Os amores da minha vida - V capítulo

Mais uma vez, interrompida por Estevam em meus pensamentos, retorno a realidade. Chegamos à antiga casa da família dele. Clarice já havia chegado primeiro e tudo estava pronto para nossa comodidade. Saímos logo em seguida em direção ao hospital. No caminho passamos pela minha antiga casa. Uma criança brincava em frente. Papai havia vendido nossa casa para uma família vinda do sul. Logo adiante, avistei o hospital, desci do carro e seguimos em direção ao quarto que repousava Fábio. O médico nos falou que como ele estava muito agitado com a notícia de minha chegada pela manhã, aplicaram uma medicação nele e poderíamos conversar rapidamente. Quando abri a porta do quarto, ele dizendo meu nome, perguntou-me o motivo de minha demora. Beijando-o na testa, disse que o que importava era que eu já estava lá. Sentei no mesmo lugar que há alguns anos atrás, quando eu parti, passei a manhã pedindo a Deus que ele acordasse. Estevam o abraçou. Clarice tentou abraçá-lo também, mas, ele recusou-se a cumprimentar sua própria mãe. Fingi que não percebi e Estevam nem se deu conta. Começamos a conversar. No meio da conversa ele pediu que os demais se retirassem pois queria falar a sós comigo. Estevam ficou um minuto parado e eu fiz sinal para que ele se retirasse. Todos saíram, ficamos sozinhos e um beijo Fábio me pediu.

O que eu poderia fazer? Afinal ele não sabia que eu era casada com seu próprio irmão e que já não era mais possível haver algo entre nós dois. Pensando na sua saúde, trocamos um beijo da mesma plenitude do beijo que recebi quando eu o vi pela última vez. Parecia que o beijo havia me rejuvenescido. Nosso momento foi interrompido por um barulho que se assemelhava com um murro na porta. Saí do quarto e vi já no final do corredor Estevam saindo do hospital. Corri atrás dele, mas, não consegui alcançar. Devido a medicação, Fábio dormiu. Aproveitei para voltar para casa de Clarice e falar com Estevam.

Ao chegar a casa de Clarice, percebi que nosso carro já não estava mais lá. Comecei a caminhar pela cidade a procura de Estevam. Sem sucesso em minha busca retornei para casa e esperei que ele aparecesse. Ligaram do hospital, era Clarice que pedia que eu desse uma passada à noite por lá. E sem recusar cheguei lá ao anoitecer. Aproveitei antes, para falar com o médico minha difícil situação. Ele a respeito nada falou. Mas, disse-me que Fábio estava fora de perigo de ser novamente acometido pelo coma por conta de uma notícia. Entendi a mensagem do médico e segui em direção ao quarto.

Debra
Enviado por Debra em 15/07/2008
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