Os amores da minha vida - IV capítulo

Esperei por Fábio o dia todo e já no finalzinho da tarde, tomei a iniciativa de ir a casa dele. Falei a meu pai que iria a casa de uma amiga e sem dificultar ele permitiu que eu saísse. Chegando próximo da casa de Fábio percebi uma grande movimentação. Ao adentrar a propriedade ouvi gritos, era Clarice que recebera a notícia de que Fábio havia se envolvido num acidente e que perdeu a consciência devido a batida forte na cabeça contra um poste. Estevam, a esta altura dos acontecimentos já havia se dirigido ao hospital. Quando cheguei ao hospital, Estevam veio em minha direção, falou que o estado dele era muito delicado e que acabará de entrar em coma. Abracei-o chorando. Naquele dia não tive coragem de ver o Fábio naquela situação.

O dia da minha partida chegou, antes de ir não podia deixar de me despedir dele, mesmo sabendo que ele não me ouviria. Passei a manhã toda sentado ao seu lado no hospital. Segurando sua mão, tinha a esperança que ele acordaria e cumpriria suas promessas de não me deixar ir. Contudo, meu desejo não se realizou e tive que ir. Conclui a faculdade sem voltar aquele lugar uma única vez, é que meu pai no primeiro ano da faculdade, resolveu se mudar para ficar perto de mim. No ano seguinte ele seria acometido por uma doença que o levaria a morte, deixando-me sozinha.

Concluída a faculdade de medicina, consegui uma entrevista de emprego. Acordei cedo nesse dia, peguei as chaves do carro e rumei à Clínica onde eu poderia começar a trabalhar, dependendo do meu desempenho. Fiquei numa recepção sentada, junto com outros nove candidatos. À medida que eles iam sendo chamados eu ficava mais nervosa. Até que chegou minha vez, entrei na sala e sentei na cadeira. O entrevistador, pegando meu currículo falou meu nome em alto e bom tom. Logo em seguida, ele repetiu novamente meu nome admirado. De tão nervosa que estava, nesse momento lembrei-me de olhar para o rosto dele. E vi diante dos meus olhos o Estevam, fazia tanto tempo que eu não o via. Ele continuava com a voz firme e educada como antigamente. Continuamos a entrevista, e ele falou que montara a clínica juntamente com outro amigo de faculdade. Nos despedimos e ele falou que entraria em contato em breve para informar-me do resultado da entrevista.

Após duas semanas comecei o trabalho, me dediquei muito aos meus pacientes. Eu era orgulhosa demais para aceitar que fui aceita pela minha amizade com Estevam. Queria provar a mim mesma que eu tinha capacidade. Eu não perguntava, nem ele comentava a respeito do Fábio. Para que mexer em feridas que superficialmente cicatrizaram. No decorrer desse tempo, eu já havia tido outros namorados. A minha vida continuava, talvez eu finalmente tivesse superado.

O contato diário com Estevam nos aproximou muito. Eu sentia um imenso desejo de senti-lo em meus braços. Contudo, continha minhas emoções pelo respeito que eu tinha em relação a ele. Ele recebeu uma proposta para expandir a Clínica a outra cidade. Já que o sócio dele não podia ir junto, convidou-me para visitarmos as instalações do prédio. Visitamos o local e Estevam ficou animadíssimo com tudo que vimos. Resolvido tudo, íamos voltar no mesmo dia para casa. Porém uma chuva repentina nos obrigou a permanecer até o dia seguinte. Durante a noite, pedimos o jantar e eu me senti feliz ao lado dele, como a muito tempo não me sentia. Concluída a refeição subimos para os nossos quartos e durante a despedida, passou a mão em meu rosto, tocou meus lábios e com um beijo apaixonado me fez perder o chão. Passamos uma noite de amor e pela manhã retornamos para casa...

Continua no próximo capítulo.

Espero que estejam gostando!!

Debra
Enviado por Debra em 14/07/2008
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