o último gene

LUCY DESCEU NUM ELEVADOR IMATERIAL, ATRAVESSANDO CAMADAS E MAIS CAMADAS DE MACIÇOS ANDARES METÁLICOS ATÉ UM LABORATÓRIO OBSCURO E CHEIO DE TECNOLOGIA. ASSIM QUE REMATERIALIZOU O SEU CORPO, UMA CÂMARA DE FERRO INTRANSPONÍVEL SE ABRIU E UMA JOVEM COM UM CORPO TRANSPARENTE, ONDE ENERGIAS DARKS PERCORRIAM ININTERRUPTAMENTE O QUE SERIAM SUAS VEIAS DIGITAIS, FALOU COM ELA. ERA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL DO IMPÉRIO, CONHECIDA COMO A MATRI.

— VEJO PELO SEU SORRISO QUE JÁ A RASTREOU. — DISSE LUCY.

— SIM, SENHORITA.

— ME CONECTE A ELA.

— ESSA NEURO-NÚCLEO AINDA NÃO ESTÁ TOTALMENTE PRONTA. TEMO QUE AINDA FALTE MUITO PARA...

— ME CONECTE.

— SIM, SENHORITA.

SOMENTE COM ALGO QUE LEMBRAVA COM CERTA FAMILIARIDADE O PODER DA MENTE, A MATRI CONECTOU CABOS NA ESPINHA E NA NUCA DE LUCY. ELA RECEBEU UMA CORRENTE ELÉTRICA QUE FEZ SEU CORPO PERDER OS SENTIDO DA EXISTÊNCIA, TESTEMUNHOU SUA CONSCIÊNCIA PERCORRER UMA LONGA DISTANCIA NO ESPAÇO DO SEU UNIVERSO, ENTRAR EM UM BURACO NEGRO, PERCORRER UMA JORNADA QUÂNTICA NADA FAMILIAR AOS OLHOS, SAIR EM UM BURACO BRANCO, EMPREENDER OUTRA JORNADA ESPACIAL ATÉ A TERRA, PARA EM FIM ATRAVESSAR O ESPAÇO AÉREO, ENTRANDO NA CIDADELA TÉRNULOS, VASCULHANDO EM MICRO-SEGUNDOS AQUELA ÁREA URBANA E MERGULHANDO FINALMENTE EM UM CANAL, ONDE AS ÁGUAS TURVAS BORBULHAVAM DEVIDO AS TENTATIVAS FRUSTRADAS DE KELY PARA RESPIRAR.

AINDA CONSCIENTE, A MENINA ARREGALOU OS OLHOS, COMO SE VISSE LUCY EM PESSOA.

— TE ACHEI EM FIM. DESCULPE SE DEMOREI. — LUCY SORRIU.

— QUEM É VOCÊ? — KELY PAROU DE SE DEBATER.

— VEJO QUE NÃO LEMBRA DE MIM, MAS ENTENDO QUE DEVEMOS NOS MANTER ALHEIAS UMA A OUTRA PARA QUE TUDO TRANSCORRA BEM. MAS PRECISO QUE ACHE A LÓTUS PARA MIM. NÃO TENHO TANTO TEMPO COMO IMAGINEI.

— NÃO SEI DO QUE VOCÊ TÁ FALANDO.

— SABE SIM. O SEU DOM NÃO FOI TE DADO ATOA, EU TE CONCEDI PARA ESSE MOMENTO.

— COMO SABE DISSO? EU NUNCA TE VI ANTES.

— VIU MAIS DO QUE ACREDITARIA. E SABE BEM O QUE FEZ POR MIM, E FARÁ NOVAMENTE QUANDO A MINHA VIDA CORRER PERIGO. NÃO É COMO SE FOSSE EVITÁVEL, TEM QUE ACONTECER.

— ISSO NÃO É REAL. EU MORRI?

— NÃO, MAS TODOS QUE VOCÊ CONHECE VÃO MORRER EM BREVE, SE NÃO ENCONTRAR, MESMO QUE FRACASSE NÃO VAI LHE ACONTECER NADA, POIS TEM A MIM.

LUCY NADA PARA ATRÁS DE KELY E SEGURA O ROSTO DELA:

— AGORA ME OUÇA. — DISSE LUCY A TRAZENDO PARA MAIS APROXIMO. — VÃO TE CAPTURAR. É IMPORTANTE QUE NÃO DIGA NADA DO QUE FOI DITO, AGORA PRECISO IR, MEU...

POR MAIS QUE TENHA SE ESFORÇADO, KELY NÃO OUVIU OU CONSEGUIU LER DOS LÁBIOS DA EMISSORA A ÚLTIMA PALAVRA, POIS OUTRA MULHER QUEBROU A BARREIRA DA ÁGUA E SEGUROU NO BRAÇO DA MENINA, A PUXANDO PARA A SUPERFÍCIE.

Jaedson Danda
Enviado por Jaedson Danda em 13/05/2022
Reeditado em 14/05/2022
Código do texto: T7515422
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