A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL
A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL
(Depois de A FESTA EM GANÍMEDES - Já publicado)
Terra, 28 de junho de 2014. - Início do Armageddon. (140628)
No torturado planeta, o rastilho de pólvora estava a horas de se acender.
Após a destruição do Iraque, os países árabes federaram-se sob o comando do eixo Egito/Síria, apoiados pelo Irã, que não é um país árabe, porém ariano, de mesma religião e interesses contrários ao governo mundial, que os chamava nações malignas, junto com Antártica, a mais maligna de todas.
A nova federação impusera uma paz relativa em 2008 na Palestina; terra ocupada pelo governo mundial, que, tempos atrás aceitara uma trégua para evitar ações de retaliação contra o genocídio sistemático do povo inocente submetido a maus tratos por cinquenta anos.
A ditadura não tolerava a ajuda à Palestina pela federação. Porém, havia um homem capaz de evitar a quebra da trégua; o presidente eleito do eixo Egito/Síria, um pacifista, escritor e poeta venerado pelo povo; o Professor Doutor Faruk El Faisal, ganhador do Prêmio Nobel da Paz, que hoje estava em Jerusalém, em visita de cortesia, comemorando os sete anos de trégua sem violência.
Faruk El Faisal era um herói indiscutível, aclamado pelas mulheres, agora com direitos políticos graças à sua ação em prol das mulheres muçulmanas.
Hoje se dirigia à sede administrativa da Palestina para discursar, acompanhado de sua esposa, uma escritora ganhadora do Nobel de literatura; do presidente palestino e do embaixador russo em carro descoberto.
Entre a multidão agradecida por sete anos de paz; emergiu o estudante Gerson Raszap, um agente a serviço da Nova Ordem Mundial; com uma pistola Ingram, que descarregou no peito dos ocupantes do carro. Faisal, sua esposa e o embaixador russo morreram na hora. O presidente palestino morreu horas depois no hospital.
Esse foi o dia em que a paz foi destruída.
Menos de um mês depois, Egito e Síria entregaram um ultimato ao governo de ocupação da Palestina.
Este se ofereceu para expor o caso às Nações Unidas, mas a Federação Árabe, com o apoio incondicional da Rússia, China e Irã, aos que depois somaram-se Índia e Paquistão, esquecendo suas rixas provocadas pelos maquiavélicos mundialistas; declarou a guerra ao governo de ocupação da Palestina trinta dias depois do crime.
Os Estados Unidos mobilizaram-se imediatamente contra a Federação Árabe em defesa do governo de ocupação, seu aliado de anos, que de repente estava se transformando numa carga pesada demais; porque agora não havia lucro em guerrear no oriente após secarem os poços de petróleo do Kuwait ao lado do inútil petróleo radiativo do que foi o Iraque.
A Rússia solicitou que os Estados Unidos não se mobilizassem, para evitar a globalização de um conflito regional, mas não foi atendida, e a guerra começou no dia primeiro de agosto, com a declaração de guerra da Rússia contra Estados Unidos, e o dia três do mesmo mês contra os aliados europeus.
Argentina Sul, apoiada por Antártica e suas novas armas espaciais, ataca e ocupa as ilhas Falklands e suas bases aéreas; de onde o governo mundial espionava e atacava esporadicamente à Nação Antártica e Argentina Sul.
Estados Unidos, então, declara a guerra à Argentina e à Antártica.
Marcos, o líder antártico lança um ultimato terrível aos Estados Unidos: se a Argentina Sul fosse atacada, a Antártica retaliaria com mísseis nucleares e canhões laser a partir das bases orbitais.
Estados Unidos agora estava perante uma situação de múltiplas frentes, com o que teria que usar seu arsenal nuclear ou dividir suas forças.
Mas para piorar a situação, o líder das colônias lunares, Max Guerreiro avisou, lá de cima: se Argentina Sul e Antártica fossem atacadas, a Lua responderia com mísseis contra todas as grandes cidades norte-americanas e seus aliados da Europa.
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Guerra de trincheiras espaciais.
No início; as potências tentaram uma guerra de curtas escaramuças, ocupando ou desocupando estações orbitais, bombardeando ocasionalmente objetivos militares em terra, e em grandes batalhas aéreas onde a superioridade da aviação espacial antártica, defendendo seu território intocado, ficou evidente.
Os dominadores da Terra ainda não se atreviam a usar seus arsenais nucleares, sabendo que não sobraria muito do mundo depois, para dominar e pilhar.
De novo, para beneplácito dos Treze, que esperavam lucrar com a guerra; os Cavaleiros do Apocalipse cavalgavam pelo vale de Megido, não longe da prisão do seu provocador.
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INTERLÚDIO.
O provocador
Raszap morreu quatro anos depois na cadeia em Jerusalém; de uma doença artificial sem cura, inventada mais de quarenta anos atrás, pelos cientistas enlouquecidos do governo mundial que ele defendia – Ironia das ironias.
Doença que adquiriu por meio de relações homossexuais, com um preso africano; no meio da guerra mais destrutiva que houve na Terra antes da invasão; duas décadas depois; dos Grandes Galácticos; sem saber que com aquele crime incendiara o mundo na terceira e última guerra mundial e primeira guerra interplanetária, porque Marte entraria na guerra após o torpedeamento da nave Arachânia, em maio de 2015.
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Próximo: A PERSEGUIÇÃO (já publicado)
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O conto "A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL " forma parte integrante da saga inédita Mundos Paralelos ® – Fase I - Volume III, capítulo 19, páginas 19-20; e cujo inicio pode ser encontrado no Blog Sarracênico - Ficção Científica e Relacionados, sarracena.blogspot.com.
O volume 1 da saga pode ser comprado em:
clubedeautores.com.br/book/127206--Mundos_Paralelos_volume_1.
Gabriel Solís