acha que a gente esta? Isso é normal, é apenas uma propaganda.
-O que?- Eu olhei novamente aquela misteriosa e ameaçadora lua.
-Quem disse isso mãe?
-A tv, o jornal, todos eles. Eles avisaram que não iria ser real.
Minha mãe sorriu divertidamente.
-Olha aonde a tecnologia humana foi parar.-Ela falou zombeteiramente.
-Olha filha, vou dar uma saida para buscar o bolo.
-Não vai não!-Eu disse muito rapido.
-Liah, é uma propaganda! Não se apavore bobinha.
Eu suspirei demoradamente e a deixei ir.
Isso não estava certo, não estava gostando de nada do que eu estava vendo.
Essa lua era apenas uma projeção? eu acho que não.
Sai pela rua de minha casa, observando e olhando se alguma pessoa teria uma reação de pânico.
Eu andava, andava, e não via ninguem que questionasse a lua vermelha e gigante, eu apenas vi uma criança de doze anos questionar para a sua mãe, mas esta disse a seu filho que era apenas uma propaganda assim como a minha mãe disse para mim.
-Pais.-Murmurei.
Foi então que finalmente eu vi um senhor de sessenta anos olhar para a lua e começar a chorar.
-Me diga criança, o que você vê?-Ele me perguntou tristemente como se eu fosse dar uma mesma resposta que ele já ouvira.
-Eu acho que alguem esta inventando que é um comercial.
-O senhor então olhou para mim e sorriu.-Tão jovem e tão sabida.
Eu sorri para ele e continuei andando.
Não havia dado dez minutos que eu andava e um terromoto muito forte começou a tremer a cidade inteira, não só a cidade, mas o mundo inteiro, eu tinha certeza.
Eu sentei no chão para não cair e me esborrachar. Não estava com medo, eu apenas sentia pena das pessoas que agora gritavam e choravam.
Esse pode não ser um belo momento para a humanidade, pois sabia que muitas pessoas iriam sofrer e morrer, mas eu não acreditava que esse seria o momento da extinção da humanidade, pois esta teria muito o que aprender.
Eu acreditava que Deus iria fazer o seu reino, o reino de amor e paz para os homens no ultimo momento, mas como tudo no mundo, primeiro teremos que passar por uma dor, e depois sentir o alivio, a felicidade e a esperança de um novo começo de vida.