O caixão de jhans
Ele tinha uma espécie de olhar bem estranho naquele dia. Quase um erro catastrófico. Quase uma mistura perpétua.
Quando Jhans saiu de casa ainda era claro, o sol apodrecia as aguas na rua e aquele cheiro de animal morto no quintal do vizinho Norlan irritava a todos.
Meu pai já tinha pedido a ele q desse um jeito naquele cheiro, mas ele nem ligava para as palavras de meu pai.
Naquela tarde tudo era tão quieto, pessoas sem vontades de sair de suas casas, crianças se escondendo daquele sol infernal. Até os pássaros desistiram de voar e sentir o vento.
Minha irmã Catharine estava lavando roupas quando o carro que trazia o restante de nossa família chegou. E nada de Jhans retornar de sua misteriosa saída.
A mulher de Jhans ja estava bem preocupada. Ele sabia que não poderia sair naquela hora, mas parace que nem se importou.
A única opção era esperar por ele!
No carro da família veio um senhor desconhecido, de nome familiar e fácil de decorar. Senhor Henri.
Ele usava um chapéu de grande aba, com uma fita velha de cor preta em volta, botas sujas de barro, camisa de cor cinza e um olhar triste, suas mãos machucadas pelo tempo de trabalho. Minha tia até achou graça ter reparado tanto ele assim. Mas nem liguei, continuei a observar um por um.
Minutos depois a campainha toca alto. Amigos de meu pai chegando para a reunião de última hora e nada convencional.
Não sei bem se era apenas impressão minha, ou se realmente havia algo muito sério escondido nas palavras rápidas do meu pai. Estávamos ficando ansiosos
para saber do que se trata tamanha rapidez em reunir quase todos. Minha mãe estava na cozinha preparando algo, cantarolando baixinho suas belas músicas de infância. E pelo fato de não ter nada a mais pra fazer ali naquela sala com ar duvidoso, resolvi ajudá-la. Ela se assustou com minha presença silenciosa. Ela retorna a sala, servindo a todos uma bebida, com pequenos pedaços de gelo.
Quando estava passando pela janela da cozinha, escuto um barulho de carro estacionando em frente minha casa, era Jhans chegando. Meu Deus, quanta demora! Ele chegou com um certo tipo de crime imperfeito desenhado em seu rosto. Passou por todos sem ao menos dizer um oi, me deu um beijo no rosto e subiu para o quarto. Fui atras, mas ele nem se importou em abrir a porta, escutei barulho de coisas se quebrando e suspiros de choro. Infelizmente não pude fazer mais nada.
em breve a continuação.