Uma robô chamada Raquel

Keron vivia em uma sociedade onde a tecnologia não era só uma necessidade mas, um regulamento, ele era um dos melhores engenheiros de seu tempo e trabalhava no desenvolvimento e aperfeiçoamento de novos robôs para a sociedade, mas havia algo dentro de Keron que lhe fazia sentir-se tão impotente diante de suas máquinas, pois, Fisicamente elas aparentavam serem perfeitas devido a semelhança com os humanos esteticamente, apenas esteticamente pois, que para suas máquinas exercerem determinadas atividade era necessário que as mesmas aguardassem os comandos de seus donos. Um dia Keron havia resolvido passar a noite acordado no laboratório para tentar encontrar uma solução e desenvolver uma espécie de robô que não dependesse dos comandos de um ser humano. E de tanto meditar ele acabou por dormir debruçado em cima de suas planilhas e projetos, até que na manhã seguinte acordou diante de uma pilha de papéis e para sua surpresa a resposta que ele tanto procurava estava ali diante da sua presença. Uma android inacabada nos seus primórdios de engenharia sobre uma cadeira sentada com a cabeça baixa com seu esqueleto de ferro cromado exposto, keron rapidamente pegou a robô e a colocou em cima da câmara de desenvolvimento construída por ele mesmo, e com apenas alguns cliques no teclado da grande máquina em uma sedenta inspiração começou a esculpir sua criação, a ela havia dado a fisionomia de uma linda mulher com cabelos escuros e belos olhos castanhos, keron usou sobre sua robô toda a sofisticação que tinha a seu alcance. Quando concluiu seu projeto batizou de projeto Raquel. ela era mais linda que qualquer outra robô que ele já havia construído e tinha sobre si como essência um software diferenciado das demais máquinas. Pela primeira vez em sua vida Keron estava realmente satisfeito com sua nova criação. Quando Raquel despertou de seu sono, sentou-se nua diante dele e soltou um leve sorriso inocente como quisesse lhe agradecer por ter lhe dado a vida. A perfeição de Raquel era tanta que Keron tratava a andróide como se fosse uma garota humana, com passar do tempo a admiração de keron havia passado de apenas uma inocente admiração por uma avassaladora paixão desenfreada por sua criação no fundo de sua alma ele sabia que aquilo era insano apaixonar-se por uma andróide, porém o amor que sentia era mais forte do que a razão. Com passar dos meses ao lado de Raquel ele passou a entender o'que era amar de verdade ele havia ensinado tudo ela sobre a espécie humana. keron cuidava muito bem dela comprava-lhe roupas e sempre que podia conduzia Raquel a conhecer a cidade a sua volta, ele passava quase parte do tempo com ela. porém muitos dos seus amigos achavam que ele havia perdido a noção da realidade e não compartilhavam da ideia dele sair pela cidade com uma andróide como se fosse uma mulher humana por fim keron acabou isolado. Raquel era sua grande companhia e sua obra prima e não precisava dar-lhe instruções para fazer coisa alguma pois, ela expressava-se por vontade própria e os sentimentos que demonstrava em relação ao seu criador eram sinceros e verdadeiros. Tempos depois Raquel passou apresentar dificuldades em processar todas as informações que recebia de Keron e os problemas técnicos acabaram agravando-se ele tentou concerta-la porém a cada investida em salvar a vida de Raquel só piorava o problema aproximando a vida dela da morte. Infelizmente o inevitável aconteceu e Keron não conseguiu concertê-la Ele ficou arrasado ao ver sua amada desligar sem vida. embora Raquel não fosse humana kero carregava um grande afeto por ela que não sentia por ser humano algum. depois disso keron guardou o corpo de Raquel em uma câmara e prometeu que nunca mais tocaria nela apenas viveria das boas lembranças do carinho e da gratidão que Raquel tinha por ter lhe dado momentos de felicidade.

ETHILON
Enviado por ETHILON em 26/04/2023
Reeditado em 26/04/2023
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