A casa da última quadra V
Estava cheia de tarefas a serem feitas e me mantive ocupada em resolve-las. Geografia! Ah! Materiazinha mais desnecessária! Todo ano o IDH de um país muda, sua geografia muda, sua população muda, em fim... MUDA TUDO!
Tudo aquilo me tirou boa parte da tarde mas eu não tinha muito o que fazer.
Comecei a pensar em tudo e tentei organizar o quebra-cabeça.
Minha mãe tivera um irmão que morreu dentro da casa que ficava na última quadra e minha mãe depois da depressão ficou achando que nunca havia existido irmão algum.
Pensei algumas vezes em ir até aquela casa mas acabei desistindo, e se eu passasse mal? Se morresse?
Minha avó me chamou para o jantar e fui sem recusar. Venhamos e convenhamos, eu sou boa de garfo.
Macarronada era o que eu precisava para me manter sem fome até mais a noite já que provavelmente demoraria para dormir, e foi o que eu previ.
Um vento frio veio direto da janela e pousou em mim que continuava estendida na cama olhando para o teto.
Dormi bem tarde e acordei cansada e com olheiras.
Não fiquei me olhando muito no espelho.
Vesti o primeiro jeans que alcancei no guarda-roupa e voltei
a me olhar no espelho. Acabei deixando minhas olheiras e meus defeitos matutinos de lado.
A escada me parecia longa e senti dor nos joelhos só de pensar em como seria sem graça e doloroso subir aquela escada ao voltar da escola, ao voltar de uma série de aulas maçantes.
HAVERÁ CONTINUAÇÃO...