COCOON-2

ARACTUSA

Se reuniam 10 moradores com o missionário na capela, demostrando ânimos alterados e diversificados.

— Todo vilarejo está envolto numa espécie de cocoon de fibras resistentes, encobrindo o céu. As aranhas tecem suas teias durante a noite, somem de dia e se escondem em algum lugar.

Hakon, o missionário respondeu: — Eu tenho meu celular e uma câmera comigo, irei instalar no alto da torre para filmar, então saberemos de onde elas saem. Obtive na cidade informações na internet. Tudo indica que essa espécie de aranhas são transgênicas, Aractusas criadas em laboratórios, com biotecnologia e manipulações genéticas, para obter os fios e depois fábricas produzirem um tecido, para ser usado na confecção de coletes a prova de balas.

O impaciente agricultor de nome Bentley, se mostrava desconfiado:

— Essas aranhas foram trazidas para cá de propósito, estamos servindo de cobaias de algum experimento científico. O único que vem da cidade é esse reverendo, foi ele que trouxe elas junto. Ele é um farsante, um Biocientista se passando por missionário, para nos enganar e observar o resultado da experiência.

Os outros moradores não compareceram, pois estão impedidos de saírem de suas casas, portas e janelas estão cobertas pelo amaranhado de teias.

Retrucou o pastor Hakon: — Eu irei na cidade, alarmar as autoridades, avisar uma firma de inseticidas e voltar com um especialista, um lepidóptero-entomologista, para definir a situação.

Ele retirou seu carro de dentro do paiol ali perto e se afastou do lugarejo, sob os olhares desconfiados de todos.

No dia seguinte eles assistiam as imagens do vídeo, feitas durante a noite, mostrando mais de mil aranhas bioluminescentes, correndo velozes, saíndo das grades das valetas onde escorre a chuva. Uma delas caçou um rato para comer, com facilidade. Elas teciam suas teias em tempo recorde, depois se dispersaram em várias direções pelo lugarejo, desaparecendo na vegetação, como se soubessem estarem sendo observadas.

— Essas aranhas luminosas são enormes, devem ter cerca de 40 cm.

O tal missionário Hakon já deveria ter voltado, deve ter acontecido algo com ele no caminho. Calce suas botas, providencie lanternas, vamos procurá-lo pelos arredores!

Arvid e Bentley foram andando até o final do lugarejo.

— Veja, lá está o carro do pregador, encoberto por teias!

— Olhe para os galhos daquelas árvores, estão cheios de casulos enormes pendurados. Dentro de um deles estava o pregador morto. De sua boca aberta, deslizavam dúzias de pequenas aranhas e larvas para fora.

— Ele morreu asfixiado, elas fizeram do corpo dele uma espécie de incubadora de reprodução de seus ovos!

Estamos cercados, presos feito insetos, dentro dum gigantesco cocoon, sem poder deixar Milharém.

— Vamos voltar, antes que aconteça o mesmo conosco. Precisamos avisar os outros do perigo, para protegerem seus animais e evitarem de andar nas ruas.

— Voce acha que essas aranhas Aractusas, são também canibais?

— Creio que sejam capazes de muito mais...

----> segue no cap.3

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