Vampiros em Nothound - parte IX

Minha mãe havia retornado na companhia de minha avó.

_ Com que você estava? Hein menina? Com quem estava? - minha avó parecia usar de seu resto de forças para gritar comigo - Sabe quanto tempo eu e seu avô lutamos para ensinar ao resto da família como se manter longe dessa gente? E você começa a andar com eles? Você agora é da família dos sedentos?

Eu não sabia o que fazer, as perguntas vinham como bomba a minha cabeça e minha respiração entrava num ritmo frenético e descontrolado.

_ Pegue suas coisas e saia dessa casa agora menina! A casa ainda está no meu nome e eu não quero nenhuma vagabunda por aqui! Vá embora!

A janela de vidro se arrebentou no mesmo segundo em que contraí os pulsos e notei que não apenas aquela janela havia estourado, a janela do lado direito havia também se partido quando Pietro saltou para meu lado.

Deixou que um grunhido de fúria saísse por entre os dentes e entrou em minha frente.

_ Escute aqui sua velha ignorante, ela não precisa de você quando tem a mim! Ela não precisa ficar te ouvindo dizer esses absurdos quando tem outra opção.

_ Menino insolente! Quem pensa que é?

Saindo da posição de ataque e se mantendo na postura ereta e correta deu um passo em direção a minha avó e minha mãe que apenas chorava.

_ Eu... Sou aquilo que você mais teme e aquilo que sua neta mais adora!

Depois de tal afirmação subi até meu quarto e recolhi o que podia.

_ Filha - minha mãe segurava meu braço enquanto guardava as roupas na mochila - a casa não é minha, não posso fazer nada, mas eu não quero que vá!

Guardei o restante na mochila e sentei-me na janela.

_ Você quer que eu fique mãe, só que eu não quero ficar, sem despedidas será mais fácil para todos nós.

Ele me esperava do lado de fora.

Alcançara minha mão suavemente e fora me guiando até a casa abandonada, o local que marcava o início de tudo...

Seria apenas ele e eu.

Fernanda Ferreira
Enviado por Fernanda Ferreira em 10/10/2009
Reeditado em 15/10/2009
Código do texto: T1858304
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