JOHN E MORGAN EM A QUEDA DA NAVE MÃE-A BATALHA FINAL - CAP. XVIII

A QUEDA DA NAVE MÃE

(A batalha final)

CAP. XVIII

No capitulo anterior...........

John, agora teria muito trabalho pela frente, uma vez que teria que conseguir abrir esta verdadeira “caixa preta”. Morgan não tem a mínima idéia de como abrir e nem John saberia, pois não havia parafusos e nem sinal de abertura, pois estava em um invólucro de metal e de uma densidade jamais vista por John. Não era ferro, nem outro material conhecido, mas parecia de uma liga muito mais resistente do que o aço, pois, nem o fogo conseguia pelo menos causar um arranhão sequer. John estava com uma verdadeira bomba nas mãos literalmente. Mas, aquilo poderia ser a chave de tudo. Poderia quebrar o código da Nave mãe e se conseguisse isto, aí sim seria a queda da Nave Mãe, porém, ainda não seria neste capítulo, pois, a batalha final ainda estava porvir...

O dia mal amanheceu e John estava no galpão com uma dura tarefa e a maior delas era tentar abrir aquela caixa preta, que na verdade era verde...Enquanto isso... Morgan estava no campo de batalhas, tentando achar mais alguma coisa que servisse para auxiliar na abertura da tal caixa preta, (verde). Morgan estava onde exatamente havia caído uma nave das menores e dentro de um lago. Ele mergulha fundo, pois, era dia e agora com a claridade do sol, poderia achar com maior facilidade. Morgan mergulha fundo pela 10ª vez e desta vez encontra algo reluzente, mas, Morgan não consegue retirá-lo, assim, Morgan retorna para o galpão e dá a grande notícia para John. Eles retornam levando o tanque e um guindaste para remover, assim, eles conseguem remover a peça, que era um pouco pesada realmente, quase uns 80 kg. Dentro da água se torna um pouco leve, mas, fora pesava muito.

Com o guindaste eles removem a peça e a levam para o galpão. Quando entram com a peça dentro do galpão e ela encosta da outra, uma interferência ocorre nas máquinas, computador e rádio. De repente, a peça que John examinava começa a vibrar e se abre, e dentro havia uma tela de comando...Putz Morgan, (disse John):era isso que faltava e encontramos a solução... Morgan está babando em ver aquilo.... A tela que se abria continha uns símbolos, mas, nada que fosse decifrável... Agora a tarefa seguinte seria conseguir decifrar o teclado da mesma. Ninguém conhece nada sobre aquilo. Então John resolve desmontar, mas, cadê os parafusos. Não existem parafusos. Eles tentam retirá-la e Morgan faz muita força, até que consegue. Ela estava sobre um campo magnético, semelhante a ímãs... - Pronto, aí está, diz Morgan, agora é só trabalhar...

John não tinha muito tempo e precisava imediatamente pegar naquilo e decifrar o mais rápido possível. E enquanto isso Morgan retirou-se para um outro campo de batalha com a finalidade de encontrar mais coisas que poderiam servir para John na descoberta dos segredos da “caixa preta”, que não era preta...Ele está dirigindo um dos tanques fabricados por John , mas, a sua velocidade não ajuda muito, pelo fato de ser uma máquina de guerra, feita para trabalhar estacionada, muito pesada e com armadura muito espessa, cerca de 10cm de puro metal as paredes laterais e as frontais medem 15 cm de espessura. Uma “coisa”, mas muito pesada mesmo. De tão pesada, que John optou em adaptá-la com rolamentos de esteira, tipo trator de esteiras, senão, não suportaria tanto peso e dessa forma, deslizando seria bem melhor e mais seguro, para no caso de ter que bater em retirada. Morgan faz um passeio literalmente pelos campos, mas, como as criaturas paralisaram as atividades, porém estavam estacionados lá no alto e com um aspecto de que as coisas iriam continuar sempre em estado de alerta e com certeza esta calmaria toda iria ser por pouco tempo. Morgan observou tudo fotografou e enviou para John e ao analisar bem as fotografias, observou um ponto em que poderia ser a “nave mãe” mais vulnerável, pois, as criaturas com suas minúsculas naves, só saiam por um lado e do lado oposto nunca saíam, evidentemente que, por este fato, talvez as criaturas não vigiassem o outro lado...

Morgan então propôs uma nova investida contra as criaturas e tentar destruir a “Nave Mãe”. Mas, pensa...Como seria isto? John estuda uma maneira de avançar e destruir a nave, porém, com ela está estacionada a muitos km a maior dificuldade seria chegar até ela e desbloquear o sistema de segurança, que a mantém com um escudo magnético inviolável, mas, que funciona somente com as naves menores...

John na virada da noite consegue descobri um seqüencial, não sabe ainda se são números ou outro tipo de escrita criptografada. Mas, a caixa se fechou novamente... Ele testa em vários aparelhos construídos por ele mesmo, mas, até a chegada da manha, nos primeiros raios solares, ele ainda não havia conseguido nada. Estava realmente difícil a sua tarefa. Mas, ele não desiste e faz um pequeno intervalo, porém, como a guerra contra as criaturas estava ainda muito acirrada, ele não poderia descansar, pois, ainda tinha muito que fazer, afinal, as criaturas poderiam a qualquer momento recomeçar um novo ataque, assim, poderia ser tarde demais e o aniquilamento seria fatal.

Morgan retorna dos campos de batalha de onde teria partido a dois dias, porém, como a máquina começou a apresentar defeitos, ele teve que demorar um pouco mais. Como possuía conhecimentos de mecânica etc... Para ele não foi muito difícil e mesmo todo sujo de graxa conseguiu chegar sã e salvo e com a máquina movimentando. Ele chega buzinando e John saiu para ver o que se passava, quando Morgan desce do tanque John lhe dá um soco no peito e esbraveja, pois, Morgan parecia que tinha sido abatido e nem fez nenhum comunicado via rádio ou celular...Passado aquele momento, agora as coisas deveriam se organizar, pois, a hora estava chegando e John queria que tudo ficasse pronto para que na hora da “Batalha Final”.

Ainda não passava da meia noite daquele dia e mesmo assim John teimava em estar dentro do Galpão, estudando esquemas e tentando a qualquer custo descobrir o segredo da “caixa verde”, quando Morgan adentrar sem avisar, carregando uma peça que teria encontrado, mas, como num passe de mágica, a famigerada “caixa verde” começa a se mexer e sem nenhum outro toque, ela se abre e uma luz muito branca sai de dentro dela. Pasmados e maravilhados ficaram os dois ali, e sem dizer uma só palavra. Foi coisa de 5 minutos e ela se fecha novamente. John se desespera, pois, esteve ali bem perto de desvendar o segredo, mas, estavam estáticos e sem ação.

Agora, o que fazer? Indaga Morgan a John. John ainda não recobrou os sentidos reais e passa as mãos pelas barbas, afinal, estava a uns dois meses sem se barbear e a barba longa e esbranquiçada lhe davam a aparência de um cientista meio maluco. Morgan nem se fala, pois, fazia uns 10 anos que não cortava nem cabelo e nem barbas, pareciam mais um bicho do mato, sim pela aparência, mas, evidentemente que os cuidados com a saúde eram importantes, e tomava banho normalmente, escovava os dentes etc... Somente a sua aparência é que estava deixando a desejar muito. John, no mesmo jeito, ele passava dos 40 anos, mas, porte bem atlético e nunca deixou de praticar exercícios físicos e sua forma era muito boa.

Aquela coisa que Morgan trouxe poderia ser a solução para tudo. E eles passam a trabalhar juntos, Morgan e John se empenham bastante naquela tarefa e antes do amanhecer espera que tudo esteja resolvido plenamente.

John recebe um telefonema do comandante do Exército e eles querem saber a quanto andam as pesquisa, pois, apesar de John nunca ter dito, ele teve uma ajuda financeira para prosseguir nas pesquisas. Ele responde que dentro de um a dois dias, talvez tivesse um protótipo, mas, avisa que precisará de mais. Ele precisa de uma espécie de nave que após ser lançada de um foguete, poderia chegar mais perto na estacionária “Nave Mãe”, pois, estaria desenvolvendo uma espécie de arquivo e que se fosse introduzido dentro do campo magnético da “Nave Mãe”, acha que encontraria a solução e assim o caminho para a destruição da grande nave.

O comandante se dispôs imediatamente a envidar esforços no sentido de por um fim àquela ameaça de uma vez por todas. Tudo estava dentro do cronograma de John e do Comando.

Um dia se passou, e ainda na parte da manhã, John recebe em sua residência, na fazenda, uma equipe do Exército e com eles uma autorização para voar no espaço internacional, onde fosse possível o combate. A nave onde John entraria estava no aeroporto da cidade, vinda de outro centro urbano, mas, pelo fato da “Nave Mãe” estar bem ali no município, isto foi a possibilidade mais remota encontrada. O comando incumbiu John, de comandar o ataque, que na realidade seria uma espécie de ataque quase suicida, onde, se não desse certo, tudo estaria acabado e não teria possibilidade de retorno, pois, a Nave onde John viajaria, só tem capacidade para uma pessoa, devido a velocidade e tempo de vôo, que não poderia ser superior a 2 horas, pois, o combustível se esgotaria muito rapidamente devido a propulsão dos motores e isto poderia ser fatal, pois, não poderia ter chances de retorno à terra. Então, o ataque teria que ser único e certeiro. John pensou em mandar Morgan para a missão, mas, tinha um porém, a nave era muito complicada e teria muitos comandos e John temia que Morgan não pudesse fazer a coisa certa. Ele pensa muito, mas, Morgan estava fora dessa missão. O comando não quis fazer nenhuma interferência a respeito e deixou por conta de John, tudo o que fosse possível fazer. Ele agora teria que decidir, já que tudo estava pronto, as máquinas de guerra estavam à disposição e isto teria que ser decisivo, era tudo ou nada. Todos estavam observando a nave, que parecia reluzir no espaço, era um grande sinal de que as coisas estavam para acontecerem e uma coisa grande iria estourar em breve.

John não chegou a comentar nada com Morgan acerca da possibilidade dele estar no foguete, seria um “rabo de foguete” literalmente, pois, Morgan era um homem bastante rudimentar e não tinha muitos conhecimentos sobre informática, aviação, naves etc...O negócio dele era pela força física mesmo. Então, John se viu num “mato sem cachorro” de verdade e pela primeira vez decidiu que as coisas teriam que ser de sua maneira. Ninguém mais preparado do que ele mesmo. Foi o criador da máquina e agora estava diante de sua criatura e teria que guiá-la pelo espaço.

Chegou o grande dia, a população restante estava disposta no aeroporto, pois, dentro de instantes a nave iria decolar levando John e toda a sua parafernália ao espaço e quando se encontrasse com a nave mão, iria entregar o “pacote” e este seria o sinal da sua grande vitória, John poderia se tornar o herói mais fotografado e entrevistado de toda a terra. Mas, ele não estava pensando muito nestas possibilidades, pois, teria primeiro que fazer um vôo certo e sem erros. A distância entre a Nave Mãe e a superfície da terra era a grande vilã. Apesar da espaçonave que seria utilizada suportar altas diferenças de pressão e temperaturas, John teria que ser mais breve possível senão poderia correr o risco de seu combustível entrar em fase de congelamento e aí sim seria fatal, poderia acontecer de não ter possibilidades de retornar ao chão e se perderia para sempre no espaço e sem chances de ser resgatado.

Chegou o grande momento, John adentrou na nave, que estava acoplada a um grande foguete, pois, a partir de 05 ou mais minutos de vôo ele se desprenderia e largaria a nave para seguir sozinha, através de comandos computadorizados e também, no caso de algum erro de cálculo, poderia ser manual. Porém, John não estava pensando na possibilidade de ativar o sistema manual, pois, correria o risco de perder o comando para sempre e não retomar ao automático.

Assim, começou a contagem 10, 09, 08, 07, 06, 05, 04, 03, 02, 01 e 00, start....

Agora ele está subindo e vê o povo acenando com a mãos e bandeirolas sendo balançadas, e a cada segundo as pessoas sumindo e cada vez menores. Passaram-se 4,9 minutos, ouviu-se um estrondo, John percebeu que o foguete acaba de se desgarrar, imediatamente a nave sofreu um empuxo e percebeu que a Nave estava acelerando cada vez mais e John já avistou a grande “Nave Mãe”, mas teria que contorná-la e sim fazer o seu depósito. As luzes da Nave mãe começam a piscar intermitente, sinal de que John teria sido descoberto, e agora o seu tempo estava se exaurindo e teria menos de 3 minutos até o impacto final. Naqueles instantes, passou um filme na cabeça do Pequeno menino John e ele se lembrou desde os seus primeiros anos, ainda com 9 anos de idade já observação os seus e sempre foi aficcionado por coisas do espaço, observava sempre as estrelas a olho nu, olhava para o sol de olhos nus, só para ver aquela grande bola de fogo que aparece depois, mas, nunca se preocupou com a sua visão e se poderia lhe causar danos no futuro. Lembrou-se de seus país, que foram abduzidos pelas criaturas e sempre pensando na possibilidade de reencontrá-los algum dia. Trevor era o nome de seu pai e a SrªWolker era a sua mãe, mas, ele não sabe como encontrá-los. Precisava dar um fim na “Nave Mãe”. Talvez, até pudesse encontrá-los, mas, estava um tanto quanto cético, pois, a realidade era outra e ele sabia que estava lutando contra uma inteligência bastante superior e alguma coisa poderia ter acontecido entre esses anos que ficaram desaparecidos. Só não tinha certeza quanto à permanência deles na Nave, pois, em outra ocasião, teve a oportunidade de vê-los, porém, sem qualquer contato aparente, mesmo porque não havia possibilidades e as circunstâncias eram totalmente inapropriadas.

John disparou a sua arma secreta com objetivo de atingir o alvo pré estabelecido, que seria bem no centro na “Nave Mãe, onde seria supostamente o comando central. Ela é muito grande e cerca de km de extensão e a nave de John parecia ser um grãozinho de areia no oceano, mas, mesmo assim ele não teve dúvidas e foi em frente. Naqueles instantes finais, a bomba lançada teve um destino ainda duvidoso e John não viu nenhuma explosão. A sua sorte é que havia mais duas opções de ataque e se nenhuma delas dessem resultados, aí sim estariam todos encrencados. John estava a poucos metros da grande escotilha da “Nave Mãe”, supostamente seria por ali que todas as outras naves menores saiam, então ele fez a mira eletrônica e quando estava no “alvo” , fez o segundo disparo e imediatamente a uma velocidade escomunal, arremeteu sua pequena nave e sentiu um solavanco forte, mas ele não chegou a ver ao Vivo a explosão, pois, estava de costas. John teria aplicado um artefato altamente perigoso radioativo, mas, sem que os cientistas soubessem daquela ogiva nuclear. John havia escrito nela a palavra “Joãozinho”, que seria o mesmo que seu nome em outra língua.

A explosão foi tão grande, que de longe John pode ver o clarão, mas teria que se afastar imediatamente do local, pois, senão sua nave poderia correr riscos sérios e de ser até engolida e totalmente destruída pela radiação, que se propagava em velocidade muito alta. Ele aciona o sistema turbo da nave e se afasta a uma velocidade acima do som, sua nave começa a trepidar muito e com isto perde parte de sua fuselagem, mas, já chegando em terra perdeu um dos seus motores, mas, estava com sorte pois, Morgan teria decolado em outra nave menor e estando a uns poucos kilômetros do solo, Morgan se aproximou de John e conseguiram a baldeação, foi uma manobra muito arriscada, pois, a radiação estava quase presente , foi coisa rápida demais, porém, um sucesso, John entrou na pequena nave de Morgan e a pequena nave se espatifou-se no solo agreste, num descampado. No mesmo instante John observou que a grande “Nave Mãe” estava tentando se retirar, mas, ainda em chamas, vomitava outras pequenas naves, mas, estas naves estavam sendo atiradas, como balas de canhão, e John estava satisfeito, pois, teria atingido o campo central da máquina e ela estava totalmente descontrolada agora e as pequenas naves caiam como frutas podres e se espatifavam também no solo, mas, mesmo com tudo isso a grande nave mãe estava se distanciando e indo ao espaço sem fim e quando Morgan aterrisou juntamente com John ainda puderam observar que a grande “Nave mãe” ainda podia ser vista, mas, agora como um pequeno ponto luminoso no céu, o dia estava no fim e eram quase 19:00 horas e a nave refletia a luz do sol e a velocidade dela era tamanha, que logo não se via mais nada nos céus.

Restou a John e Morgan recolher o que sobrou dos destroços das pequenas naves, juntaram pedaços, peças e outros equipamentos, tudo o que sobrou das explosões.

Quando John e Morgan estavam indo naquela estrada sem fim, abraçados e com sentimento do dever cumprido em direção ao sol, algo se mexeu numa das carcaças e podia-se ver claramente que eram dois pares de olhos bem grandes e observavam tudo em sua volta... Seriam seres remanescentes da ‘Grande Nave Mãe”? Bom!!! Talvez estas aventuras ainda não chegaram ao seu fim!!!

Próxima Aventura: John e Morgan – A caçada continua – Cap XIX

Elias João Elias Dib.

Palmas,TO.

03-09-2008