O lençol de seda
O céu estava apagado, a única coisa que se encontrava era a sombra da lua minguante. A garrafa de vinho vazia, estava caída sobre mesa, e o lençol de seda estava manchado de sangue.
Na cabeceira da cama havia uma faca prateada com um cabo de madeira, semi-limpa por uma fronha muito branca.
Os únicos sons escutados eram o Tic-Tac do relógio e a cortina se debatendo na parede por causa do vento que vinha da janela entre aberta, onde ele estava sentado no parapeito, com as mãos trêmulas, fumando um cigarro barato. Observava os sete andares abaixo, onde um corpo estava estirado no chão, e ao mesmo tempo a imensidão do céu por onde tinha partido a alma de Luisa.
Havia sangue em seus olhos, e seus sapatos estavam jogados pelo chão.
Sua mão tremia num compasso eletrizante, ele já estava no quarto cigarro. Uma garrafa de vodka ao seu lado estava pela metade, e a polícia ainda não havia chegado.