Sorriso psicopata
A acusação: assassinato de uma colega de quarto.
A ré: uma linda moça de cabelos claros, olhos cor de mel, sem antecedentes criminais e considerada pela familia e por amigos um doce de pessoa.
Ela tinha álibis, tinha dinheiro e obviamente um bom advogado, ou melhor, uma equipe de advogados.
Mas ela tinha algo mais que isso, algo que ela sempre sou be usar a seu favor.
Era dona de uma inteligência ímpar, mas ainda tinha algo mais.
Ela tinha um sorisso envolvente, quase hipnótico.
E ela se apresentava sempre oculta atras desse sorriso.
Se Da Vinci a tivesse conhecido, a Monalisa teria outra fisionomia.
Na infância, era seu sorriso que a livrava de todas as maldades que ela fazia.
Na adolescência sempre conseguiu escapar das armadilhas que suas brincadeiras não tão inocentes a levavam
E assim foi sua vida toda.
E agora não seria diferente, ela se aperfeiçoou na arte de dissimular, de enganar, de sorrir, de olhar de uma maneira meiga e doce que faria com que condenassem Madre Teresa e Frei Damião em seu lugar.
O Processo rolando. Dias passando. Ela se apresentando sempre com o mesmo sorriso.
Sempre impecável, bem vestida. Impossível condenar uma pessoa assim.
Todos os envolvidos no julgamento se encontraram de modo escuso, e todos concordaram que ela era culpada. Era a assassina. Não havia como negar isso.
Mas também todos concordaram que havia algo mais que um sorriso.
Ela escondia algum segredo. Sua calma era inacreditável.
Não podiam. Tiveram medo. Algo havia nela além do que eles viam.
Absolvida por unanimidade.
Sorriso estampado no rosto. Liberdade. Livre.
Vai ser sempre assim. Manipulando apenas com seu sorriso.
Sua mente psicopata trabalhando, executando, agindo, todo dia e toda hora.
Sem sentimentos, sem reação.
Apenas um desejo de matar por matar.
Um desejo que não trás nenhuma satisfação.
Apenas uma linda psicopata com um sorriso lindo.
Homenagem à Amanda Knox.
Acho que ela é inocente.