O experimento

Otávio gostava de limpar o laboratório de física da universidade. Sempre ficava algum tempo conversando com o professor. Era inteligente e esperto, mas a vida e as circunstâncias tinham moldado seu destino. Limpava em vez de estudar.

Em uma dessas madrugadas quando o sol custava a dar as caras e a alma demorava a voltar ao corpo, mas mesmo assim o trabalho cobrava sua atenção, Otávio encontrou o professor ainda acordado, desvairado nos últimos retoques de, segundo ele, uma descoberta que iria mudar o mundo.

— Está pronto. Só preciso testar!

Otávio limpava o chão sem dar muita atenção. Bocejava, piscava e nada de despertar completamente. Daria tudo para estar em outro lugar.

— Otávio, quer ser minha cobaia?

Ele parou o vai e vem com o esfregão e perguntou:

— Vai ser perigoso?

— Não, de maneira nenhuma. Já testei sozinho, mas agora preciso fazer algumas verificações.

Imaginou que de qualquer forma seria melhor do que continuar limpando o chão, então aceitou.

— O que tenho que fazer?

O professor mostrou uma espécie de máquina parecida com uma pequena nave, que por fora era simples e muito discreta, mas por dentro era cheia de luzes piscando e marcadores luminosos.

— O que é isso?

— Ainda não tem um nome oficial, mas é basicamente um veículo interdimensional.

Os olhos do professor brilhavam enquanto explicava.

— Então, o senhor descobriu novas dimensões, é isso?

— Sim, mas além disso, eu descobri como viajar de uma para outra.

Otávio olhou para ele descrente. Balançou os ombros e esfregou as mãos.

— Então vamos viajar!

Entraram no veículo, colocaram os cintos de segurança, então o professor fez várias perguntas pessoais, como data e local de nascimento, filiação, entre outras, ajustou os painéis de controle e acionou a alavanca que iniciava a viagem.

A pequena nave desapareceu deixando o laboratório da universidade vazio. Tudo ficou escuro dentro do veículo, e Otávio deu um sorriso cético que o professor não conseguiu ver. Logo depois as luzes piscaram e voltaram a acender.

— E aí, deu certo?

— Veja você mesmo.

O professor acionou um botão que deixou visível o que se passava do lado de fora do veículo, que estava em movimento, mas eles não conseguiam sentir.

Luzes coloridas e brilhantes corriam do lado de fora, dançando e pulsando. De repente tudo parou e aos poucos a imagem ficou nítida.

Dimensão A (A morte)

Estavam assistindo a uma cena familiar. Otávio lavando o rosto.

— Sou eu? Como assim?

Todo ceticismo havia desaparecido dando lugar à curiosidade.

— Você é o objeto de estudo, então visitaremos sua vida em algumas dimensões diferentes. Não em todas, é claro, pois levaria a vida toda. Mas em algumas pré-selecionadas, mais relevantes para o experimento.

— Ele pode nos ver?

Enquanto isso, o Otávio da dimensão A escovava os dentes encarando seu reflexo no espelho. Tinha olheiras profundas e os olhos estavam injetados e vermelhos.

— Não. O veículo tem uma camuflagem que nos torna invisíveis, mas se sairmos aí sim ele nos verá.

Então ficaram assistindo à vida do outro Otávio como a um filme.

Ele saiu do banheiro, foi em direção ao quarto, trocou de roupa, olhou longamente para o retrato de Camille e saiu.

— Nessa dimensão também sou casado com a Camille? Qual é a diferença de uma para outra?

— Calma, vamos descobrir.

Continuaram assistindo a um Otávio destruído que vagava pelas ruas aparentemente sem rumo. Ruas sujas. Tudo em volta era marrom. Cor de lama. O vento soprava sem parar e uma chuva fina caía constantemente. Otávio entrou em alguns bares, bebeu até cansar e depois de andar mais um pouco, parou em um cemitério. Chorava sobre a lápide de Camille.

— Não gostei dessa dimensão… a gente pode ir embora?

— Só preciso fazer algumas anotações.

Enquanto o professor rabiscava seu livro, Otávio encarava seu outro eu horrorizado. Já havia se perguntado como seria se Camille morresse antes dele, mas nunca imaginara uma realidade tão devastadora. O Otávio da dimensão A parecia completamente sem rumo. Como se sua vida também houvesse acabado, mas mesmo assim era obrigado a continuar de pé.

Como um zumbi.

Assim que o professor terminou suas anotações, partiram para a próxima dimensão.

Dimensão B (O trabalho)

Quando a imagem ficou nítida, Otávio ficou aliviado ao ver Camille na cozinha preparando o café da manhã. Tão linda e saudável. Viu três crianças ao redor da mesa e ele sorrindo e brincando com elas. Se admirou. Não pensavam em ter filhos. Não ainda. Então assistiu maravilhado à sua versão paternal.

Não parecia ruim. Camille estava radiante. Ele parecia feliz e realizado. Tinham duas meninas e um menino, todos quase da mesma idade. O menino era praticamente um bebê ainda, com suas mãozinhas fofas e grudentas e a mais velha puxava o cabelo da irmã que gritava enquanto pegava o último pedaço de bolo.

Continuaram assistindo em silêncio, hipnotizados.

O Otávio da dimensão B tinha uma casa grande e trabalhava em um escritório. Trabalhava muito. Tinha azia. E uma gaveta de contas vencidas. Discutiu no telefone com credores e implorou um aumento ao chefe sem coração. Parou em um bar na saída do trabalho e bebeu apenas um copo de cerveja. Ficou no carro até o álcool dissipar e entrou em casa. Beijou as crianças que estavam dormindo e deitou ao lado de Camille que fingia dormir.

— Será que em alguma dimensão eu sou realmente feliz?

— Não é feliz na nossa dimensão?

— Eu sou faxineiro. Como poderia ser feliz?

— Acho que o tipo de trabalho não tem influência na felicidade.

— O senhor não entenderia…

O professor olhou com algo parecido com piedade para ele antes de partir para outra dimensão.

Dimensão C (A apatia)

Estavam em uma praia. O sol ardia e não havia uma sombra sequer. Otávio da dimensão C estava sentado na areia e encarava o mar. Por horas.

— O que aconteceu com ele?

Otávio se remexia no banco de couro.

— Não sei. Mas seria interessante tentar descobrir. — Respondeu ainda escrevendo em seu livro.

Nada acontecia. Otávio continuava torrando no sol e observando o mar. Sem dizer uma palavra. Sem que mais ninguém aparecesse.

— Existe mais alguém nessa dimensão?

— Não tem como saber…

— Posso ir lá falar com ele?

— Se você quiser… acho que vai ser muito útil para o experimento.

O professor não tirava os olhos do livro e não parava de escrever. Acionou uma alavanca e uma porta se abriu. O mormaço que entrou na nave já deixou os tripulantes incomodados. Sair seria bem mais difícil do que Otávio imaginava.

Encarou o clima inclemente e foi deixando pegadas na areia fina. Chegou perto do Otávio imóvel e pigarreou. Nada.

— Com licença? Você está bem?

Nenhuma resposta. Cutucou o ombro do outro. Nada. Passou a mão em frente aos olhos dele e não obteve nenhuma reação. Era inútil. Nessa dimensão ele era um vegetal. Ou havia ficado assim. Sabe-se lá o que teria acontecido com ele. Ou talvez ele fosse assim e pronto. Nunca iriam descobrir.

Enquanto voltava para a nave, pensava em sua vida, em como tudo poderia ser bem pior. Havia existências piores que a sua. Nunca tinha pensado nisso. Sempre imaginava como seriam aqueles que tinham mais sorte, nunca os que tinham menos.

— Nada?

— Nadinha. Acho que essa dimensão é muito entediante.

— Ou, nós que não conseguimos ver o que realmente acontece aqui.

O que quer que acontecesse, parecia uma existência horrível.

Dimensão D (O êxtase)

Tudo era rosa e lilás. Absolutamente tudo. Céu, árvores, casas, ruas, nuvens, pessoas. Tudo.

Otávio olhou boquiaberto para sua versão lilás. E Camille era rosa. Os dois ficaram juntos o dia todo. Plantando um jardim e colhendo frutas no pomar. Jogando milho aos pombos. Andando de bicicleta. Jogando jogos de tabuleiro. Assistindo a um filme.

Eram quase uma só pessoa. Estavam felizes o tempo todo. Parecia exaustivo.

— Eles são estranhos.

— Não queria uma versão feliz sua?

— Ninguém devia ser tão feliz assim. É quase indecente. Não gostei deles.

— Você é que é estranho.

Muitas anotações depois partiram para a próxima dimensão.

Dimensão E (A solidão)

Otávio estava em uma balada. Dançava alucinado, bebia muito e beijava todas as moças que encontrava.

— Gostei dessa dimensão!

— Por que casou tão cedo? Se não se importa que eu pergunte…

— Conheci Camille no jardim de infância. Depois disso, sempre estivemos juntos. Pareceu natural casar cedo, mesmo com todas as dificuldades financeiras. Mas olhando pra ele, acho que não aproveitei nada da vida…

— Calma aí, já sabe que nem tudo é exatamente como parece.

Otávio da dimensão E continuou farreando. Até o amanhecer. Voltou para casa sozinho. Dormiu sozinho. Acordou sozinho. Tomou o café da manhã sozinho. Foi trabalhar sozinho. Trabalhava na bilheteria de uma estação de trem. Falava com inúmeras pessoas, mas não conversava com ninguém. Depois do trabalho parou na casa de uma moça, teve um momento bem rápido de intimidade, se despediu e partiu. Sozinho.

— Ainda acha que é uma boa vida?

— Por que não? — Não soou tão confiante dessa vez.

— Trocaria de lugar com ele?

— Eu tenho essa opção?

— Bem, digo hipoteticamente, claro.

A partir daí, uma ideia começou a se formar na mente de Otávio.

Dimensão F (A escuridão)

Tudo escuro. Nuvens cobriam a lua e as estrelas. Ninguém dormia. Ou trocavam o dia pela noite ou nessa dimensão só havia noite.

Otávio da dimensão F era mal encarado e taciturno. Trabalhava em uma biblioteca secreta que vendia livros proibidos. Tinha uma arma de fogo na cintura e uma faca na botina. Camille trabalhava com ele e era mal humorada e sarcástica. Discutiam o tempo todo e aproveitavam as longas pausas entre clientes para dar uns amassos atrás da prateleira de ficção científica.

Eles brigavam com os clientes e espancavam os encrenqueiros, se escondiam da polícia e moravam em uma van. Viviam uma vida louca nessa noite eterna.

— Gostou deles?

O professor tomava notas com um risinho no canto da boca.

— Acho que não… é tudo muito escuro e frenético. Quantas dimensões vamos conhecer ainda?

O professor olhou para os painéis e respondeu:

— Mais algumas só, por que, já está entediado?

— Não, de forma alguma! Quanto mais, melhor.

Precisava encontrar a dimensão perfeita. Mesmo que fosse improvável que existisse perfeição nesse mundo.

Dimensão G (A guerra)

Caos total. Uma completa zona de guerra. Tiros para todos os lados. A cidade toda destruída. Tudo cinza. Até o céu e o sol.

Demoraram para achar Otávio no meio dos escombros. Não havia um minuto de calmaria.

Otávio da dimensão G estava com um fuzil nas mãos. Uma faixa na cabeça sinalizava sua facção. Seus companheiros iam morrendo um a um e ele continuava a atirar, entediado.

Parecia viver todos os dias exatamente do mesmo jeito. Uma eterna guerra sem vencedores. O ódio gratuito contra o próximo e a paixão doentia pela morte. Tão repetitivo que já não impressionava.

Ficaram assistindo ao tiroteio sem que nenhum sentimento surgisse. Como se tudo fosse um jogo de videogame.

Em um instante uma bala acertou Otávio bem entre os olhos e ele caiu de cabeça no concreto. O sangue escorreu e formou uma poça cinzenta.

Game over.

Otávio não se impressionou com a morte de seu outro eu. Pareceu inevitável. Uma alma irremediavelmente perdida.

Dimensão H (A tranquilidade)

Tudo estava molhado e mofado pois a chuva não parava de cair. As pessoas estavam sempre úmidas e tinham uma cor esverdeada, como se estivessem emboloradas. E o Otávio dessa dimensão parecia não se importar nem um pouco.

Trabalhava animadamente em uma pet shop. Amava os animais, era cordial com as pessoas, tinha muitos amigos, Camille o esperava em casa com uma toalha felpuda e uma sopa quente. Eram tranquilos e felizes. Se amavam a noite toda. Tinham momentos de satisfação na solitude. Praticavam atividades juntos e separados e apreciavam igualmente ambas.

— Se não fosse esse clima horrível…

— O que tem?

— Nada… só estava pensando alto. Seria uma dimensão perfeita se não fosse o clima…

— É verdade. Mas a perfeição não existe… pelo menos não como imaginamos.

Dimensão I (A sabedoria)

Viram uma sala confortável, com janelas enormes que davam para um universo em formação. Otávio da dimensão I se movimentava para frente e para trás em uma cadeira de balanço.

— Por que nessa dimensão eu sou tão velho?

— Não faço ideia. Talvez seja hora de uma boa conversa…

Otávio saiu do veículo meio sem jeito. Não queria assustar o velhinho

— Com licença, senhor.

O idoso olhou para ele sem sombra de espanto.

— Você sou eu. Só que diferente.

Ficou aliviado de não precisar explicar.

— Parece que sim… mas o senhor é tão velho, me desculpe…

O senhor sorriu e balançou a cabeça.

— Sou tão jovem quanto sempre fui e tão velho como nunca serei.

— Então o senhor sempre foi assim?

— Exatamente assim. Imutável e eterno.

Otávio coçou a cabeça.

— Ah… parece interessante.

— É uma existência sábia.

— Sei…

Não tinha mais o que perguntar. Então olhou para a expansão do universo e só desviou o olhar quando o professor o chamou de dentro da nave.

— Já estou indo. Adeus. — Se despediu do senhor.

O idoso não respondeu.

— Você ficou parado lá um tempão.

— Nem percebi, pra mim pareceu poucos minutos.

— E então? O que achou dessa dimensão?

— Não sei. Meio hipnótica. Sem sentido nenhum.

Mas a imagem do universo se formando diante de seus olhos não deixou sua mente por muito tempo.

Dimensão J (O dinheiro)

Sua casa era enorme, cheia de aparatos tecnológicos. Tinha um ótimo emprego e muito dinheiro. Camille estava mais linda do que nunca. Se davam bem. Se divertiam. Tinham um cachorro. O clima era ameno. A vida era fácil.

Bingo!

— O que aconteceria se eu trocasse de lugar com ele? — Apontou para o Otávio da dimensão J que voltava para casa em um carro que dirigia sozinho.

— Na teoria vocês poderiam trocar de lugar, mas na prática isso nunca foi feito, então não sei o que poderia acontecer.

— E o senhor gostaria de saber?

— Você está falando sério? Quer mesmo trocar de lugar com ele?

— Claro!

— Você precisa saber que pode haver consequências desastrosas.

— Não se preocupe com as consequências. Elas serão, supostamente, só para as cobaias. Imagine o valor dessa experiência para a ciência!

— E como vai convencer o outro a vir em seu lugar?

— Ele não precisa aceitar… eu posso bater na cabeça dele e o trazer desmaiado. Aí o senhor inventa alguma coisa quando estiverem em casa.

— Isso não seria nada ético…

— Que se dane a ética.

Esperou do lado de fora da mansão. Procurou algo pesado que pudesse nocautear o Otávio da dimensão J, achou uma pedra grande e lisa, que servia de ornamento para o jardim.

Assim que o outro saiu do carro, Otávio o abordou:

— Olá, amigo! Que tal fazer uma viagem para bem longe?

Admirado e assustado o outro respondeu:

— Quem é você? E por que se parece tanto comigo?

— Digamos que somos a mesma pessoa, mas vivemos vidas diferentes…. E eu quero ficar no seu lugar.

O outro não conseguiu entender e ficou apreensivo com o olhar incisivo de Otávio.

— Calma aí, amigo… podemos conversar… é dinheiro que você quer? Eu posso te dar!

— Ah, isso vai muito além do que apenas dinheiro! Eu mereço a sua vida!

Otávio deixou a pedra à mostra.

— Eu vou chamar a polícia!

No momento em que o outro desviou os olhos para pegar o celular no bolso, Otávio acertou sua fronte com toda a força de sua ambição.

Logo após, o professor voltou para casa com o Otávio da dimensão J desacordado e Otávio tomou posse de sua nova vida.

Depois de algum tempo se atentou a algo que não tinha cogitado antes. Camille não era a sua Camille. A doce, meiga, forte e resiliente Camille que conhecia desde a infância.

A Camille da dimensão J era uma mulher imatura e mimada que estava acostumada a se preocupar somente consigo e nem notou que ele não era mais o mesmo.

A vida glamourosa e tecnológica deixou Otávio inquieto e apático. Não conseguia entender os negócios do outro Otávio e não queria aprender. Sua essência não combinava com o ambiente.

Passou a desprezar o luxo que tanto queria e ignorar completamente aquela mulher que não conhecia, não amava e não respeitava.

Começou a chamar o professor sempre que estava sozinho. Sabia que em algum momento ele estaria assistindo a sua vida, afinal ainda era uma cobaia e o experimento não havia terminado.

— Professor, eu quero voltar para casa!

— Eu sei que está me ouvindo. Me leva de volta!

— Pelo menos traga a minha Camille e leve embora essa daqui.

Percebeu horrorizado que em momento algum pensou em sua Camille, e em como havia mandado um completo estranho para ficar ao lado dela para sempre.

Havia sido incrivelmente impulsivo, egoísta e covarde. E só agora conseguia perceber.

Enquanto isso, o professor tomava nota do avanço do outro Otávio, que depois de se recuperar do trauma, se adaptou perfeitamente a sua nova dimensão. Ficou encantado com sua Camille e fez tudo o que foi preciso para que ela fosse feliz, conseguiu, com muito esforço, uma vida financeira estável e tranquila.

Na Dimensão J, Otávio ficava cada dia mais inquieto, descontente e furioso. Passou a não ligar para mais nada, nem se importava com quem presenciasse seus rompantes de fúria.

— Você planejou tudo isso, não foi? Me induziu a trocar de lugar e me levou a pensar que a ideia havia sido minha! — Berrava para quem quisesse ouvir.

— Ética! Onde estava a sua ética, professor? Usar como cobaia o faxineiro da universidade! Alguém completamente descartável, não é?

— O senhor tinha que ter me impedido! Como deixou que eu abandonasse minha vida e minha esposa assim, do nada?

Implorou, gritou, xingou, escreveu recados em espelhos, janelas e paredes.

Nunca houve resposta.

Otávio foi dado como louco e nem todo seu dinheiro conseguiu livrá-lo de uma internação compulsória em um hospital psiquiátrico, onde gritava e esbravejava sem parar que não pertencia àquela dimensão, que era um viajante interdimensional que queria voltar para casa.

O professor assistia a tudo impassível, afinal, seria ainda mais antiético não terminar seu experimento.

Priscila Pereira
Enviado por Priscila Pereira em 10/06/2024
Código do texto: T8082882
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