A ESPERADA 5 IND 14 ANOS

Um dos melhores restaurantes, Glória é uma mulher que possui todos os olhares e comentários da ala masculina e parte da feminina.

- Acho que já me arrependo de te-la trazido assim tão linda.

- Bobo.

- Não, é sério olha quanto brutamontes te comendo com os olhos.

- Mais o real esta aqui comigo, só você me tem.

- Graças, eu ganhei a sorte toda, tenho a mais linda do país aqui comigo.

Terminado o jantar eles esticam a um clube de elite onde Glória tem seu momento de adolescente se perdendo nos ritmos ali na pista de dança sempre com Caio a seu parceiro de dança.

- Sabe.

- O quê?

- Eu te amo.

- Eu sei, eu sempre soube.

Um beijo e mais dança e ao fim o retorno para casa mais antes passam em uma pizzaria para aquele lanche antes de dormir.

- Quero ficar o resto da minha vida assim.

- Como?

- Com você, linda.

O carro ali a trafegar até que ao se aproximar do condomínio para a surpresa do casal, Natal ali a espera na portaria.

- Boa noite, ele chegou e disse que ia esperar, precisava falar muito com vocês e.........

- Tudo bem, obrigado.

Caio faz sinal para que Natal entre no veiculo e eles seguem para a casa.

Ali na varanda o casal olha Natal a olhar tudo ao redor.

- É, fizeram um grande avanço, da última vez ainda moravam naquela casa aos fundos da loja e agora estão neste palácio.

- O que quer Natal?

- Com você Caio, nada, preciso falar com a Glória.

A mulher olha para o pai e sente um frio lhe percorrer o corpo.

- Eu não tenho nada que falar com você.

- A tem, sou teu pai mesmo que não queira.

- E daí, você me jogou na rua.

- Pare de drama, filha.

- O que quer?

- Precisa vir comigo.

Agora é Caio que toma frente na conversa ali.

- Como assim Natal, ficou louco vindo aqui e querendo que a minha mulher te acompanhe?

- É a sua vó, ela quer falar com você.

- Pai, ela morreu, você sabe muito bem disso.

- Então vamos lá e você a verá, vamos?

- pai eu não vou com você a lugar nenhum.

Nisso toca o celular bem simples de Natal que atende passando o aparelho para Glória, ela responde algo e ouve por poucos minutos logo desliga.

- Você vai me trazer?

- quando quiser.

Caio ouve aquilo e fica aos nervos.

- O que é isso, não, Glória você mesma disse que..........

- Caio, eu ouvi a voz da minha vó, ela quer falar comigo.

- Então eu vou junto.

Natal ouve aquilo.

- Se ele quer, tudo bem.

Os 3 entram no carro e saem dali, passam por 6 beirros até chegar ao bairro Kenedy, ali em meio a ruas lamaçentas e praças largadas a escuridão eles param frente ao número 136, uma hedícula aos fundos de um grande terreno que anseia por cuidados.

Ademir ao ouvir o bater de portas na rua, sai da casa junto de duas mulheres, Glória olha aquela gente ao longe e sente aquele gélido lhe tomar a espinha.

- O Ademir esta com você, pai?

- Pois é, ele não tinha para onde ir.

- E você?

- Nem eu, por isso invadimos esse lugar.

Caio olha para o velho a seu lado.

- Você não vai melhorar nunca, sempre com seus crimes.

- Acha que todo mundo tem sua sorte de nascer em tubos de ouro e diamantes.

- Meu pai trabalhou, meu vô trabalhou e eu trabalho e muito.

- Nossa, já fiquei todo cansado aqui.

- Irmã.

Glória vê o irmão que vem a ela de braços abertos, recebe aquele abraço sem envolve-lo.

- Me perdoa mana.

- Cadê sua filha?

- A Mora, ela foi embora.

- Com quem, a mãe esta morta?

- A tia dela, levou minha filha.

- Realmente Ademir, o Caio tem toda razão, vocês são uns canalhas.

- Eu não tinha como cria-la, uma garota aqui, olha só ao redor.

- Sei, vocês invadem e furtam, não mudaram em nada, ao contrário só pioram.

Nisto da casa sai uma mulher em vestido branco e jaqueta rosa.

- Você veio, querida?

- Vó?

- Sou eu, minha linda.

Glória larga eles e vai ao encontro daquela mulher de seus quase 80 anos e abraça forte.

271023....................

ricoafz e IONE AZ
Enviado por ricoafz em 30/10/2023
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