O Homem que Viu o Infinito
Um homem está a beira da morte.
Ele tem medo. Quer escapar dela.
Por isso, aceita passar por um procedimento experimental, onde sua mente e suas memórias permanecem intactas mas seu corpo inteiro é substituído por um autômato biomecânico.
Ele agora possui uma saúde descomunal... sua mente trabalha na total capacidade, seus antigos vícios agora não parecem tão interessantes.
Sem as limitações humanas, ele se torna o ser mais importante daquela sociedade.
E o último.
Misteriosamente o homem que criou o corpo biomecânico é morto 2 dias antes da sua revelação bombástica que prometia mudar o mundo para sempre.
Ele é o último da sua espécie.
Um super homem. Super inteligente.
Décadas, séculos, milênios passam...
E apenas ele sobrevive.
A terra morre e ele está lá.
Sozinho. Aguardando.
O que um homem assim iria desejar agora? A não ser a própria morte?
Mas morrer agora significaria a morte de toda a humanidade.
Em seu cérebro está a informação inteira de que um dia existia a terra. Civilização. Um planeta.
Toda cultura. Todo a fauna e a flora que já existiram se resume a ele mesmo e a suas lembranças.
Morrer agora é matar toda a humanidade que está dentro dele.
Ele observa planetas. Fauna e flora de diversas espécies.
Participa de guerras. Vê civilizações inteiras desaparecerem...
Até que só resta ele... E Deus.
Esse é o homem que viu o infinito.