O GRITO

Nada de anormal ocorria na cidade há um bom tempo,sua pacaticidade era reconhecida em todo o país,seu habitantes se regogizavam disso,muitos vieram constatar a fama do lugar.Uma família alheia a esses comentários sobre sua própria cidade seguia a vida tranquila.Viviam afastados do centro da cidade,bem próximos a uma floresta pouco visitada.

Um grupo de jovens veio à cidade em busca de aventuras,falavam de suas expectativas em relação ao lugar.Eram quatro,dois homens e duas mulheres,desfrutavam o prazer de viver a vida intensamente.Já estavam alojados no lugar,quando ouviram um grito que era difícil de ser ignorado.Receosos de algum infortúnio,resolveram verificar o que ocorrera.Cautelosos,levaram lanternas e pedaços de madeira para algum imprevisto.O grito ficava cada vez mais aterrador à medida que se aproximavam.Viram uma casa aparentemente abandonada e o barulho só poderia ter sua origem dalí.Ao se aproximarem,escutaram apenas gemidos,algo havia abafado o que lhes preocuparam.Bateram na porta na tentativa de serem atendidos e confirmarem seus temores.Por mais que insistissem,ninguém viera lhes atender.Decidiram,então,entrar na residência.Com muito medo,mas querendo resolver o prblema para continuarem o acampamento foram adiante,embora as duas mulheres quisessem chamar a polícia local para cuidar do assunto.Cada par seguiu uma direção em busca da origem daquele clamor por socorro.

Em direção oposta caminharam ainda com bastante receio.Carla,a mais jovem das garotas segurava nas mãos de seu namorado,quando sentiu uma respiração esquentar-lhe a orelha,pensou ser Breno que sempre fazia esse tipo de gracinha com ela,mas ele estava a sua frente.Apertou fortemente as mãos dele,naõ recebeu nenhum gesto de atenção,ele havia sido morto por alguém que os espreitava.Ao perceber isso,deu um grito tão forte e desmaiou.Seus amigos que estavam do outro lado da casa vieram em sua direção.Não encontraram ninguém.O medo tomou conta dos dois.Gritaram pelos amigos,mas não obtiveram nenhuma resposta.O cuidado passou a ser maior ainda,pois era muito estranho o estava acontecendo,temiam por suas vidas,o fim de semana começara a se revelar um pesadelo.

Júlia não parava de falar na amiga e se arrepender de ter vindo para essa cidade,seu namorado nada dizia ,a preocupação era evidente nele.Quando já estavam na cozinha um ruido desviou o olhar de Pedro,o suficiente para que Júlia fosse pêga sem que ele visse.Como poderia ter sido?Cada vez mais o pavor tomava conta de seus nervos.As ameaças lançadas a seus inimigos de nada adiantava ,pois sua voz era apenas um eco na escuridão daquele lugar.A última coisa que pôde fazer foi dar um grito e mais nada.

O dia manheceu como de sempre na região.Um jovem dirigia sua camionete e logo estacionou perto do açougue da cidade.

-Bom dia,Rian,boné novo heim!!

-Mamãe comprou ontem pra mim,hoje eu trouxe linguiça de primeira qualidade,papai caprichou dessa vez.

-Sei, elas são famosas pelas redondezas,pegue o que precisar que depois acertamos o preço.Ah,houve festa na sua casa ontem?Escutamos daqui uns gritos.

-Não,é que às vezes a gente perde o controle,sabe como é família,nem sempre estamos bem e minha irmã resolveu dar uma dura no namorado dela.

Voltou para a casa dele naturalmente,ao entrar deu um beijo em Júlia e olhando para Pedro disse

-Amanhã serão vocês.

A irmã começara a treinar os gritos costumeiros.

LÉO VINCEY
Enviado por LÉO VINCEY em 21/10/2008
Código do texto: T1241085
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