Os garotos da nossa vida (parte 14)
-Vem que lhes mostro.
Entramos correndo pelo portão da escola, todos estavam correndo de um lado para o outro.
-O que aconteceu? –Indagava KM, enquanto seguíamos as garotas.
Atravessamos o pátio que estava lotado, e entramos pela sala do diretor.
-Meninas, que bom que estão aqui. –E virando-se para as garotas que nos trouxeram. –Cinthia, Cátia, obrigado, já podem ir.
-Sim senhor diretor. –Disseram elas saindo e fechando a porta.
-Diretor... O que está acontecendo? –Quis saber YM.
-É mesmo diretor, o que está havendo?
-Então vocês não sabem o que houve?
-Não. Acabamos de chegar. –Afirmei.
-Certo. Aconteceu um crime durante a madrugada de hoje aqui na escola...
-O que? Como assim um crime? –Indaguei.
-Um crime KM. Mas pra ser exato... um assassinato!
-Um assassinato? Aqui dentro na escola? –Fiz ainda mais surpresa.
-Mas logo na entrada nos disseram que esse assunto tinha haver com o Dienk... –Afirmou YM recordando.
-E tem...
-Tem? –Questionei assustada. –Como?
-Ele é o suspeito. –Disse o diretor.
-Quem? O Dienk? –Desacreditei. –Ah, fala sério! Ele não mataria uma mosca!
-Não é o que está parecendo!
-Como assim? –Fez YM indignada. –O senhor o conhece. Nós conhecemos o Dienk, e bem sabemos que ele jamais faria uma coisa dessas! Eu tenho certeza!
-Certeza? Certeza quanto?
-Quanto? –Fiz sem entender.
-Numa situação dessas... Boto a minha mão no fogo por ele! –Afirmou YM.
-Ótimo. Era isso que eu queria ouvir... –Declarou o diretor se levantando.
-Isso? Por quê? –quis saber KM.
O diretor foi até a porta e chamou. De repente Dienk apareceu na porta, trêmulo, assustado, pálido, com o medo estampado nos olhos.
-Entre meu rapaz. –Pediu o diretor.
-Dienk? Você está bem? –Indaguei preocupada.
-Ótimo que vocês estejam todos aqui reunidos. –Disse o diretor.
-Ótimo? Pra que? –Quis saber.
-Vocês três são os suspeitos nº1 da minha lista, mais do que isso, da lista da polícia.
-Polícia? Mas o que é que houve aqui?
-uma professora foi assassinada...
-Professora? Quem? –Desesperou-se YM.
-Na verdade, ela já havia pedido as contas ao colégio... A professora Gaby –Lanna...
Nesse instante senti como se uma corrente fortíssima de sangue mergulhava meu coração, as batidas aceleradas, quase arrebentavam minha estrutura peitoral. YM me olhou, sem reação, e ambas caímos em lágrimas em um desgosto fora do normal, no qual YM esqueceu-se de quem tinha ao lado, e abraçou-se a Dienk como um ursinho de pelúcia em noite de tempestade!
(continua)