---OBSESSÃO
DOENTIA---
■ ■ ■ ■ ■
Agora estou na cozinha. Ela se tornou o lugar que mais gosto dessa minha humilde casa. É o lugar aonde me sinto melhor. O mais silencioso. O único barulho que provém dele é o do liquidificador quando o uso para bater minhas vitaminas. Porém hoje estou chateado. Algo saiu do controle na noite passada e não aconteceu da maneira que eu esperava. Eu fico assim quando as coisas fogem do controle, quando não saem da maneira que quero. Fico triste. Fico uma pessoa apática. Sou uma pessoa muito metódica. E isso, junto com minha doença, me faz uma pessoa infeliz.
A noite passada tinha tudo para ser perfeita. Velas acesas, vinho de marca e de uma boa safra, e dezenas de pétalas de rosas espalhadas pelo chão. Nem acreditava que estava fazendo aquilo. Justo eu que nunca me entreguei totalmente ao amor. Vou mentir se disser que na hora não senti vontade de chorar. Meus olhos lacrimejaram ao primeiro instante quando vi o cenário que havia sido reproduzido para mim. Imediatamente me juntei ao seu corpo e beijei cada canto. Estava feliz. E parecia que eu estava amando. Um amor diferente, estranho, que começara como uma obsessão ensandecida.
Anteriormente eu andava pelas noites. Sempre pensando em quem seria minha próxima vítima. Olhava para todas aquelas prostitutas na beira da orla de Copacabana e sentia um terrível impulso. Todas tão bonitas. Todas tão esculturais. E eu ali, as observando com desejos reprimidos. Queria pegá-las e decifrar com a ponta de uma faca todas as zonas de prazer dessas putas. Poderiam ser modelos ou atrizes famosas, mas estão ali, vendendo sexo. Justo sexo. Esse troço maldito que consegue trazer prazer, dor e morte aos que dele se utilizam. Elas vendiam. E tinha uma que eu sempre parava meus olhos estrábicos. Era a única que me olhava como se eu fosse normal. Mesmo que minha aparência não seja das melhores. Manoela era a única que me respeitava, e por isso, acho que se iniciou a tal obsessão por ela. Que muitos chamariam de amor.
Durante um mês comecei a deixar meus crimes de lado. Geralmente seqüestrava crianças de rua ou então jovens viciados em crack para satisfazer minhas perversões. Mas de uns dias para cá, eu só conseguia pensar em Manoela. Em como ela estava bela todos os dias. Como ela estava maravilhosa. Aquele corpo magro e definido, circulado pelos cabelos loiros mais cheirosos que eu já chegara perto. Um aroma de chiclete de tutti-frutti indescritível, provavelmente vindo de algum xampu adolescente. Sempre lá de é próximo a um poste. Sorrindo com seus dentes perfeitos e seus olhos hindus. Manoela era maravilhosa e parecia perceber minha presença.
Eu tentava disfarçar. Passava pelo outro lado da orla, às vezes até pegava um táxi e pedia para o motorista passar devagar próximo à elas para que eu pudesse expiá-la mais um pouco. Aquele amor platônico estava se tornando insuportável. Eu nunca me sentira assim. Nunca me deram a oportunidade, mesmo quando criança sempre fui a piada, a criança esquisita que as outras crianças machucam e cospem quando os professores não estão olhando. Não sei se era minha aparência grotesca ou se o fato de eu ser pobre e usar uniformes rasgados. Eram todos uns fodidos. Todos éramos alunos de escolas públicas, mas eu parecia ser a pessoa mais fodida de todas.
Foi então que durante um domingo de tarde agradável, eu resolvi me aproximar dela. Quando mais perto eu chegava, mas o perfume se tornava intenso, mais ele me inebriava. Ela então cruzou os olhos com os meus e sorriu ajeitando uma das mechas de seus cabelos. Veio em minha direção e sorrindo. Eu não sabia o que falar. Mas dentro de mim, aquele sentimento de amor, junto com minha impulsividade doentia, começava a se misturar. Dúvidas me dominavam. Dúvidas e certa insegurança. Será que ela saía com mulheres? Não com mulheres bonitas como ela, mas estranhas como eu? Mulheres que já foram homens mas que agora, inexplicavelmente fora invadida por uma vontade de provar novamente do sexo oposto?
Manoela se aproximou e disse agradecer por finalmente eu ter me aproximado. Linda. Será que está sendo mesmo gentil comigo ou simplesmente faz parte do papel de prostituta dela? O papel de fingir que o cliente, seja o quão feio ele for, se sinta um príncipe encantado. Ficamos conversando por alguns minutos. Não acreditava que estava ali, ao lado da mulher que eu observava durante tantos dias. Desejando cada parte de seu corpo. Imaginando diversas maneiras de lhe proporcionar prazer sádico. E ao fim, como das outras vezes, furar cada ponto de seu corpo com minha faca de acampamento. Mas com ela, eu não estava com o desejo sádico tão a tona. Eu parecia somente querê-la deitada ao meu lado. E desfrutar daquele corpo malhado e cheiroso.
Após vinte minutos, ela me convidou para irmos até um lugar mais calmo. Foi então que minha noite perfeita, minha noite maravilhosa e possivelmente de redenção foi por água abaixo.
Depois de muita insistência fomos para o meu apartamento. Eu estava muita nervosa. Nunca havia levado mulheres para lá. Geralmente, como já disse, eram crianças e jovens viciados. Nunca uma mulher daquele porte. Ela subiu as escadas na minha frente e pude ver suas nádegas fortes, empinadas. Ali senti que meus desejos reprimidos, minha heterossexualidade havia acordado novamente.
Entramos.
Manoela foi direto para a cozinha. Queria beber água. Antes disso, retirou a parte de cima de sua blusa. Cada vez mais seu corpo me causava êxtase. Cada vez mais eu ficava ansiosa para poder beijá-la. E logo essa ansiedade passou, pois após beber água, ela me beijou. Segurou-me pelos ombros e me beijou. A cozinha de repente se tornou o melhor lugar de minha humilde casa. O lugar mais mágico da face da Terra. Era como se um sonho se realizasse. Estávamos nos beijando e ela parecia me amar. Acho que também me observava, mesmo eu sendo esquisita, feia e zarolha. Mesmo eu sendo um travesti, ela parecia aceitar esse fato... Pelo menos era o que eu achava.
Após alguns instantes ela me segurou pelos braços e me puxou para o quarto.
Pediu para que eu esperar do lado de fora. Eu obedeci. Ela entrou com sua bolsa. Devia guardar suas coisas ali. Enquanto havia silêncio lá dentro do quarto, que estava uma bagunça, mas eu nem me importei, fui até a cozinha buscar vinho.
Ela então abriu a porta do quarto, e ali eu desabei. Ela havia espalhado flores pelo chão de madeira do meu quarto. Arrumou tudo rapidamente e isso me deixou impressionado. Puxou-me para cima dela no chão. Havia improvisado uma cama de casal feita de lençóis, pois minha cama era de solteiro e provavelmente ela queria espaço. Nos beijamos. E de repente, os olhos dela se esbugalharam, ali senti a mágica esvaindo.
Você é homem!
Ela havia descoberto meu segredo e ele parecia assustá-la. Tentei puxá-la novamente para o chão, na nossa cama improvisada. Ela puxou seus braços se soltando de mim.
Você é travesti!Meu Deus que nojo! Um travesti que gosta de mulheres! Seu esquisito! Seu estranho!Eu quero ir embora.
Esquisito. Estranho. Aquilo de repente me transportou para minha infância maldita. Quando meu tio me violentou no banheiro da casa de praia quando eu tinha apenas seis anos. Quando as crianças me chamavam de zarolho e esquisito. Quando diziam que eu era um integrante da família Addams. Um bolo seco se prendeu em minha garganta. Pulei em cima de Manoela. Ela se debatia como um frango próximo ao abate. Tentava gritar, porém minha força ainda era de um homem. E consegui lhe fazer calar. Não iria deixá-la ir embora. Não com todo aquele clima que se fez entre nós. Ela me chutou nas bolas e correu para a cozinha provavelmente atrás de facas. Em vão.
Entrei na cozinha e lá estava ela, descabelada e suada. Linda do mesmo jeito. Me aproximei lentamente devido as dores no saco, e suspirei ao seu cangote. Continuava cheirosa.
Deixe-me em paz, aberração!
Dei-lhe um soco no rosto com toda minha força. Respingos de sangue sujaram minha geladeira enferrujada misturando ao tom avermelhado do cobre.
Minhas amigas sabem que estou com você. Sabem que você ronda nosso ponto! Você está ferrado!
Ela estava certa. Mas naquele momento só pensava nela. E ali, o destino dela estava traçado. Não sairia viva dali. Não queria matá-la. Não queria machucá-la, Deus é testemunha. Mas ela e o preconceito idiota fizeram isso. Peguei o martelo de carne e acertei-lhe na testa. Ela caiu imediatamente sentada, arrastando as costas na porta à suas costas. Foi aí que tirei toda sua roupa e me aproveitei dela.
A cozinha se tornou meu lugar preferido. Fora ali que um sonho fora realizado. Há pessoas que morrem por motivos idiotas, tipo em uma briga de bar por causa de vinte centavos, e há pessoas que pedem para morrer, como Manoela. Na profissão dela, ela devia saber que não se diz não a um cliente quando já se está no “matadouro”. Quando já se está na cama. Tão bonita e tão estúpida.
Preciso comprar outra geladeira. A minha agora se tornou o calvário de Manoela, e a deixarei aqui, perto de mim para sempre. E as vezes juro que ainda sinto o cheirinho de chiclete.
DOENTIA---
■ ■ ■ ■ ■
Agora estou na cozinha. Ela se tornou o lugar que mais gosto dessa minha humilde casa. É o lugar aonde me sinto melhor. O mais silencioso. O único barulho que provém dele é o do liquidificador quando o uso para bater minhas vitaminas. Porém hoje estou chateado. Algo saiu do controle na noite passada e não aconteceu da maneira que eu esperava. Eu fico assim quando as coisas fogem do controle, quando não saem da maneira que quero. Fico triste. Fico uma pessoa apática. Sou uma pessoa muito metódica. E isso, junto com minha doença, me faz uma pessoa infeliz.
A noite passada tinha tudo para ser perfeita. Velas acesas, vinho de marca e de uma boa safra, e dezenas de pétalas de rosas espalhadas pelo chão. Nem acreditava que estava fazendo aquilo. Justo eu que nunca me entreguei totalmente ao amor. Vou mentir se disser que na hora não senti vontade de chorar. Meus olhos lacrimejaram ao primeiro instante quando vi o cenário que havia sido reproduzido para mim. Imediatamente me juntei ao seu corpo e beijei cada canto. Estava feliz. E parecia que eu estava amando. Um amor diferente, estranho, que começara como uma obsessão ensandecida.
Anteriormente eu andava pelas noites. Sempre pensando em quem seria minha próxima vítima. Olhava para todas aquelas prostitutas na beira da orla de Copacabana e sentia um terrível impulso. Todas tão bonitas. Todas tão esculturais. E eu ali, as observando com desejos reprimidos. Queria pegá-las e decifrar com a ponta de uma faca todas as zonas de prazer dessas putas. Poderiam ser modelos ou atrizes famosas, mas estão ali, vendendo sexo. Justo sexo. Esse troço maldito que consegue trazer prazer, dor e morte aos que dele se utilizam. Elas vendiam. E tinha uma que eu sempre parava meus olhos estrábicos. Era a única que me olhava como se eu fosse normal. Mesmo que minha aparência não seja das melhores. Manoela era a única que me respeitava, e por isso, acho que se iniciou a tal obsessão por ela. Que muitos chamariam de amor.
Durante um mês comecei a deixar meus crimes de lado. Geralmente seqüestrava crianças de rua ou então jovens viciados em crack para satisfazer minhas perversões. Mas de uns dias para cá, eu só conseguia pensar em Manoela. Em como ela estava bela todos os dias. Como ela estava maravilhosa. Aquele corpo magro e definido, circulado pelos cabelos loiros mais cheirosos que eu já chegara perto. Um aroma de chiclete de tutti-frutti indescritível, provavelmente vindo de algum xampu adolescente. Sempre lá de é próximo a um poste. Sorrindo com seus dentes perfeitos e seus olhos hindus. Manoela era maravilhosa e parecia perceber minha presença.
Eu tentava disfarçar. Passava pelo outro lado da orla, às vezes até pegava um táxi e pedia para o motorista passar devagar próximo à elas para que eu pudesse expiá-la mais um pouco. Aquele amor platônico estava se tornando insuportável. Eu nunca me sentira assim. Nunca me deram a oportunidade, mesmo quando criança sempre fui a piada, a criança esquisita que as outras crianças machucam e cospem quando os professores não estão olhando. Não sei se era minha aparência grotesca ou se o fato de eu ser pobre e usar uniformes rasgados. Eram todos uns fodidos. Todos éramos alunos de escolas públicas, mas eu parecia ser a pessoa mais fodida de todas.
Foi então que durante um domingo de tarde agradável, eu resolvi me aproximar dela. Quando mais perto eu chegava, mas o perfume se tornava intenso, mais ele me inebriava. Ela então cruzou os olhos com os meus e sorriu ajeitando uma das mechas de seus cabelos. Veio em minha direção e sorrindo. Eu não sabia o que falar. Mas dentro de mim, aquele sentimento de amor, junto com minha impulsividade doentia, começava a se misturar. Dúvidas me dominavam. Dúvidas e certa insegurança. Será que ela saía com mulheres? Não com mulheres bonitas como ela, mas estranhas como eu? Mulheres que já foram homens mas que agora, inexplicavelmente fora invadida por uma vontade de provar novamente do sexo oposto?
Manoela se aproximou e disse agradecer por finalmente eu ter me aproximado. Linda. Será que está sendo mesmo gentil comigo ou simplesmente faz parte do papel de prostituta dela? O papel de fingir que o cliente, seja o quão feio ele for, se sinta um príncipe encantado. Ficamos conversando por alguns minutos. Não acreditava que estava ali, ao lado da mulher que eu observava durante tantos dias. Desejando cada parte de seu corpo. Imaginando diversas maneiras de lhe proporcionar prazer sádico. E ao fim, como das outras vezes, furar cada ponto de seu corpo com minha faca de acampamento. Mas com ela, eu não estava com o desejo sádico tão a tona. Eu parecia somente querê-la deitada ao meu lado. E desfrutar daquele corpo malhado e cheiroso.
Após vinte minutos, ela me convidou para irmos até um lugar mais calmo. Foi então que minha noite perfeita, minha noite maravilhosa e possivelmente de redenção foi por água abaixo.
Depois de muita insistência fomos para o meu apartamento. Eu estava muita nervosa. Nunca havia levado mulheres para lá. Geralmente, como já disse, eram crianças e jovens viciados. Nunca uma mulher daquele porte. Ela subiu as escadas na minha frente e pude ver suas nádegas fortes, empinadas. Ali senti que meus desejos reprimidos, minha heterossexualidade havia acordado novamente.
Entramos.
Manoela foi direto para a cozinha. Queria beber água. Antes disso, retirou a parte de cima de sua blusa. Cada vez mais seu corpo me causava êxtase. Cada vez mais eu ficava ansiosa para poder beijá-la. E logo essa ansiedade passou, pois após beber água, ela me beijou. Segurou-me pelos ombros e me beijou. A cozinha de repente se tornou o melhor lugar de minha humilde casa. O lugar mais mágico da face da Terra. Era como se um sonho se realizasse. Estávamos nos beijando e ela parecia me amar. Acho que também me observava, mesmo eu sendo esquisita, feia e zarolha. Mesmo eu sendo um travesti, ela parecia aceitar esse fato... Pelo menos era o que eu achava.
Após alguns instantes ela me segurou pelos braços e me puxou para o quarto.
Pediu para que eu esperar do lado de fora. Eu obedeci. Ela entrou com sua bolsa. Devia guardar suas coisas ali. Enquanto havia silêncio lá dentro do quarto, que estava uma bagunça, mas eu nem me importei, fui até a cozinha buscar vinho.
Ela então abriu a porta do quarto, e ali eu desabei. Ela havia espalhado flores pelo chão de madeira do meu quarto. Arrumou tudo rapidamente e isso me deixou impressionado. Puxou-me para cima dela no chão. Havia improvisado uma cama de casal feita de lençóis, pois minha cama era de solteiro e provavelmente ela queria espaço. Nos beijamos. E de repente, os olhos dela se esbugalharam, ali senti a mágica esvaindo.
Você é homem!
Ela havia descoberto meu segredo e ele parecia assustá-la. Tentei puxá-la novamente para o chão, na nossa cama improvisada. Ela puxou seus braços se soltando de mim.
Você é travesti!Meu Deus que nojo! Um travesti que gosta de mulheres! Seu esquisito! Seu estranho!Eu quero ir embora.
Esquisito. Estranho. Aquilo de repente me transportou para minha infância maldita. Quando meu tio me violentou no banheiro da casa de praia quando eu tinha apenas seis anos. Quando as crianças me chamavam de zarolho e esquisito. Quando diziam que eu era um integrante da família Addams. Um bolo seco se prendeu em minha garganta. Pulei em cima de Manoela. Ela se debatia como um frango próximo ao abate. Tentava gritar, porém minha força ainda era de um homem. E consegui lhe fazer calar. Não iria deixá-la ir embora. Não com todo aquele clima que se fez entre nós. Ela me chutou nas bolas e correu para a cozinha provavelmente atrás de facas. Em vão.
Entrei na cozinha e lá estava ela, descabelada e suada. Linda do mesmo jeito. Me aproximei lentamente devido as dores no saco, e suspirei ao seu cangote. Continuava cheirosa.
Deixe-me em paz, aberração!
Dei-lhe um soco no rosto com toda minha força. Respingos de sangue sujaram minha geladeira enferrujada misturando ao tom avermelhado do cobre.
Minhas amigas sabem que estou com você. Sabem que você ronda nosso ponto! Você está ferrado!
Ela estava certa. Mas naquele momento só pensava nela. E ali, o destino dela estava traçado. Não sairia viva dali. Não queria matá-la. Não queria machucá-la, Deus é testemunha. Mas ela e o preconceito idiota fizeram isso. Peguei o martelo de carne e acertei-lhe na testa. Ela caiu imediatamente sentada, arrastando as costas na porta à suas costas. Foi aí que tirei toda sua roupa e me aproveitei dela.
A cozinha se tornou meu lugar preferido. Fora ali que um sonho fora realizado. Há pessoas que morrem por motivos idiotas, tipo em uma briga de bar por causa de vinte centavos, e há pessoas que pedem para morrer, como Manoela. Na profissão dela, ela devia saber que não se diz não a um cliente quando já se está no “matadouro”. Quando já se está na cama. Tão bonita e tão estúpida.
Preciso comprar outra geladeira. A minha agora se tornou o calvário de Manoela, e a deixarei aqui, perto de mim para sempre. E as vezes juro que ainda sinto o cheirinho de chiclete.