A ESPERADA 7 IND 16 ANOS

Glória passa por diversos flash's de luzes, quando entra numa espécie de sala cubo branco, ali uma porta de ouro é aberta e surge ali Lobato.

- Você?

- Por favor, me acompanhe.

- Por que?

- Se veio até aqui, não vai ser por minha pessoa que há de desistir?

- Você é mal.

- Relativo, bom, mal, ruim, melhor, são valores, sentimentos obsoletos agora em sua condição.

- Como assim?

- Não percebeu ainda, seu corpo não mais te serve, você já o abandonou em alguma outra sala.

- O que esta a dizer, eu estou aqui.

- Seu desejo, vontade, apego por aquele mundo de sistemas caóticos, ainda se sente presa aquele outro plano.

- Eu morri?

- Não, posso te garantir que não, sua casca esta sendo muito bem cuidada, acredite.

- Como sabe de tudo isso e por que devo acreditar em você?

- Bem, isso eu só posso te dizer que a e sim existe ainda aquele velho e desatualizado livre arbítrio.

- Onde esta minha vó?

- Ela virá, acho, bem, melhor, ela já esta aqui.

- Onde?

- Cada segundo que perdemos aqui você fica sem ver ela e outra pessoas.

- Quais pessoas?

- Vamos, deixe de desconfianças e venha.

- Tudo bem.

Glória passa a frente de Lobato e segue para um tipo de campo florido, girassóis, flor do campo, margaridas, logo ela atravessa enormes paredes de samabaias.

- Que lugar lindo.

- É o filtro, por assim dizer.

- Que filtro?

- Algo que podemos dizer sobre régua moral.

- Onde vamos parar, há pecados?

- Depende, tudo se forma ou se aprende por lá onde esteve nem sempre se faz por regra aqui ou em outro plano.

- Eu quero ver ela.

- Sei que quer, este amor ou gosto por ela te faz crescer e até tolerar mesmo que contra a ti sobre minha pessoa.

- Acho que ainda é mal.

- Sim, posso ser.

- Por que, o que te faz querer ser mal?

- A vida, tão somente essa famigerada forma de falsear.

- Tudo bem, acho que devo respeitar seja lá o que for de seu pensar.

- Talvez já esteja abrindo os novos horizontes, sabia que tinha algo tão especial em ti.

- O que quer?

- Vamos, já estão á nossa espera.

Glória entra numa carruagem junto de Lobato que bate o sino preso a porta anunciando assim a saída dali.

A viagem ali dura o que seria por aqui algo em menos de 10 minutos.

- Chegamos.

- Onde?

- Na chave.

- Chave?

- Desça, venha ver.

Glória sai da carruagem e olha a sua frente um pequeno caminho de pedras, ladeando grandes arbustos e cursos de água.

- O ar daqui é tão diferente.

- São os primeiros dos tempos.

Ela anda ali ao lado de Lobato que vai se tornando um garoto nos seus 13 anos em roupas de um filho oligárquico e Glória se torna uma moça eletista em época que se vendia corpos de pessoas que não se igualavam ao que os fazendeiros ditavam ser o certo.

- O que houve, o que estou fazendo com essas roupas?

- Acho que já esta decidido sua época, sua visita.

- Eu, quero ver minha mãe.

- Eu menti.

- Sobre?

- Sua mãe ainda não veio, por que a linha tem de ser feita.

- Que linha?

- A sua linha, sua origem.

- O quê?

- Você vai ter a oportunidade de corrigir, consertar boa parte de tudo.

- Como?

- Quase toda sua história poderá ser contada de uma outra forma.

- Eu não quero mudar nada em minha vida.

- Espere, veja, depois você diz o seu veridito final.

011123..........................

ricoafz e IONE AZ
Enviado por ricoafz em 05/11/2023
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