Dois Agentes - Certificado de Insanidade - Parte 1

DOIS AGENTES PARTE 1 - CERTIFICADO DE INSANIDADE

A diferença entre Ser e Existir

É apenas de nomes.

LAO TSÉ

CAPÍTULO 1

A DELTA GREEN é uma instituição que procura solucionar casos sobrenaturais desde o ano de 950.

Num certo sábado, ela convoca o agente Paul Stewart do FBI - corpo alto, esbelto; rosto angelical; cabelos lisos e dourados; especialista em interrogatórios e seriais killers - e o detetive particular chamado Constantine Manfredine - rosto desgastado e encarquilhado pelo álcool e o cigarro, estatura média, cabelos curtos - para ambos investigarem um caso numa cidade pacata chamada Milford Haven. Paul recebe a delegação de contatar Constantine em Nova York.

Após as frígidas apresentações, os dois seguem para a cidade em carros separados. Constantine segue em seu Maverik, enquanto Paul dirige um singelo carro emprestado do FBI.

A poucos quilômetros da cidade, eles se deparam com um certo tumulto na pista. Havia alguns carros da polícia estacionado no local. Ainda era cedo e o dia estava um tanto tenebroso, pois chovia torrencialmente.

Instigados pela cena, os dois estacionam seus carros e resolvem averiguar o que estava acontecendo ali.

Ambos apresentam suas credenciais e exigem uma palavrinha com o xerife Oak. Ele aparenta ter seus 50 anos e estava visivelmente preocupado. Era de se esperar, nunca houve uma cena tão funesta quanto aquela na região.

Perguntado sobre o ocorrido, Oak leva os dois investigadores à cena do crime. A cena é um tanto chocante e espetacular: a vítima, estatelada no chão sem as vestimentas, estava sem os dois olhos e seu coração fora arrancado. Após uma análise mais rigorosa, Constantine remata que o próprio coração da vítima fora arrancado utilizando-se duma garra. Claro, ele relatou isso apenas para Paul.

O xerife Oak, no decorrer da investigação, apresenta os dois investigadores ao subdelegado Bruce, que os levam a dar uma rigorosa sondada nos arredores da cena do crime, além de lhes informarem que o corpo fora encontrado ainda de madrugada por um caçador chamado Steven. Eles descobrem cera de velas no chão, umas 10 garrafas de cerveja, sendo quatro ainda não consumidas, e um estranho pedaço de papel com um carimbo aparentemente de alguma biblioteca. As inscrições contidas neste papel estavam meio borradas pela chuva, mas dava pra saber que algumas partes estavam em Latim, e outras estavam no próprio Inglês. As palavras estavam um pouco desconexas, algo como “poder para dominar a terra, magia ou algo semelhante”.

Paul resolve guardar o papel para si, e tanto ele quanto Constantine resolvem interrogar com mais detalhes o tal caçador que encontrou o corpo. Steven dera poucas informações úteis ao caso, afirmando apenas que era um cigano que vivia nos arredores da cena do crime, cujos distúrbios causados às autoridades eram insignificantes.

Após interrogar Steven, Paul e Constantine se dirigem a uma lanchonete da cidade a fim de comerem alguma coisa. Terminado a refeição, os dois se dirigem à escola particular chamada Crowler de modo a descobrir se o carimbo encontrado na cena do crime é referente à sua biblioteca. Era uma escola na qual era dirigida por uma congregação de professores e pedagogos.

A missão foi dividida em duas partes: Constantine foi ter com alguns dos professores, enquanto Paul foi verificar o problema do carimbo.

A recepcionista, chamada Ana, fora assaz acolhedora para com Paul e confirma que o carimbo era realmente desta biblioteca.

Com essa descoberta, Paul resolve investigar, com a ajuda de Ana, se existiam alguns livros de ocultismo na biblioteca. A verificação seria em vão se não fosse a chegada triunfal de Constantine com seus conhecimentos sobre o sobrenatural; ele descobre um livro titulado “CAÇA AS BRUXAS: O ocultismo nos EUA”.

Tal livro estava emprestado há dois dias para um aluno chamado David Duran, o qual cursava o segundo ano do colegial.

Então, os dois foram interrogar o tal estudante. Após chegarem à porta da sala, uma professora de Biologia chamada Paddock estava a dar a sua rotineira aula. Ela fica um pouco sobressaltada com a cena: dois homens de terno e gravata querendo ter um particular com David Duran! Mais assustado ainda ficou o próprio David, que após ter sido avisado pela professora que havia dois agentes do FBI querendo falar com ele. Sua reação foi de tal espanto, que ele tentou fugir pela janela da sala, mas esta estava um pouco emperrada; com isso tão logo ele foi apanhado pelos dois agentes os quais evitaram a sua fuga.

O aluno é levado a uma sala e após o começo do interrogatório, David alega que não pegou tal livro emprestado. Então Constantine perde a razão e manda o assustado aluno de volta a sua sala. Contudo, parece que David estava mentindo, pois Ana, a recepcionista da biblioteca, tinha a certeza plena de que foi o próprio David quem pegou o livro emprestado há dois dias.

Os dois agentes resolvem sair do colégio e esperar o aluno sair no intuito de seguir seus passos. Nisso, Constantine, resolve ligar para o xerife Oak a fim de ele lhe fornecer informações sobre David. Enquanto isso, Paul pede informações ao vigia da escola, chamado Chuck, sobre o tal suspeito. Então, uma nova informação surge à tona, David andava muito com o outro aluno chamado Jerry Smith, que, por razões desconhecidas, faltou à escola naquele dia.

Quem é Jerry Smith? Qual a sua relação com David?

CAPÍTULO 2

O mistério e o oculto rondam a mente dos investigadores Paul Stewart e Constantine num círculo que aparenta ser extremamente fechado, e que os seus segredos estão trancafiados nas brumas de uma floresta densa e gélida, na qual o silêncio constipa as suas já dilaceradas almas.

Quem é David Duran? E o misterioso Jerry Smith? A tarde começava chuvosa, algumas rajadas reboam nos céus negros de Milford Haven. Os ventos agonizam os olhos já perplexos dos investigadores, quando estes decidem seguir os rastros de David. Eram duas e meia, faltava meia hora para os sinos da escola tocarem e os alunos serem liberados. Então, surge o policial local chamado Elliot Fishburn. Ele recebeu a incumbência do xerife de entregar as fichas sobre David Duran e Jerry Smith, além de acompanhar de perto as investigações.

Então, uma estranha figura sai da escola mais cedo do que o esperado, pega a sua bicicleta e pedala com uma certa urgência. Percebido o ocorrido, mais uma vez a missão se divide em duas partes: Constantine e Elliot seguem o desconhecido para se certificarem de que este é o próprio David, enquanto Paul fica nos arredores da escola para ter certeza se David ainda estava ali.

Constantine e Elliot tentavam apenas seguir os rastros do estranho na bicicleta, mas este percebe que estava sendo seguido, e apressa as pedaladas. Vendo que o estranho tinha notado as suas presenças, os dois investigadores aceleram e o perseguem pelas estradas íngremes e solitárias da cidade. Então, o estranho adentra pela floresta, impedindo-os de continuarem a perseguição motorizada. Constantine, veloz como uma fera, apesar de estar um pouco alcoolizado, consegue agarrar o estranho, revelando assim a sua verdadeira identidade: David Duran.

O interrogatório foi traumatizante para David, com direito a torturas e ameaças de morte pelo silenciador de Constantine. Foram várias as ameaças e torturas por parte de Constantine, numa delas, ele fez David engolir o cano do silenciador, e caso ele vomitasse, o investigador apertaria o gatilho. Claro, o jovem tremia de medo e espanto pela cena, chegando quase a urinar no banco traseiro. Sorte dele que isso não aconteceu. Apesar dos métodos truculentos, atrozes e cruéis, o interrogatório, realizado no próprio carro, dera algum resultado, pois David contou o que realmente aconteceu naquela fatídica noite.

Ele, Jerry e mais duas garotas se embrenharam na já conhecida floresta. David tinha pegado emprestado o tal livro já mencionado sobre ocultismo. Segundo ele, tudo não passava duma encenação a fim de impressionar as duas garotas. Eles acenderam velas, consumiram certa dose de cerveja, então, coisas estranhas começaram a acontecer enquanto David lia um certo trecho do livro: o vento se intensificou, apagando as velas; o ar ficou mais gélido; começaram a aparecer ratos famintos; e o pior, o livro no qual o próprio David estava a segurar se incendiou quase por completo sem nenhuma explicação aparente. Em suma, estava tudo fora do controle, e se a intenção deles era de assustar ou impressionar as pobres garotas, eles certamente tiveram êxito na tarefa. Então, um grotesco sussurro atrás das árvores, fez os garotos saírem em fuga nas profundezas da floresta. No entanto, Jerry ficou para trás e não teve tanta sorte como os outros, e o resultado ficou-se sabendo: o corpo da adolescente encontrado na floresta era do próprio Jerry. Satisfeitos ou não pelas informações dadas por David, os investigadores decidem por levar o sobressaltado garoto até a sua casa.

Neste ínterim, Paul ficou na chuva aguardando os sinos da escola soarem, quando Chuck, o porteiro da escola, o convida para se refugiar da tormenta dentro do recinto estudantil. Com isso, Paul dá uma sondada melhor no local e, numa caminhada pelo corredor, ele encontra uma adolescente deprimida e desolada no canto da secretaria, enquanto um homem falava ao telefone com alguém. Pela sua experiência em psicologia, Paul tenta uma aproximação, mas a adolescente sai correndo pelo corredor, após o homem que estava no telefone anunciar a vinda do padrasto da mesma. Paul consegue alcançá-la e então é iniciado um diálogo tenso e difícil com a garota. Não obstante, o agente convence a menina a relatar o que a estava fazendo se sentir daquela maneira.

O nome dela é Shannon, filha de Catharine e do finado Albert. Atualmente sua mãe é casada com Jim Ausbury. Pela sua experiência com a mente humana, Paul descobre que Shannon tem trauma com alguma coisa que aconteceu em seu passado. E este passado é vindo arduamente à tona: durante muito tempo ela e sua irmã Tereza, foram vítimas de abusos por parte do seu padrasto Jim. Contudo, não um abuso qualquer, elas eram dopadas e levadas ao porão por pessoas encapuzadas e assistiam inconscientemente a um culto macabro. O auge do abuso foi quando eles as fizeram “procriar” três vezes, e em todas elas, a criança foi sacrificada. Num dos cultos, Tereza não resiste, e é ceifada em plena cerimônia. Jim, obviamente, abafou o caso.

Estarrecido com o que estava ouvindo, Paul jura para Shannon que ele haveria de protegê-la. Ele a leva de volta para a secretaria, e avisa para Vitálius, o psicólogo do colégio, que iria voltar para pegá-la após as aulas. Ao sair da secretaria, Paul se depara com uma figura meio calva e o rosto já desgastado pelo tempo. Assim, ele tem uma sensação estranha sobre aquela pessoa. Ao indagar quem seria, ele descobre que era Jim, o padrasto de Shannon.

Os três investigadores se encontram na famosa lanchonete onde foi oferecido um chá para Paul, várias doses de Uísque para Constantine e café para Elliot. Todos eles relatam suas descobertas, até que um telefonema do xerife para Paul põe os três investigadores em movimento novamente: Shannon havia se suicidado. Então os três se deslocam para a escola Crowler mais uma vez.

Havia algumas viaturas da polícia local no pátio da escola. Ao chegarem ao recinto do crime, Paul certifica-se de que era o corpo de Shannon estatelado no chão da sala de aula prática de Biologia. Ela, sozinha, estava a fazer a segunda chamada da prova prática de anatomia animal, quando aquela Professora de Biologia chamada Paddock ouviu um certo barulho vindo da sala. Ao entrar, encontrou Shannon no chão com os pulsos cortados. Ela tentou pedir ajuda, mas já era tarde demais. Paul tenta trazer a razão de volta, e agüenta com firmeza a tenebrosa cena a sua frente, porque ele jurara a si mesmo que iria proteger a adolescente, não obstante ele falhou na missão.

Na cena do crime, havia cheiro de incenso e apenas um bracelete pertencente a Shannon, o qual estava um pouco queimado. Paul manda o xerife Oak tirar as impressões digitais do incenso e do bracelete e compará-los com as digitais de Jim, a professora Paddock, David Duran e Vitálius. Constantine e Elliot interrogam Jim e sua mulher enquanto Paul interroga a professora Paddock, no entanto, nenhuma informação relevante é obtida. Quase como um desabafo, Paul manda o xerife vigiar os passos de Jim, achando que ele é o principal suspeito do crime, contrariando a tese de que a morte de Shannon fora suicídio. Entretanto, o principal ele ainda não tinha, as provas.

Com isso, a missão pela terceira vez é dividida em duas partes: Constantine e Elliot ficam na incumbência de vigiar Jim, enquanto Paul foi tentar obter os nomes das duas garotas as quais estavam na cena do crime quando Jerry foi morto.

Entediado de tanto esperar no carro a chegada de Jim a sua casa, Constantine força Elliot a arrobar a casa a fim de encontrarem alguma evidência que incrimine Jim na morte de Shannon. Ao entrarem na casa, nenhuma prova concreta é encontrada, até eles se depararem com uma porta que aparentemente dava para o porão. Ao tentar forçá-la, Elliot, voa uns três metros para trás. Então, a força bruta de Constantine resolve a situação mais uma vez, ele alveja a porta com o seu silenciador. Logo em seguida, ele manda Elliot vigiar a porta enquanto desce ao porão. Lá no porão, Constantine se depara com uma porta de camada grossa de aço, com uma fechadura adornada.

Como num passe de mágica, uma figura fantasmagórica aparece ao lado de Elliot. Era o próprio Jim, perguntando o que eles estavam pretendendo fazer em sua casa. Então, Constantine aparece e coloca a 9mm na testa do suspeito e o ordena que este abra aquela porta enfeitada com uma estranha fechadura. Não obstante, Jim resiste à pressão, alegando que os investigadores não tinham o direito de invadir a sua casa e o ameaçarem. Mas Constantine pouco estava se importando com esses termos técnicos, pois ele já estava lendo o capítulo sete do livro de execução e tortura do KGB, até que o seu celular toca, para a sorte de Jim. Era Paul, pedindo ajuda diretamente da floresta onde ocorrera o crime na noite anterior. Assim, os dois se deslocam para o local de modo a ajudar o companheiro.

Nesse meio tempo, Paul se dirige até a casa de David. Ele é recebido pelo pai do adolescente, um tanto surpreso por essa inesperada visita. Os três se acomodam na sala, Paul sugere ao próprio David que este relate tudo o que aconteceu na já citada fatídica noite. A única informação nova que ele acrescenta foi o nome das duas adolescentes que estavam com eles naquela noite: Gina e Brenda.

A noite estava mórbida, as neblinas ocupavam praticamente toda a estrada, assim como a própria floresta. O vento estava um pouco agonizante e assustador. As folhas das árvores dançavam de forma esquisita e provocadora. A lua era praticamente ocultada pelas carregadas neblinas. A escuridão era quase total. Era este o local em que os dois agentes foram se embrenhar.

O celular de Constantine quebra o torturante silêncio que imperava na floresta. Era Paul, perguntando sobre a sua localização. Constantine fica um tanto surpreso, pois tinha recebido uma ligação de Paul há uns dez minutos atrás, o qual pedia ajuda e que estaria naquele determinado local onde os investigadores estavam agora. Percebendo a cilada, Paul manda os dois saírem daquele lugar o mais rápido possível e imediatamente liga para o xerife Oak, pedindo auxílio para os agentes. Mas já era tarde, a floresta parecia ansiar por uma vítima, e o auge da agonia estava apenas começando.

De repente uma sombra parece cercá-los. Os dois agentes ficam um tanto tenso, e tentam dirigir seus olhares para aquela fantasmagórica sombra, mas em vão, pois esta se movia numa velocidade um pouco mais rápida do que os seus assustados olhares. Num piscar de olhos, Constantine percebe que a sombra avança sobre sua direção. Chocado com a cena estarrecedora, ele sai correndo, deixando Elliot para trás. Quando este tenta a mesma ação, a sombra o derruba no chão com uma força descomunal. Agindo pelo instinto, Elliot dispara dois tiros na sombra, no entanto as balas apenas ricocheteiam nas árvores. Conseqüentemente, a sombra o envolve cada centímetro de seu corpo, fazendo-o ficar um pouco fadigado. Então, Elliot tem uma idéia, ele pega a sua lanterna e tenta colocar a iluminação na sombra, mas esta se esquiva rapidamente e envolve ainda mais o corpo do policial. Já cansado, Elliot cai no chão, então, a sombra, num ritual blasfemo indescritível, remove o seu coração. Destarte, Elliot sentiu cada músculo, nervo e osso sendo rasgado e rompido numa dor atroz que somente aquele ser bestial poderia descrever.

Enquanto isso, Constantine embrenha seu Maverik na floresta com os faróis acesos, assustando assim a sombra. Ao chegar ao local, ele se depara com o cadáver de Elliot. Havia uma enorme cratera em seu peito, e seu coração já não estava ali. De repente, os barulhos dos carros se aproximando faz Constantine ficar mais aliviado. Três carros chegaram três minutos depois ao local. Tem-se um tenso diálogo entre Paul e Constantine no que concerne a tal ligação, e logo eles vêm o número de ligação no celular de Constantine: 666. Então, Paul pede que seu colega envie o seu aparelho ao FBI a fim de análise sobre esta estranha ligação. Assim, o agente do FBI indaga onde está Elliot. Constantine mostra, logo a seguir, o corpo do policial em seu estado mais deplorável possível. Sobressaltado ao extremo, Paul quase desmaia ao ver aquilo, ficando com um pouco de vertigem logo em seguida.

Passado o susto, Constantine é indagado pelo xerife sobre a tal criatura que fez aquilo com Elliot. Então, ele conta em detalhes o que realmente aconteceu, contudo, Oak parece não acreditar ainda no que estava vendo. Assim sendo, Constantine afirma que a resposta para aquilo tudo esta oculto na casa de Jim. Deste modo, chega-se a um consenso de que é necessário invadir a casa dele, de modo a descobrir o que realmente aconteceu. Já no caminho, Constantine conta a Paul o que ele descobriu na casa de Jim e sobre o interrogatório que ele iria fazer. Paul, já se acostumando com o temperamento do colega no que diz respeito a torturas e métodos atrozes de execução, absorve o silêncio como uma conformação.

Eles entraram pela frente, sendo o primeiro deles o próprio Constantine, arrombando e derrubando a porta, não se importando com as recomendações do xerife. Ao descerem no portão, eles se deparam com uma cena grotesca: o corpo de Jim absolutamente descarnado. Todos ficam um tanto perplexo com aquilo nunca antes visto, mas resolvem seguir em frente. Chegando a dita portão de aço, todos os métodos de arrombamento não funcionam. Sendo assim, Constantine tem a idéia de procurar a chave da fechadura adornada. Ela é encontrada no guarda-roupa de Jim. Finalmente eles abrem a tal porta, e descobrem uma câmara bastante esquisita, com forros vermelhos na parede, quatro castiçais espalhados pela câmara, uma mesa no estilo medieval, cheias de detalhes incompreensíveis aos seus olhos, além de um crucifixo invertido fixado na parede. Logo eles deduzem que aquela câmara era utilizada para os tais rituais, pois também são encontrados mantos negros com desenhos esquisitos nas mangas. Logo depois, um dos policiais descobre uma outra porta que vai dar para o esgoto da cidade. Mas nada de importância é encontrado no local.

Então, Oak recebe uma ligação da delegacia, informando de que não consta nenhuma informação a respeito da professora Paddock em seus registros. O xerife pede a Paul para verificar essa informação nos arquivos do FBI. Não obstante, nada é encontrado lá também. Desse modo, Oak sugere aos dois agentes de que eles possam encontrar alguma coisa nos registros da escola onde ela leciona.

Assim sendo, Paul Stewart e Constantine se dirigem à escola Crowler mais uma vez. Chegando lá, Constantine nota que três carros estão estacionados no pátio da escola. Ele percebe também que esses carros lhes são um tanto familiar. Um pertence à Vitálius, o outro à senhorita Brown e o outro à Mansone, todos integrantes da congregação de professores. O porteiro já não era mais o conhecido Chuck, e sim um homem chamado Bryan. Ele afirma que os professores estão em reunião. Enquanto Paul mostra seu distintivo, Constantine já estava segurando o pescoço do porteiro, exigindo que este lhe mostrasse onde estava acontecendo a tal reunião e onde eles armazenavam as informações dos professores que lecionavam naquele colégio. O porteiro, sentindo o medo aparente, serve de guia para os dois agentes.

Passando perto da sala de prática de Biologia, eles ouvem um certo gemido vindo de lá. Ao entrarem, eles encontram a professora Paddock um pouco atordoada no chão. Perguntada sobre o ocorrido, a professora confessa que os professores estão realizando um culto sinistro e que levaram a jibóia da sala para fins maléficos. Assim, Paul manda Bryan chamar uma ambulância e algumas viaturas da polícia imediatamente. Eles sentam a Paddock numa cadeira confortável, e manda-a trancar a porta.

Os dois agentes caminham pelo corredor escuro, quando Paul se esbarra num estande de vidro, contendo taças de torneios ganhos pela escola. Constantine se irrita por isso, pois nesse exato momento, eles já devem ter chamado a atenção dos professores. Sim, e eles fizeram isso, pois a sala, onde deveria esta acontecendo à reunião, estava na mais completa escuridão.

Paul e Constantine entram sorrateiramente na sala, e quando o primeiro tenta acendem a luz, um tiro de escopeta é dispara e a luz da sala é destruída pelo disparo, deixando ambos na total penumbra. Constantine dispara quatro tiros de vez na direção de onde veio o disparo. Ao que parece ele acerta a vítima, pois ele ouve gemidos de dor vindos do canto. Constantine vai então checar o corpo, enquanto Paul vai dar um geral na sala. Abruptamente, alguém atinge com um porrete a cabeça de Constantine, não conseguindo causar grande dano nele. Nesse meio tempo, alguém empurra uma estante de livros em cima de Paul, mas este consegue se livrar rapidamente. Mais uma vez, outro porrete atinge a cabeça de Constantine, enquanto outra estante é derrubada em cima de Paul. Desta vez, eles não têm a mesma sorte, pois ambos caem inconscientes no chão. O inferno estava apenas começando.

Inesperadamente, eles são acordados por um jato de água. Acendem-se as luzes, e os dois detetives se vêem num banheiro, provavelmente o da escola. Paul e Constantine vêem também a senhorita Brown lendo, em voz alta, um livro estranho numa língua completamente desconhecida por eles. Ela estava segurando também uma adaga no formato de Jesus crucificado. Além dela, encontrava-se também, na sala, Vitálius com uma escopeta apontada para eles. Tanto ele quanto a senhorita Brown estavam meio que circundando os dois agentes.

Questionados o porquê daquilo, eles delataram que o tal culto perdura havia mais de trezentos anos, e que Jim estava se desviando do caminho o qual deveria trilhar, por isso deveria ser eliminado. A senhorita Brown despe as partes de cima dos dois agentes e faz uma cruz invertida em seus peitos levemente com a adaga. Constantine ouve um certo barulho vindo da porta de saída do banheiro, então, de repente, a mão de Vitálius começa a tremer. Ele aponta e dispara à queima roupa contra a senhorita Brown, e após esse estranho ato, ele aponta para a sua própria cabeça e aperta o gatilho, estraçalhando assim a sua cabeça.

Meio perplexos pelo ocorrido, os dois agentes se desvencilham das amarras que os prendiam. Depois disso Paul manda Constantine se apoderar da arma de Vitálius, assim como de suas munições. De súbito, o corpo deste se levanta e começa a tremer. Então, do interior do seu destroçado cadáver sai um ser grotesco e demoníaco de quatro pernas, com um andar que se assemelhava a duma aranha. Ela mal acaba de sair do corpo e já começa a devorar com uma fome voraz o corpo estatelado da senhorita Brown. Logo em seguida, ela se vira para os dois agentes, mostrando o seu rosto diabólico, com boca larga e dentes afiados ainda com resquícios de sangue. Com uma agilidade incrível, ela ataca Constantine, que consegue se esquivar, dando dois tiros de escopeta na criatura, fazendo-a recuar uns três metros para trás. No entanto, a fome imperava nos mórbidos sentidos do ser bestial. Com a mesma agilidade dantes, ela voa para cima de Paul, o qual não teve tanto sorte que Constantine. Impulsionada por uma fome devoradora, o monstro morde o pescoço de Paul. Parecendo conhecer cada parte da anatomia humana, a monstruosidade deleita-se com aquilo.

Então, Constantine dá uma paulada com o cabo da escopeta na criatura de modo a livrá-la do colega. A ação tem efeito, pois o ser demoníaco recua um pouco. Mesmo assim, Paul não resiste aos ferimentos, e cai inconsciente no chão. Assim, a criatura vê uma oportunidade única de satisfazer sua ânsia por alimentos humanos e parte pra cima de Constantine. Não obstante, este já tinha carregado mais duas balas na escopeta e dispara contra a criatura, fazendo um buraco de enormes proporções em seu rosto. Era o fim do ser demoníaco, que desapareceu na mesma dimensão que apareceu.

Após isso, Constantine ergue Paul e caminha à sala de Biologia a fim de ver se esta tudo bem com a professora Paddock. No entanto, a sala estava aberta e não havia ninguém ali no recinto.

Ao sair da escola, ele vê o corpo do porteiro Bryan, que ao que parece foi arremessado do segundo andar, pois os vidros da janela quebrados se encontravam estatelados no chão. A polícia chega, mas já não tem mais sentido tudo aquilo, tudo já passou, tudo já foi vivenciado, mas nada será igual àqueles minutos atrás.

Onde está a professora Paddock? Será que ela tem alguma coisa a ver com tudo isso?

CAPÍTULO FINAL

Existem pesadelos eternos que não podem ser extirpados se não souber aproveitá-los cada segundo de sua agonia. Sendo assim, ele não terá mais efeito sobre você, sua névoa se dissipará da mesma forma que o seu sofrimento, ou seja, para sempre. O mal deve está ao seu lado cada momento da eternidade, conseqüentemente, o mal não será mais o mesmo, como também o seu nome. Essa é a lei do universo, a verdade que custa a ser absoluta.

Contudo, tal lei era desconhecida por Paul Stewart e Constantine, por isso, suas neuroses, seus pesadelos eternos e distantes estavam apenas na suas formas embrionárias. Após terem dilacerado a tal criatura asquerosa, Constantine carrega Paul para fora do colégio Crowler. A polícia chega logo em seguida com o xerife Oak gritando ordens para os seus agentes sondarem o local detalhadamente. Paul é colocado sob cuidados médicos com certa urgência, enquanto Constantine recebe apenas alguns curativos.

O xerife questiona Constantine sobre o que realmente aconteceu ali. Claro, a história da criatura não fora mencionada, relatando apenas que presenciou o tal culto realizado entre os professores. Ao serem interrompidos, os professores responderam abrindo fogo contra os agentes. O resultado do confronto já estava visível.

Passado todos estes pormenores, Paul é levado para o hospital ao tempo que Constantine sai à procura dum hotel de modo a esquecer a noite a sua volta.

A manhã estava tranqüila, os pássaros ainda cantavam numa árvore ao lado da janela do quarto onde repousava o agente do FBI Paul Stewart. O médico e as enfermeiras foram muito solícitos com ele.

Passava das nove horas quando Paul notou que um homem passava pelo corredor do seu quarto, sempre olhando para dentro dele. O agente reconhece o homem, era Steven, o tal caçador. Paul o convida a entrar. Steven aparentava estar um pouco preocupado e perguntado o motivo para tal, ele relata que estava a sua procura, pois a noite passada fora um tanto tenebroso para ele e para sua mulher. Durante todo o tempo, eles ouviram cânticos estranhos, indecifráveis, agonizantes e assombrosos. Tais sons vinham além dum pântano perto do local onde o corpo de Jerry Smith fora encontrado. O agente agradece as informações e, do telefone do hospital, liga para Oak para que este entre em contato com Constantine e o mande vir ao hospital. Além disso, Paul solicita ao xerife que este mandasse alguém o qual conhecesse bem aquela região da floresta, pois o agente tencionava explorar melhor aquele local. O xerife diz que depois do almoço alguém irá procurá-lo.

Após uma hora, Constantine chega ao hospital com um cigarro na boca, sendo ordenado para apagá-lo logo em seguida por uma enfermeira. Paul narra sobre o que aconteceu com o caçador Steven na última noite. Como o tal homem do xerife só iria chegar passado o almoço, os dois decidem ir para a tal lanchonete. Passada meia hora, Constantine começa a sentir o efeito das várias dozes que consumira. Paul tenta convencê-lo a parar um pouco, porque a bebedeira iria atrapalhar na investigação. Mas já era um pouco tarde, pois seu colega já estava um pouco fora de si e começava a soltar informações confidenciais sobre o caso. Depois de muito esforço, Paul consegue acalmar o rapaz.

Após a refeição, os dois se dirigem ao hospital a fim de encontrar o tal guia providenciado pelo xerife. Eles esperam uns dez minutos, até que uma viatura pára defronte ao hospital. O policial os apresenta a um homem já com os seus 40 anos, com a barba por fazer e um pouco alto: era Nicholas, o tal guia. Feitas as apresentações, os três seguem para floresta.

Era mais ou menos uma e meia da tarde, estava um pouco quente e ventava um pouco, quando Paul, Constantine (ainda bêbado) e Nicholas se embrenharam na floresta. Nesta caminhada, os agentes conhecem melhor o guia: ele é nativo da Milford Haven e não acredita nem um pouco nas histórias contadas em sua cidade. Antes de chegarem ao pântano, eles sobem um desfiladeiro de muitos metros de altura. Ao descerem, eles descansam um pouco, quando Nicholas sugere que os agentes vistam as roupas especiais para explorar o pântano, o qual tinha uma vegetação muito fechada. O guia vai à frente abrindo caminho com um facão.

Passaram mais de duas horas desde a chegada dos três à floresta. Após atravessarem o tal pântano, eles se deparam com um monólito, contendo estranhas inscrições que Constantine não consegue compreender. Mas à frente, eles encontram o mesmo monólito, então Paul percebe que eles estão andando em círculo. Para certificar se Paul estava certo, Nicholas propõe aos agentes que eles o aguardem para que ele próprio fosse na frente a fim de ver se encontrava o mesmo monólito.

Decorridos cinco minutos, Constantine sugere a Paul seguirem em frente, pois o guia ainda não havia retornado. Mas a adiante, eles encontram rastros de sangue e um pedaço da roupa de Nicholas. Seguindo o rastro de sangue, os dois agentes se deparam num espaço aberto, cercado de monólitos dispostos em círculos. No centro, podia-se ver uma estranha fenda no chão, mas que daria para passar duas pessoas tranqüilamente.

A estranha caverna estava na escuridão total, iluminada apenas pelas lanternas dos agentes. A entrada tinha 2,5m de raio, e adentrando um pouco mais, a insalubridade aumentava. Paul foi o primeiro a entrar. Quando chega a vez de Constantine, este sente algo atrás de si e ao virar-se, depara-se com a mesma sombra que tinha ceifado a vida de Elliot. Rapidamente ele aponta a luz da sua lanterna na direção da sombra, a qual desaparece numa velocidade assombrosa.

Neste ínterim, Paul, que já adentrava a caverna, ouve um certo grunhido oriundo do seu lado esquerdo. Ao verificar o que seria, ele descobre o corpo de Nicholas estatelado no chão, soltando gosmas negras, os olhos afundados e a pele pálida e suja. De repente, o corpo pútrido de Nicholas se atira na direção de Paul, tentando agarrar a sua perna. O interrogador dá um passo para trás, e dispara três tiros da sua Glock 9mm, a qual já estava preparada. No entanto, os efeitos são aparentemente nulos, abrindo apenas uma cratera na barrida do ser. Logo em seguida, a cabeça do zumbi explode com as rajadas dos três tiros que Constantine, apesar de ainda estar sob o efeito do álcool, tinha disparado da sua pistola automática.

Mais adiante, eles acham uma porta já desgastada com o tempo. Ao abri-la, eles sentem a lufada de um vento com um cheiro podre ao extremo. Constantine ainda suporta tal cheiro, mas Paul teve de sair da caverna a fim de respirar um pouco do ar livre. Já recomposto, ele e seu colega seguem em frente, até eles descobrirem uma câmara estranha. Parecia que havia muito tempo que ninguém entrava ali; no meio, havia um corpo já descarnado, sem a cabeça, havia também pergaminhos desgastados pelo tempo e corpos de pessoas com vestimentas da época da colonização inglesa nos EUA. Então, os dois agentes resolvem sair do local. Eles se escondem nas matas a fim esperarem a chegada da noite e presenciar o tal culto.

A noite chega de forma sinistra, seguido das tenebrosas neblinas que encobriam a vegetação fechada. Era uma hora da manhã quando os agentes, lutando ferozmente contra o sono, ouvem um barulho vindo da caverna, antes por eles exploradas. Uma chama verde começa a aparecer e a aumentar de tamanho. Pouco a pouco, um ídolo, em forma de uma mulher, sai do centro. Mais adiante, mais exatamente de onde Paul e Constantine vieram, é possível ver uma fileira de tochas indo ao encontro do centro.

A cena era um tanto forte para eles: as pessoas segurando as tochas começaram a circundar o fogo verde e podiam-se ouvir também cânticos totalmente incompreensíveis numa luxúria demoníaca. E o pior ainda estava por vir, os tais adoradores, um a um, foram se atirando ao fogo regurgitando e gritando de dor por estarem sendo consumidos pela chama verde, numa espécie de veneração ao ídolo, que só observava seus discípulos, enquanto sua chama ia aumentando cada vez mais. Paul e Constantine ficaram sem entender absolutamente nada sobre aquele ritual, aquilo para eles era totalmente sem sentido, a loucura elevada ao extremo, a razão jogada na lata do lixo. Meio desconcertado, Constantine resolve interromper aquele suicídio coletivo, no entanto, Paul o aconselha a esperar terminar o ritual para ver o que aconteceria depois.

Dez minutos após, todos os corpos já estavam mutilados pelo inusitado fogo verde, que diminuía de tamanho até se extinguir totalmente. Assim, o ídolo sem cabeça levanta as mãos para o céu, e de repente, um crânio de bronze surge em suas mãos. Lentamente, ele o coloca na cabeça. Logo depois, a face do ídolo começa a tomar uma forma humana. O rosto era um pouco familiar; sim, era a professora de Biologia Paddock, com um corpo ainda nu.

Então, os dois agentes da Delta Green resolvem agir. Constantine toma posição de tiro, enquanto Paul avança para deter o tal ser. Mas o pior já estava esperando por eles. Duas sombras, mais malignas ainda, surgem e parte para cima dos investigadores. Constantine ainda consegue alvejar três tiros no corpo do ídolo, sem resultado. Se ele tivesse atirado na cabeça, talvez tivesse alguma chance. Não obstante, o mal já estava ao seu lado, a harmonia não era mais possível, a adaptação, menos ainda. As sombras dilaceravam cada parte do corpo dos agentes e o sofrimento vagaroso era como uma dor a cada eternidade. Seus corações são arrancados e as bestas apenas aproveita cada momento da sua crueldade. Já não era possível perguntar o porquê do sofrimento, pois a cada nervo destruído, a tal verdade absoluta parecia tomar forma.

Esse foi o último suspiro, todo era escuridão da verdade absoluta agora se tornava clara, uma claridade que cegava aos não preparados a conhecê-la. Mas por que sempre no escuro total existe uma luz que cega? Talvez o último suspiro que Paul Stewart e Constantine Manfredine deram, fosse a resposta da perdida verdade absoluta.

- Acorda Paul! Olha lá, há uma estranha movimentação ali na frente.

Os dois agentes se levantam e seguem em frente, agora em uma esquisita rodovia que se assemelhava à entrada da cidade de Milford Haven. Chegando ao local, eles se deparam com os carros da polícia local. No entanto, o xerife não era mais Oak, mas policiais com rostos femininos. Esses rostos eram conhecidos pelos agentes. Eram as várias faces da senhorita Paddock. Subitamente, todos os olhos ficaram vermelhos e malignos. Agora, uma enorme escuridão assoma na frente dos investigadores da Delta Green. Havia mais uma etapa a ser superada. Esta etapa era a de suportar a realidade na sua real forma, porque os sonhos são apenas ilusões e uma imagem no espelho que acaba quando demos as costas para ele.

- Acordem rapazes. Faz dez minutos que estou observando vocês. E então? Ainda querem seguir em frente e atravessar o pântano para ver se nós encontramos alguma coisa? Não existe nada por aquelas bandas, acreditem!

A loucura é o meio de se chegar à falsa verdade por vias tortas. O certificado de insanidade foi entregue aos dois melhores alunos com louvor.

“FIM”?!

Ramon de Freitas Ribeiro
Enviado por Ramon de Freitas Ribeiro em 01/04/2010
Código do texto: T2171641
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