ar madilha do destino
Armadilhas do destino
Autor (a) Caritas Miguel
Jurema doze anos de idade, já trás marcas profundas da na face causada pela desigualdade social. Menina pobre do interior, onde vivia perambulando pelas ruas da pacata cidadezinha interiorana conhecida por Esperança, nome que com Jurema não tem nada a ver, pois a sua esperança já foi embora há muito. Sua amada mãe depois do parto do sétimo filho se entrega a tão solitária morte dando aos filhos uma triste sina mulher que pouco viveu, parece que só passou pela vida para conhecer o sofrimento, seus dois filhos menores foram adotados por um casal da Itália deixando aquela vida sofrimento para trás, os outros três foram embora trabalhar nas fazendas dos ricaços fazendeiros das cidades próximas, o bebê morreu pelo mal de sete dias após a mãe morrer, no sétimo dia, do mês sete, no ano de mil novecentos e setenta e sete, às sete horas, coincidência ou não, Jurema tinha pavor do dia sete. Como ninguém se compadecia com o seu martírio, ficou abandonada por todos e pela vida sozinha com seu sofrimento, largada sem teto, em uma sociedade que enxerga mais não vê não sente porem não se compadece com os menos favorecidos.
Em uma noite fria de inverno, Jurema dormia numa construção mal acabada e abandonada quando foi surpreendida e atacada por um rapaz armado, ele a agarrou violentado-a sem dó nem piedade a garota lutou ate perder as forças devido a sua fragilidade e desnutrição acabou por desmaiar, ficou ali durante horas enquanto caia a madrugada um carro para, era um conhecido medico da cidade que corre ao ver aquela cena, ele a pega nos braços e leva para carro, espantado com o que vê por todo corpo da menina há vários hematomas das agressões sofridas na noite, meio inconsciente lembra-se de tudo, ultima imagem do que aconteceu veio nitidamente na sua mente, ficou em sua memória o formato do anel que o estuprador usava em sua mão esquerda, o desenho de um anjo, que na tridimençao da óptica via-se o formato de demônio, uma jóia linda mais que ao mesmo tempo causava medo, nos olhos do anjo havia trevas e muita maldade, aquele anel na mão esquerda daquele maldito homem ficou na mente de Jurema. O medico que lhe ajudou, depois do ocorrido não saiu mais do hospital nos dia que ela se encontrava em coma profundo por conta de uma perfuração no pulmão direto. Causada por uma costela quebrada levou Jurema a ter complicações devidas uma infecção generalizada, um mês após ela desperta, um exame outra surpresa ela esta grávida seria uma gravidez de alto risco mesmo assim ela decide ter aquela criança mesmo sendo filho da violência. Jurema conta toda sua historia ao medico fala sobre noite do estupro o que havia acontecido e chorou copiosamente relembrando a dor sentida tanto física quanto moral. No sétimo mês de gravidez ela começa a sentir fortes dores os médicos decidem antecipar o parto por ser uma gravidez de alto risco, cinco horas mais tarde o choro de criança era uma linda meninha, apesar das más línguas das fofoqueiras de plantão daquela cidade sempre cogitando que ela deveria ter abortado o bebê. Há mais ela lutou como ela lutou para que isto não acontecesse em fim lutou contra aquela cidade e deu a luz a sua filhinha. E ao receber sua filha nos braços às lagrimas molharam seus olhos e lavaram seus rosto de alegria e uma sensação de dever cumprido. Pois lhe restava poucos minutos de vida, abril um sorriso beijo a criança enquanto a morte te abraçava a levando para sempre. No hospital todos comentavam o que seria da pequena criança órfã sem a mãe, o medico que sempre lhe ajudou, faz mais ato de amor, e cumplicidade com o bem, outro gesto de caridade, resolve adotar a pequena Ângela de face doce, sorriso leve e com muita vivacidade com mesmo olhar triste e perdido de sua mãe. Ao passar dos dias Ângela torna-se a alegria daquele casarão antes solitário, o filho Ricardo que estudava em outro país termina o seu mestrado e retorna para casa, ao chegar percebe que tudo estava exatamente como antes às mesmas arvores, o mesmo cheiro de saudade... Ângela vai ou seu encontro de braços abertos e com sua doce voz passa a mão em teu rosto lhe causando timidez Ricardo fica perplexo ao ver quanto o tempo foi generoso a Ângela, que hoje se torna uma linda mulher, de pouca idade, mas com muito mistério a ser desvendado, apaixonam-se perdidamente por ela naquele instante, apesar de serem irmãos perante a justiça, mas não tinha nenhum laço de sangue por tanto para o pai de Ricardo não havia nenhuma objeção, então acontece o casamento, uma linda festa, juras de amor eterno lua de mel em Veneza, um perfeito cenário para o amor, tudo muito perfeito como nos contos de fada, fazem amor a noite inteira no café da manha Ângela fica um tanto nostálgica então Ricardo tenta lhe consolar com belas palavras e com um forte abraço, enquanto Ângela se debulha em lagrimas, e num desabafo doloroso lamenta o ocorrido com sua mãe, que foi estuprada por um maldito homem há quinze anos atrás, a única pista do estuprador que infelizmente é seu pai é uma vaga historia que todos sabem sobre aquele estuprador que usava um anel com cara de anjo, ao ouvir Ângela, Ricardo se levanta totalmente perturbado fora de se vai até ao armário pega na mala o que sempre foi seu tormento, coloca o anel no dedo da sua mão esquerda e paga a arma fazendo justiça, Ângela desmaia entendendo tudo naquele instante, o filho de Ângela de quatro anos corre céu aberto soltando pipa...