Diário Z - [Capítulo 2] - O Caos surgiu sobre a cidade
Capítulo 2: O Caos surgiu sobre a cidade
Decido sair de casa para chamar alguns amigos para se abrigarem, mas acho que isso seria a experiência mais maluca da minha vida. Vesti novamente a roupa que tinha separado peguei minhas armas e sai de casa novamente avisando meus pais, mas antes de sair eles me chamaram.
- Felipe nós vamos para Minas Gerais como você mesmo sugeriu, então você não vai sair.
- Más eu não vou e vocês sabem disso! Eu não vou largar meus amigos.
Minha mãe estava com cara de preocupada, mais meu pai entendia muito bem o que eu estava falando.
- Está bem Felipe você fica más tome cuidado.
- Eu vou tomar sim e vocês tomem cuidado também.
Eu não queria ver eles partir e sai para procurar meus amigos.
As ruas estavam bastante movimentadas, as pessoas sabiam o que estavam acontecendo, o caos era muito grande, pessoas chorando, pastores pregando nas calçadas, outro grupo estava brigando e roubando. Passei em frente ao supermercado que tinha passado algumas horas atrás agora estava irreconhecível, tinha pessoas brigando por algumas fatias de pão ou um punhado de feijão, de longe um policial gritou para o outro que tentava conter um grupo de vândalos.
- ELES ESTÃO CHEGANDO!
No exato instante que ele disse isso o outro largou um dos vândalos que estava segurando pela camisa e entrou no carro, a primeira coisa que pensei foi em sair do meio daquele povo era muito perigoso. O meu plano de encontrar meus amigos foi mudado, agora o plano era voltar para casa o mais rápido possível, mas antes tinha que fazer uma coisa.
Subi a rua que dava direto com a delegacia do meu bairro, lá dentro estava uma confusão, muitas pessoas prestando queixa eu entrei e olhei para a arma que estava em cima da mesa no fundo da delegacia, como o policial estava distraído eu poderia pegar a arma sem ele ver porque ele estava sentado na mesa de costas, mais as pessoas poderiam ver e falar para ele, eu não poderia me arriscar e acabar em uma sela, eu tinha que fazer algum tipo de confusão, então eu vi algumas chaves em cima de um pequeno armário, poderia ser as chaves da sela. Cuidadosamente sem ninguém notar peguei as chaves e sussurrei para os bandidos da sela.
- Hei! Cara toma ai – e joguei as chaves para dentro da sela, uma mulher viu e gritou.
- CUIDADO! Policial os presos pegaram a chave e foi aquele garoto que deu as chaves.
O policial veio em minha direção com uma cara de raiva só que os presos já estavam abrindo a sela, então o policial tentando deter os presos, eu corri até a mesa que estava o revólver, era um taurus calibre 38 o peguei e também munição que estava em cima da mesa, botei no bolso e corri o mais rápido possível para a saída. Do lado de fora eu virei a esquina e peguei a rua que dava para a minha casa, em 5 minutos chegaria lá, parecia que a população tinha quadruplicado tinha muitas pessoas na rua, virei na esquina a esquerda, já estava próximo de casa e dei de cara com um senhor que aparentava ter uns 70 anos cheio de feridas e sem alguns dedos na mão direita, eu poderia ajudá-lo mais era muito arriscado, minha adrenalina foi ao maximo no exato momento, pensei em passar pela outra rua mas não dava mais tempo o velho já tinha olhado para eu e estava vindo em minha direção, eu fiquei paralisado com aquela cena, era o primeiro que tinha visto e não é como os filmes onde você toma toda a coragem e o mata facilmente. O velho estava a 1 metro de mim a única coisa que lembrei na hora foi da faca que estava amarrada em minha perna, levantei a calça e puxei a faca e antes do velho me morder, eu enfiei a faca em seu pescoço na vertical fazendo ela passar pela sua boca e sair no cérebro, aquilo não me agradou em nada, e não podia ficar ali esperando mais alguns zumbis, algumas pessoas correram me chamando de assassinos e me cercaram, eu me senti verdadeiramente um criminoso e muito humilhado, não teria como escapar se não fosse meu novo revólver, o tirei do meu bolso e apontei para as pessoas.
- Me deixe passar se não eu mato mais um. – as pessoas saíram da minha frente abriram caminho assustado, sem olhar para trás eu botei o revólver no bolso e a faca eu levei na mão porque estava toda ensangüentada, eu vi mais uns 2 zumbis, mas esses eu deixei para trás desviando sem nenhum problema.
Cheguei em casa e nem os inquilinos estavam mais em suas casas, eram 7 inquilinos que viviam nos 2 prédios, um era nos fundos e o outro era de frente para a rua, o único que estava no seu lugar era Ringo o cachorro do inquilino, eu o soltei peguei sua ração e o levei para minha casa que ficava no segundo andar do prédio que ficava de frente para a rua, botei sua ração na varanda e preparei sua nova moradia.
Olhei no relógio e vi que já era 17h 36m fui preparar um lanche e vi um bilhete pregado na geladeira. “Filho boa sorte do mundo, já fomos pra Minas Gerais, tem comida no microondas para amanhã e a muita comida também na geladeira”. Lembrei da minha Família e algumas lagrimas escorreu pelo meu rosto, peguei a comida do microondas e fui jantar, uma coisa que não faço aqui em casa.
Depois de alguns longos minutos sentado a mesa decido ver como está as coisas nos jornais, ligo a televisão e todas as emissoras estão fora do ar, não tinha nada para fazer já estava escurecendo, eu ia esperar amanhecer para fazer algumas mudanças na minha casa. Tomo um banho e troco de roupa, logo depois decido botar o sofá de minha casa na varanda para passar o tempo, deito no sofá e seguro a arma em minhas mãos já era 8 horas e se via fogo em casas. Nesse exato momento a luz é cortada e toda a cidade fica no escuro. Pensei comigo mesmo o que mais poderia acontecer de pior, Já estava difícil com luz agora sem, vai ser pior ainda, observando a rua e as casas pegando fogo eu lembrei do velho que tinha matado naquela tarde, foi mais difícil que eu pensei, foi a imagem que nunca mais eu vou esquecer, e pensando como seria minha vida a partir de agora eu peguei no sono ali mesmo no sofá da varanda.