Jornal Ficcional

Os Cientistas sociais Robert Curt e Denis Lavjc da universidade de Corwich concluíram a primeira parte da pesquisa que tem por objetivo mensurar o impacto da tecnologia nas relações sociais. Os cientistas analisaram mais de 1000 acidentes flagrados por câmeras de segurança no ano de 2020.

O objetivo da pesquisa não era analisar o acidente em si, mas as pessoas que foram flagradas pelas câmeras ao presenciaram o acidente, e é claro suas respectivas reações. O resultado foi que 77% dos vídeos confirmaram o que os cientistas já temiam. A primeira reação das pessoas ao redor de um acidente, não foi prestar socorro nem muito menos ligar para ambulância. A primeira reação foi sacar o smartphone e filmar. Os cientistas não se mostraram muito surpresos com o resultado, queriam apenas uma prova estatística que comprovasse o que eles já vêm analisando há algum tempo.

Segundo os cientistas os seres humanos estão cada vez mais se afastando de suas origens e consequentemente perdendo seus instintos. “O ser humano é o animal que melhor conseguiu desenvolver suas competências sociais e o pior para administrá-las”, disse Robert Curt em entrevista ao jornal Montag da Alemanha. “Ajudar alguém em uma situação de vulnerabilidade ou dificuldade como num acidente é o mínimo que se espera, até os animais fazem isso”, complementa o cientista. Os cientistas ainda estão desenvolvendo a pesquisa, mas já adiantaram ao jornal que a mesma conterá dados sobre o aumento de doenças auditivas pelo uso de fones de ouvido, além das doenças de caráter sociológico como stress, depressão, ansiedade generalizada, etc. Numa sociedade cada vez mais pragmática pelos usos da tecnologia essas doenças tendem a crescer ainda mais.

“Ande de transporte público no horário de pico em qualquer cidade com mais de 1 milhão de pessoas e conte quantas delas estão com o celular na mão ou com o fone de ouvido”, disse Denis Lavjc em entrevista ao jornal. O cientista social formado na universidade de Dubrogivoc na Sérvia é categórico ao afirmar que a tecnologia traz uma série de melhorias para a vida em sociedade, mas seu uso desenfreado e em excesso tem um efeito colateral ainda pior. “A tecnologia lhe permite conectar com pessoas do outro lado do mundo e também é seu único empecilho para saber se a pessoa que está ao seu lado no transporte público precisa de ajuda.”

“A tecnologia e as redes sociais permitem uma “democracia digital”, ou seja, todos que sejam usuários de uma rede social recebem os conteúdos como também são geradores de conteúdos, seja ele, textos, mensagens, fotos, etc. Existe uma relação recíproca que se fortalece cada vez mais quando alguém usa a rede. A lógica capitalista, faz do uso das redes sociais um dos mercados mais perigosos do planeta. Não existe mais uma relação social, mas sim de competitividade, todos querem ter o conteúdo exclusivo, e talvez esse seja um dos fatores que explicam o resultado desta análise dos acidentes”, concluíram os cientistas ao jornal alemão Montag, que na verdade não existe, é simplesmente ficcional, assim como esse texto também é. Pode até parecer verdade, mas todos os nomes de pessoas e cidades que estão nele foram inventados. Não existe pesquisa nem cientistas que aqui foram citados. A única coisa que existe é a tecnologia e a sensação incômoda que esse texto provocou.