Beco sem saída

Está uma noite com uma gélida chuva. A rua está vazia e iluminada pelos postes.

Rosana é uma mulher de trinta anos, divorciada, tem uma filha de nove anos chamada Caroline, trabalha num caixa de supermercado, é loira e alta. Nesse momento ela está usando calça, jaqueta, botas, luvas e uma pequena bolsa, todos de couro e na cor preta.

Ela anda pela rua deserta com certa desconfiança, apesar de ser o caminho do trabalho para sua casa, pois naquele mesmo lugar, alguns dias antes, um rapaz saiu de um beco e pediu ajuda a ela, que inocentemente se aproximou dele e perguntou no que podia ajudar e então dois outros sujeitos a agarram a força por trás de surpresa, roubam a bolsa dela e, não satisfeitos, os três vagabundos ainda abusam sexualmente dela.

Além de Rosana ter tido o azar de perder todo o seu salário nesse assalto, pois tinha sido o dia do seu pagamento, ainda teve que mandar refazer todos os seus documentos, cancelar seus cartões do banco e fazer empréstimo de dinheiro, pois sua filha estava doente e o pai dela disse que não podia fazer nada porque não era dia da pensão ainda. Ela fizera queixa na polícia e, pelo jeito os vagabundos foram presos.

Mas, das sombras do beco, saem os marmanjos. Eram os mesmos que abusaram dela. Todos estão maltrapilhos, com barba grande e mau cheiro. Eles avançam sobre Rosana, que os dribla e sai correndo, deixando sua bolsa cair no chão. Dois dos ladrões saem atrás dela e o outro se abaixa para pegar a bolsa, que estava trancada com um cadeado e se esconde no beco de que saiu. Logo os dois desistem de correr e voltam para compartilhar o conteúdo da bolsa. Rosana olha para trás, vê que os pilantras voltaram, então coloca a mão no bolso da jaqueta, tira um controle remoto e aperta seu único botão. Então ocorre uma explosão no beco e Rosana caminha feliz.

O pai de Caroline que se cuide...

Paulinho Reimer
Enviado por Paulinho Reimer em 21/12/2008
Código do texto: T1347003
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