A Saga de Godofredo Parte II – A Gravidez de Juliette

04.10.23

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Todos acordaram no acampamento dos Montfort, encilharam seus cavalos e partiram a galope para Baden-Baden, via Haguenau. Godofredo, preocupado com possíveis barricadas na cidade, pediu a Cons. para ir verificar como estava a situação lá e informar.

Juliette ia grudada a Godofredo, com seu animal roçando no dele, feliz por estar novamente junto ao seu amor. Sentia-se segura. Godofredo se controlava com o assédio de Juliette.

O dia estava quente e ensolarado, com pouco movimento pela estrada. Estavam a oito quilômetros de distância de Haguenau, demorariam cerca de duas horas até lá, cruzando floresta de abetos e coníferas, reduzindo sua exposição. Depois, mais quarenta quilômetros até a cidade alemã, atravessando o rio Reno. A viajem transcorria tranquila.

Cons., invisível, estava em Haguenau, e por sorte, nenhum movimento de soldados revolucionários na cidade, que acordava. Informou a Godofredo, que lhe disse para ir ao encontro dos seus antepassados em Estrasburgo, ver como estavam e o movimento na cidade. Saber também sobre La Fayette, em que local se encontrava.

O barão Krumin-Lep se levantava quando Cons apareceu, assustando-o. Deu-lhe bom dia e perguntou ao nobre:

-A noite foi tranquila? Algum movimento por aqui?

-Foi tranquila e quieta demais. Quando partimos?

-Nesta noite atravessaremos para Kehl e estarão seguros lá. Godofredo está a caminho de Baden-Baden com os Montfort, devendo chegar lá à noite. Amanhã virá até Kehl encontrá-los. Falta pouco. Preciso ver agora em que local se encontra La Fayette. Fiquem escondidos e quietos hoje o dia todo, que no inicio da noite virei para ajudá-los na travessia para a Alemanha – disse Cons. sumindo instantaneamente, assustando novamente ao barão.

La Fayette estava com a tropa na guarnição em Toul, cerca de trinta quilômetros de Nancy, fazendo a troca dos animais e se alimentando. Conversava com o capitão Milet:

-Vamos chegar a Nancy e seguiremos direto para Estrasburgo. Penso em dividir nossa tropa com você indo direto para Estrasburgo e eu pelo norte, via Dieuze, Heming, Hochfelden e Estrasburgo, pois podem ter mudado de rota para nos despistar.

-Perfeito Comandante! – respondeu Milet.

Cons., presenciando a conversa, avaliou que não corriam perigo, pois já estariam as duas famílias a salvo na Alemanha quando La Fayette e Milet chegassem à Estrasburgo. Falou com Godofredo mentalmente.

-Perfeito. Estamos cruzando a floresta de Vosges-du-Nord e chegaremos à Haguenau pela hora do almoço. Fique com os meus antepassados, e se precisar de ajuda, lhe comunico.

O dia transcorreu sem problemas. Godofredo e os Montfort chegaram à beira do rio Reno para atravessá-lo. Juliette não se sentia bem, e começou a vomitar. Godofredo ficou preocupado com ela. Perguntou-lhe:

-Você está doente? O que sente?

-Estou meio nauseada e tenho vontade de vomitar desde ontem. Não quis lhe dizer para não prejudicar a viagem – respondeu cândida com seu olhar triste. Mesmo doente, era linda! Desceram dos animais com ele amparando-a, sentando os dois embaixo de um frondoso pinheiro de caule grosso. O local era fresco e abrigado.

-Esta bem, vamos descansar aqui, pois estamos com nossa segurança do outro lado do rio, e um dia a mais não fará diferença – disse com ela deitada em seu colo acariciando-lhe os longos cabelos ruivos. Sua mãe veio até ela e olhou-a com interesse.

Godofredo foi falar com Guillaume e o barão, informando-os que descansariam o resto do dia e noite ali, atravessando o rio no dia seguinte.

-Minha filha, está enjoada? – perguntou a mãe com ar de questão, sabendo o que estava causando este mal estar na filha.

-Sim mamãe, estou desde ontem!

A mãe pensativa e preocupada olhou a filha nos olhos azuis cristalinos e disse-lhe:

-Você está gravida!

-Gravida! Será mamãe? - respondendo com certo ar de surpresa e satisfação.

-Não conte para ele! Vou falar com seu pai e seu irmão.

-Vou ter um filho de Godofredo? – disse baixinho com um enorme sorriso no rosto. Godofredo, voltando para cuidar dela viu a sua alegria, e estranhando a mudança de feições no rosto de Juliette, perguntou curioso:

-Viu um passarinho dourado, querida?

-Sim, meu amor! - abraçando-o e dando-lhe um longo e fervoroso beijo na boca. Ela era irresistível mesmo.

Nota do Autor:

Obra ficcional, qualquer semelhança é mera coincidência.

Fernando Ceravolo
Enviado por Fernando Ceravolo em 04/10/2023
Reeditado em 04/10/2023
Código do texto: T7901087
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