O SEQUESTRO DE MORGAN-CAP. XXI

AS AVENTURAS DE MORGAN

O SEQUESTRO DE MORGAN

CAP. XXI

No Capítulo anterior,

Porém, quando retornavam para casa, rastros estavam sendo desenhados à sua frente, porém não tinham mais munições e tinham que chegar em sua casa e recarregar o tanque. John percebe que Morgan desapareceu do caminho, pois, estava logo atrás, mas, não fora visto por John. Ele parou o tanque, olhou para todos os lados e nada do Morgan aparecer. Agora John, teria um novo problema pela frente.

John imagina que Morgan teria sido desta vez seqüestrado pelas criaturas. Não tinha outra explicação e todos os sinais indicavam que sim, pois, até o tanque em que Morgan viajava desapareceu misteriosamente. Agora pensava John, na questão principal, que era justamente procurar por Morgan. Estava anoitecendo e começava então uma forte chuva, com raios e trovões. Agora John não teria como nem sair de casa com esse temporal todo. Uma coisa era certa, teria que esperar a chuva e o vento cessarem suas atividades. Lá pelas 4 da manhã, o celular de John toca e do outro lado da linha era Morgan, com uma voz muito fraca e se queixando de dores pelo corpo, relata ainda que foi vítima de espancamento, pois, teria reagido ao seqüestro embora tenha vitimado algumas criaturas, porém eles eram muitos e não foi possível dominá-los 100% e quando achava que teria dominado a situação, vieram mais de 20 criaturas e o fizeram refém. Agora, relata Morgan a John, que eles querem fazer uma troca. Só libertarão Morgan se John lhe entregar os projetos de suas armas, pois, eles estavam muito interessados em fazer com que John deixe de uma vez os trabalhos com estes projetos. Projetos estes, que estariam prejudicando as invasões pelo planeta. Desta vez John estava entre a cruz e a espada e o que fazer? No momento só lhe restava uma via de condução, ou seja, ele somente poderia revelar os seus secretos projetos para quem não fosse capaz de construir as armas letais e no caso das criaturas, John nem sabe se seriam tão capazes assim. Contudo o melhor seria não arriscar tanto e não vacilar. John imaginou entregar planos falsificados e assim regatar Morgan. Porém, teria que ser uma coisa bastante segura. Era entregar os planos e pegar Morgan. No momento Morgan estava em lugar incerto, pois, não foi possível identificar a chamada, quero dizer localizar de onde foi originada, pois, era celular e não possuía um aparelho para rastreá-lo. John estava ansioso por outra ligação, assim poderia combinar esse resgate.

Já amanhecendo o dia, John não havia dormido nada e de repente o celular toca novamente, era Morgan do outro lado da linha e estava desesperado, pois, as criaturas estavam determinadas a acabar com a sua vida, caso não fossem atendidas as exigências feitas. Morgan pedia pelo amor de Deus, que tirasse ele dali o mais breve possível, pois, não estava mais agüentando, estava com frio e muita fome, pois, as criaturas não se alimentam, por isso não se preocupam com ninguém. John tenta acalmá-lo, pede para que diga o local onde se encontra, para a final fazer uma expedição e tentar negociar com os seqüestradores, promete que iria solucionar este impasse no mais breve espaço possível. Morgan descreve o local onde provavelmente estaria.

Dizia Morgan que parece ter passado por um túnel sem fim e que logo após uns 20 minutos chegaram a um local muito iluminado. Morgan disse que sabia onde estava e parecia que havia estado ali antes. John anotou tudo e saiu logo em seguida, levando consigo o seu celular, caso fosse preciso.

Havia no meio das criaturas uma pessoa encapuzada, mas Morgan não sabia quem era esta pessoa, pois, ela só ordenava acenando e não abria sequer a boca para dizer algo. Morgan estava muito grilado com aquilo. Para Morgan, que era bastante experiente, tinha ali algo bastante familiar, mas, não conseguia decifrar nada.

John fez tudo o que Morgan relatou e chegou justamente na entrada da floresta e procurando encontrou uma entrada secreta e havia por ali rastros de pessoas e animais, mas, não havia rastros de veículos, até porque a passagem era muito estreita e só poderiam passar animais de pequeno porte e pessoas. John adentrou na trilha, que sumia de vistas, e em alguns pontos havia uma espécie de solário, mas, de passagem muito pequena no teto. John estava andando, carregando uma mochila e lanternas e uma arma de punho, além de facas afiadas, pois, não sabia o que poderia encontrar pela frente. John começou sua caminhada, John ainda estava sentindo o peso da noite mal dormida e além de tudo, não comeu nada consistente, tomando apenas um café corajoso (aqueles que vai sozinho). John até colocou alguma coisa de comer em sua mochila, porém , como o local estava muito úmido, acabou molhando a sua própria comida, então ele preferiu descartar.

As horas passavam, John olha para seu relógio e vê que passavam das 14 horas, ele estava muito cansado e com muita fome, mas, o que comer por ali, não havia nada por perto, além do que, ele estava dentro de um túnel sem fim. John olha para o teto do túnel e se assusta, pois, vê que tem companhia. São os morcegos assassinos de que Morgan sempre falou. Ele diz consigo mesmo: Mas, então devo estar perto da caverna dos morcegos assassinos de que Morgan sempre me falou! E tentou subir em um dos solários para tentar uma saída, mas, foi inútil, pois, lá não tinha como passar, pois, era mais estreito que a sua própria cabeça. John não tinha mesmo saída e teria que continuar nesse caminho escuro até que fosse possível enxergar a luz no final do túnel. Naquele instante, seu celular toca novamente, mas, a bateria arriou e deu para ouvir apenas uma espécie de grito, ele não identificou, se era de Morgan ou de outra coisa. As horas passam depressa, agora são 17 horas, e John apressou os seus passos, pois, não poderia deixar que o escuro tomasse conta, pois, no alto nos solários, não se via muita coisa, devido à chegada do fim do dia. De cem em cem metros via-se um solário. John nunca tinha passado por ali e não entendia qual era a finalidade daquele túnel. Mas, certamente Morgan teria muito que explicar sobre isto.

Já onde Morgan se encontrava, uma criatura tirou o capuz, e Morgan desmaiou em seguida, mas, o que teria feito Morgan desmaiar? Morgan estava muito fraco e a idade dele não lhe favorecia muito, apesar de que era uma pessoa muito forte, mas, mesmo assim, alguém precisa de se alimentar, senão, cai mesmo.

Afinal John chegou no fim da linha, mas, encontrou uma grande pedra bloqueando a saída. E agora, refletiu John. Mas ele ainda tinha uma chance a mais, ele olha para o alto e vê uma passagem, muito estreita, mas, acha que poderá passar por ela, John escalou a parede que era bastante íngrime, mas, no final conseguiu. Jogou primeiro suas tralhas e depois passou. Ficou aliviado em ter saído daquele túnel e como era 18 horas, o tempo fechou bastante e começou uma forte chuva. Lá no alto via-se apenas florestas, mas, logo abaixo John viu uma clareira e saia uma pequena fumaça e logo adiante uma pequena casa de madeiras e teto de capim e pela chaminé saia uma fumaça branca. John pensou em se aproximar, mas, ficou por ali até anoitecer e com isto ficar mais escuro, assim, estaria protegido das criaturas ou seja lá o que for...

John, após passar um longo tempo somente expiando, tomou coragem e foi até a cabana, estava chovendo muito forte, ouvia-se muitos trovões e os raios faziam clarão nos céus, mas, nada de desistir agora, tudo estava quieto, e John observa pela fresta da janela percebe que Morgan está deitado em uma cama de capim e todo amarrado e ao seu lado uma senhora, mas, John não a conhece. Morgan está com os olhos vendados e amarrado com as mãos para traz. John ainda não tem muita certeza se invade o local, pois, ele tem apenas uma arma agora e sua faca afiada, mas, apesar disso resolve que a hora era esta, pois, se esperasse o dia amanhecer, tudo estaria perdido porque as criaturas poderiam voltar e naquele instante só tinha uma pessoa e era esta senhora, que permanecia sentada imóvel.

John percebe que ela cochilava e num só chute derruba a porta a avança para cima dela, mas, ela estava armada e acorda dando tiros para o alto e John não esperava isto, mas, mesmo assim atira também e acerta o braço dela e Morgan estava lá sem saber o que fazer. John imobiliza aquela senhora e desamarra Morgan. Morgan reconhece aquela mulher e diz a John que se trata de Morgana, sua esposa que pensou estar morta. Pois, havia recebido uma notícia naquela época, de que teria sofrido um acidente automobilístico e em conseqüência teria morrido. Mas, Morgana explicou porque teria feito aquilo. “Dizendo ela que teve que fazer isto, pois, a polícia estava no encalço dos apropriadores do dinheiro público e ela era esposa de Morgan, o ex- prefeito e naquele dia estava com seu carro abarrotado de dinheiro, então, para simular um acidente e dar fim à sua vida ,pelo menos no papel, assim pensava estar livre das autoridades”. Morgan ouviu tudo e pulou para cima dela e tentando dar-lhes socos, e dizendo com muita raiva: “então você armou tudo isto sua Vagabunda de meia tigela, eu pensei que voce havia morrido e sofri muito com isto, pois, além de você ter “morrido” , ainda levou tudo o que eu tinha”, ela grita com ele: “Que tinha que nada, seu “ladrãozinho barato” , aquilo me pertencia por direito à indenização por estar do seu lado o tempo todo e que recebi em troca? Nada. Somente perseguição da Polícia, só isto. Então, o que fiz: Me mudei para outra cidade, reergui minha vida e hoje graças a Deus estou muito bem obrigada.” Morgan pergunta : e o que você quer agora com isto? Morgana revela que agora está com outros planos e juntamente com esta onda toda, as criaturas andando por aí, ela resolveu estar com eles e sempre fazendo contato, pois, ela revela que esteve com eles em diversos momentos e até os ajudou em umas batalhas, mas, agora que foi descoberta, pretende parar, mas, não sabe como, pois, está sendo monitorada o tempo todo e pede que a deixem em paz. John lhe indaga sobre a questão atual e pergunta-lhe se eles estão naquele momento por ali. Morgana diz que eles se assustaram e voltaram, mas, estão para chegar novamente.

então , agora que as coisas se esclareceram, John propõe que todos saiam dali e voltem para a fazenda, apesar de estar longe, mas, John alega que será melhor e teriam que sair rapidamente antes do dia começar a raiar. Todos concordaram e foram sem deixar pistas. Morgan ateia fogo no rancho de palha e apesar de estar muito molhado, nada sobrou. Eles voltam pelo mesmo caminho. Agora estão juntos novamente.

Chegam na fazenda e já são quase 17:00 horas e a chuva deu uma trégua. John traça novos planos para seguir na sua busca, ou seja, tudo está focado na questão de encontrar seus pais com vida e nada fará com que mude de idéia...

Nesse ínterim policiais estão cercando a fazenda, com a finalidade de buscar uma pessoa suspeita de fraudar a receita municipal, além de outros crimes por ela praticados e justamente porque estavam ouvindo boatos de que Morgana estaria viva e por isso que farão cobertura para a caçada a esta meliante.

John não sabia o que dizer às autoridades naquele momento, mas, como Morgan e Morgana estavam na outra residência e provavelmente dormindo, John despistou-os e disse que não tinha ninguém com este nome por ali. Mas, assim que as autoridades se afastaram do local, John foi até à outra casa, mas, ninguém fora vista por lá e somente viram tudo revirado, pois, Morgan e Morgana pegaram o que puderam, certamente Morgan percebeu o perigo e se manou dali no meio da noite mesmo. Mas, para John não seria muito difícil encontrar Morgan e Morgana, pois, sabia exatamente onde encontrá-los, certamente na caverna os morcegos assassinos e era pra lá que John estava indo, mesmo sabendo que ali não era coisa e brincadeira, pois, os morcegos assassinos já fizeram histórias.

Mais uma vez John arruma sua mochila, com tudo dentro e partiu para mais uma aventura e desta vez, tinha mais um na parada, era Morgana.

Chegando na boca da grande caverna John logo viu que as coisas iriam ficar bastante nervosas por ali. Logo de entrada tinham aqueles morcegos assassinos fazendo revoadas e dando vôos rasantes em suas cabeças. John estava bem armado, mas, não poderia fazer mais barulho por causa dos militares que estavam pelas redondezas e com isto poderiam encontrar a grande caverna e se isto acontecesse, tudo estaria perdido para sempre.

John acaba de adentrar à grande caverna, mas teria que transpor a uma grande porta de pedra, que separava a entrada do resto da caverna, John nunca havia pisado naquele terreno, mas, Morgan e Morgana com certeza já teria passado por ali. John agarra um pedaço de pau e tenta remover a grande pedra, que fazia bloquear a entrada, aluiu um pouco a grande rocha e como era magro a passagem era perfeita. John passou e teve uma visão extraordinária do local, parecia um grande palácio e no meio de tudo aquilo estavam Morgan e Morgana dando gargalhada e rolando por cima de ouro, prata, jóias e muito dinheiro em espécie, John não estava acreditando no que via e quando se aproximou, Morgan lhe apontou uma arma tipo espingarda e eles o renderam e amarraram numa cadeira, para que não saísse e contasse aos outros. Por ali ficaram, pois, haviam muito conforto, tinham tudo o que necessitavam, Morgana estava vivendo ali durante anos, se escondendo da polícia, mas, Morgan só ficou sabendo naquele mesmo dia, mas, parece que se esqueceu de todo o passado e agora aliou-se a Morgana, de quem havia se esquecido, pois, acreditava que estaria morta...

Próxima Aventura, Morgan John e Morgana e os planos para o próximo ano. Cap. XXII