Diário Z - [Capítulo 4] - 24 horas, e uma nova pessoa

Capítulo 4: 24 horas, e uma nova pessoa

Enquanto Carlos tomava seu café eu alimentei o Ringo, e me troquei com o meu uniforme oficial, botei a faca amarrada em minha perna, só que agora ela não estava escondido em baixo da calça acho que não era necessário fazer isso, e também seria pratico no caso de ter que usá-la em algum zumbi, peguei o revólver e verifiquei o numero de balas e botei na cintura. Eu já estava pronto para sair lá fora enfrentar aqueles canibais, fui até a varanda e vi que a rua estava menos agitada do que nessa noite acho que uns 7 zumbis até aonde eu conseguia ver pela varanda da minha casa, eu tinha que verificar as outras ruas, subi até o terceiro andar e lá eu abri o telhado para o terraço, lá de cima dava para ver um pouco a rodovia, e o resto do quarteirão, subi no terraço da casa ao lado e observei todas as ruas, eram poucos zumbis, mais estava imaginando quantos seriam na rua principal da cidade, mais não seria preciso tinha um carro no outro quarteirão, era um Ford KA e estava em um bom estado.

- Carlos sobe aqui – Chamei Carlos para ouvir meu plano.

- Fala Felipe qual o plano? – Ele ainda estava comendo um pedaço de mamão enquanto falava.

- Olha ali, aquele Ford KA – Carlos pensou por alguns estantes, e falou.

- Você não está pensando em pegar aquele carro?

- Na verdade estou sim!

- Más com ele não chegamos nem na ponte que liga a capitão!

- Quem disse que vamos ir com esse carro resgatar os outros? – Carlos então fez uma cara de quem não entendeu nada.

- E então para o que vai servi o carro?

- Sabe fazer ligação direta? – Dei um leve sorriso e apontei para o centro da cidade.

- A sim eu sei, e também entendi o seu plano, vamos precisar de uma mangueira e galões.

- Está bem, e você vai à cozinha e arruma algumas facas, eu vou lá na garagem.

Desci até a garagem e procurando por algum cano e galões, encontrei um martelo poderia ser útil, então o botei na cintura e continuei procurando os outros materiais, revirando algumas caixas eu achei a mangueira, e os galões estavam em cima do armário, peguei e logo subi até em casa.

- Carlos, está tudo aqui o que você me pediu e um martelo.

- E aqui estão algumas facas. E agora?

-Vamos sair e correr até o carro e enquanto você o liga eu vigio se não vem nenhum zumbi.

- Está bem mais antes deixe eu te dar uma aula rápida de como usar uma arma.

Ficamos alguns minutos ali na sala apontando para a parede como se estivesse cara a cara com um daqueles, mais já era 12 horas.

- Carlos é agora, vamos! – me despedi do Ringo e peguei a chave da garagem.

- É agora, vamos lá e vamos detonar! Pegue um galão e eu pego o outro e a mangueira.

Desci as escadas e já segurando o revólver abri o portão de casa, a adrenalina já estava alta, e logo o primeiro zumbi veio em minha direção, eu tinha que ser frio como o gelo e não ter piedade se não, pelo contrario ia morrer rapidamente e teria um grande peso nas costas por mata uma pessoa, mesmo que esteja morta.

- CUIDADO! – Carlos rapidamente, mirou no crânio do zumbi e Apertou o gatilho sem nenhuma pena.

- Obrigado Carlos, já estou te devendo essa.

- De nada, mais observe, é assim que se mata sem ter pena.

Carlos naquele momento parecia ser outro, seu coração tinha virado uma pedra, mas ele estava correto, eu não podia mais me comportar como um adolescente que não ligava para nada, agora eu era um homem, o que 24 horas muda para um homem? Antigamente achava que nada muda radicalmente em 1 dia mais agora eu passei a acreditar em tudo que achava impossível.

- Vamos correndo Carlos e vamos deixá-los para trás.

O carro não podia estar mais que 100 metros de casa, foi fácil chegar na rua de baixo, essa rua estava com mais zumbis que a da minha casa, como eu não sabia muito como usar um revólver eu preferir me arriscar a usar facas, era mais fácil, peguei duas facas e sai correndo freneticamente até o carro, Nenhum zumbi se atreveu a cruzar o espaço onde se encontrava as laminas das facas. Carlos tinha ficado para trás matando os zumbis do método tradicional, ele era bom com armas, era um tiro certeiro, algum tempo depois ele chega até o carro.

- Vamos lá Felipe, agora você terá que usar arma! Vai lá, sobe em cima do capo do carro para vigiar. – Carlos entregou sua arma e com um chute quebrou o vidro do carro e abriu a porta.

- Está bem, mais vai logo que eu não sou bom com armas.

Peguei a minha outra arma e subi no teto do carro esperando alguns zeds assim apelidados, era como se falava na C.R.A.Z, logo veio um que estava a uns 10 metros do carro, era minha chance, mirei no zumbi e comecei a disparar, gastei 5 balas em vão, mais na 6ª bala ele caiu.

- E ai Carlos vai demorar?

- Claro que não! – No exato momento o carro se ligou e ele abriu a porta e eu entrei entregando sua arma.

- Na próxima não demora.

Botei os galões no banco de trás.

- Vamos lá Carlos é sua vez de novo, é só você seguir essa avenida que vai de encontro a Avenida principal.

Carlos apertou o acelerador e não soltou em momento algum.

- É acho melhor eu apertar o cinto! – Olhei para Carlos com uma cara de assustado

- Também acho! Nossa essa rua aqui está cheia de carros, vamos lá escolha o seu.

- Como se eu soubesse dirigir, mais olhe também, está cheia de zumbis! – Quando eu acabei de falar um zumbi bateu com as mãos no vidro do carro do lado do banco do passageiro.

- Que por** foi essa? – Carlos tinha tomado um susto mais não maior que o meu.

- Não sei!

- Felipe você está bem?

- Sim, só tomei um susto, quer dizer grande susto.

- Olha ali na frente o que teremos que enfrentar. – Carlos apontou para aonde estavam os melhores carros, tinha vários zumbis.

- Vamos então, sai do carro.

Saímos e logo um bando de zumbis enfurecidos veio em nossas direções, agora não teria como errar o tiro, se errar um acerto outro, e comecei a atirar.

- E ai Carlos, quantas balas?

- Umas 10, e você?

- só 7, não vamos segurar todos.

- Olha ali naquele prédio, tem pessoas, tente chamar a atenção deles.- Carlos subiu em cima do capô de um carro e eu em outro.

- Pode deixar já estamos chamando atenção, é só atirar.

Logo lá de cima se vê uma pessoa jogando uma garrafa com um pano pegando fogo.

-CUIDADO MOLOTOV!

- Carlos se abaixa – o molotov explodiu e essa foi nossa salvação, minha munição tinha acabado.

- Aqui! Entrem aqui. – Duas pessoas abriram um portão da garagem no prédio, peguei as duas facas e pulei pro carro que estava próximo do Ford KA, pulando de carro em carro, cheguei onde estava as duas pessoas.

- Vamos lá Carlos sua vez.

- Já estou chegando, só vou pegar os dois galões aqui e a mangueira.

- Você é louco? Vem logo!

- Peguei já estou indo.

Carlos veio pulando de carro em carro, mas um zumbi puxou sua perna fazendo Carlos cair, eu não podia deixar ele lá, subi em cima dos carros e fui onde ele estava, puxei a faca e decepei o braço daquele zumbi.

- Vamos! E na próxima não faz loucuras.

Chegamos no prédio e os dois homens fecharam o portão e colocou um carro em frente o portão como escolta.

- Agora é isso Carlos saímos da minha casa e viemos para a uma outra, grande diferença.

- Calma, aqui já estamos mais pertos, e não vamos ficar aqui, só espere.

- Hei, vocês ai? Estavam indo para aonde?Querem ficar aqui? – Um dos homens veio em direção a Carlos fazendo muitas perguntas, acho que ele viu sua farda e se sentiu mais aliviado.

- Oi, nós queríamos pegar um outro carro, mais acho que não foi uma boa!

- Mais então fique aqui com nós e almoce só hoje, tem muita comida aqui ainda. – Eu já estava sentido fome só por fazer aquele safári pelas avenidas da cidade.

- Carlos vamos almoçar aqui, eu já estou com fome e também podemos pensar em outro plano.

- Está bem, mais só almoçar.

Felipe Crist
Enviado por Felipe Crist em 07/04/2008
Código do texto: T935623
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