O último amanhecer
No horizonte, o sol se erguia lentamente, pintando o céu de tons dourados e rosa. Era o último amanhecer que Jack testemunharia, ou pelo menos era isso que ele acreditava. Desde que acordara naquela manhã, não havia sinal de vida humana ao redor.
Caminhando pelas ruas vazias e silenciosas da cidade, Jack sentiu um misto de solidão e determinação. Ele sabia que muitos haviam desaparecido durante a noite, sem deixar vestígios. As ruas antes movimentadas estavam agora desertas, os prédios abandonados e a natureza começando a tomar conta do que um dia fora o lar de tantas pessoas.
Enquanto explorava os arredores, Jack foi invadido por lembranças do passado, de tempos mais felizes e de pessoas que amava. No entanto, agora ele se via sozinho, sem respostas para o que havia acontecido.
Ao cair da noite, Jack se viu diante de um antigo observatório, cuja cúpula refletia os últimos raios de sol. Decidiu subir e de lá contemplar o que poderia ser seu último pôr do sol. Enquanto o céu se tingia de laranja e vermelho, Jack sentiu uma presença ao seu lado.
Era uma figura envolta em luz, que se revelou como um ser de outro mundo, enviado para observar o último habitante da Terra. A criatura explicou que uma catástrofe havia atingido o planeta, mas Jack, por alguma razão desconhecida, fora poupado.
Com lágrimas nos olhos, Jack olhou para o horizonte, sabendo que aquele seria o último pôr do sol que testemunharia. No entanto, ele encontrou consolo na ideia de que, de alguma forma, sua presença significava esperança para o futuro, uma nova chance para a humanidade recomeçar em algum outro lugar, longe dali. E assim, enquanto o sol se punha, Jack se despediu do mundo que um dia conhecera, pronto para uma jornada rumo ao desconhecido.