A Saga de Godofredo Parte II – Conclusão
Caro leitor;
Cabe, neste capítulo, o fechamento da história do Samovar, que iniciou esta ficção, e como ele veio a fazer parte da história da família. Assim, segue um breve relato dos fatos contados por minha mãe.
Os Krumin – Lep, personagens desta ficção, são meus antepassados materno e realmente fugiram da Revolução Francesa, por serem nobres, para um cantão criado na Rússia pelos Romanóv, a casa real russa na época. O local ou região em que foi criado, não sabemos. Também, não temos informações de como e quando fugiram para lá.
Minha mãe, brincalhona, dizia que tínhamos um pouco de "sangue azul", por este fato.
Lá, nasceu meu bisavô Jean Krumin-Lep. Também, neste enclave, ele se casou com Maria, minha bisavó, tendo cinco filhos, três homens e duas mulheres, sendo uma delas a minha avó Alide, mãe da minha mãe, Maria. Os três homens morreram de escarlatina, e meu bisavô, desgostoso com o acontecido, emigrou para o Brasil no inicio dos anos 1900, indo morar com as filhas em Blumenau.
Temos um passaporte russo de 1901, escrito em alemão e emitido na cidade portuária de Riga, hoje Letônia, situada no Mar Báltico dando salvo conduto para a saída deles, que provavelmente foram para Hamburgo e depois para o Brasil.
O samovar é da época em que viveram na Rússia, pois é utensilio muito comum da cultura russa , tanto como estufa, quanto para fazer chá. Ele veio com a mudança e passado para a minha avó, depois para a minha mãe. Hoje, está com a minha irmã.
Os fatos históricos da revolução francesa descritos nesta saga e seus protagonistas são verdadeiros. Os acontecimentos vivenciados pelos personagens Godofredo e Cons. são fictícios e romanceados. Os Montfort são personagens ficcionais.
Agradeço a todos que leram e se interessaram pela Saga.
Muito obrigado, e quem sabe, ela segue.
Florianópolis, 31 de outubro de 2023.