Na noite do Halloween

Certamente existiam outros tipos de azares piores que um carro quebrado. Isso se ela não estivesse sozinha e uma chuva torrencial não caísse do lado de fora. As borrachas de vedação das portas de seu carro estavam arruinadas, o que para completar o estado de calamidade em que se encontrava, queria dizer que estava entrando água e que já havia se formado uma poça sob seus pés.

Não havia nuvens no céu quando saíra de casa, há uma hora trás. Engraçado, sabe o que? Ela ia a uma festa a fantasia de Halloween: vítima de acidente de carro. Era o nome de sua fantasia. E a fantasia tinha ficado bem real.

Existiam azares piores que um carro quebrado e chuva caindo, fantasiada de vítima de acidente de carro. Azar mesmo foi sua fantasia ter se tornado realidade: o tempo fechou rapidamente e chuva começou forte. Há tempos não chovia e a poeira acumulada, misturada a água fizeram o asfalto se tornar extremamente escorregadio. Azar mesmo foi ela ter morrido no acidente.

Sônia Machado
Enviado por Sônia Machado em 29/11/2008
Reeditado em 03/12/2008
Código do texto: T1310390
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