A PAZ ARMADA
A PAZ ARMADA
(Depois de VOS DECLARO MARIDO E MULHER - já publicado)
Terra, 11 de abril de 2014.
Hoje, para desespero do governo mundial, desembarcaram em Antártica os líderes de algumas das nações chamadas “dissidentes”, África do Sul, Líbia, Índia, Egito, Venezuela, Cuba, Paquistão, Argentina do Sul, Irã, Síria, Vietnã, Arábia Saudita, Moçambique e Angola.
O novo presidente antártico ainda mal completara dois meses no poder e já conseguira que algumas nações chamadas “honradas” pela ditadura mundial aceitassem seu convite: Rússia, Portugal, Nepal, Japão, Grécia, Coréia, Austrália, Nova Zelândia e as novas nações espaciais: Cidade Orbital Equatorial, e das cidades lunares: Ciudad Lunar, Novo Marte e Nova Argentina.
Havia representantes de Irlanda, Islândia, Noruega, Espanha e Itália.
O último em chegar foi o ex-capacho do governo mundial; o infeliz Emir de Kuwait, Ibrahim El Faisal Sabbat; triste e desiludido após a repentina partida das grandes corporações de petróleo que levaram tudo o que era deles e o que não era, transformando-o num paria: ou seja; num pobre.
Na Lua, Max Guerrero, líder de Ciudad Lunar já tinha unido todas as colônias sob uma mesma bandeira, e encomendara ao Primeiro Ministro do Almirantado Lunar a mobilização permanente da frota lunar em patrulha em torno da Lua e da Terra.
Começa a “Paz Armada”.
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Embora não houvesse ainda hostilidades de fato, começavam os atritos.
Os motivos principais eram; a velha rixa entre Estados Unidos e Rússia para incrementar sua influência no Oriente Médio, já que os russos estavam cansados do extermínio sistemático dos cidadãos palestinos, fato para o qual a autodenominada Nova Ordem Mundial parecia estar cega, surda e muda.
Além disso, existia a inveja que o governo mundial nutria por Antártica, a nova nação livre da Terra, um paraíso de tecnologia superior, que estava tornando-se uma nação líder entre os povos excluídos.
Fora disso, também começavam a surgir outras discórdias, como o desejo de vingança da Argentina Sul contra Inglaterra, fantoche de Estados Unidos, pela ocupação das ilhas Falklands ou Malvinas, de onde o governo mundial espionava Antártica e controlava o cone sul da América e a passagem para o Pacífico e o Índico.
Outro problema era a revolta dos países islâmicos pela destruição e genocídio do Iraque em 1998, o massacre do Afeganistão em 2002, o bloqueio comercial contra Líbia, os massacres dos povos negros de Quênia, Somália, Uganda e Etiópia, para roubar suas riquezas minerais.
Já estava pronta a guerra e o rastilho de pólvora que a detonaria.
Só faltava acendê-lo, mas ainda faltavam mais de dois meses, e enquanto em Jerusalém, um estudante lacaio da ditadura, carregava sua pistola; lá encima, bem longe no espaço; os recém casados esqueciam de todos os problemas da Terra.
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PROXIMO: A FESTA EM GANIMEDES (já publicado)
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O conto "A PAZ ARMADA" forma parte integrante da saga inédita Mundos Paralelos ® – Fase I - Volume III, capítulo 19, página 5; e cujo inicio pode ser encontrado no Blog Sarracênico - Ficção Científica e Relacionados, sarracena.blogspot.com.
O volume 1 da saga pode ser comprado em:
clubedeautores.com.br/book/127206--Mundos_Paralelos_volume_1.
Gabriel Solís
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