TEMPESTADE EM COPO D'ÁGUA

Existem pessoas que arruinaram as suas vidas para sempre, em questão alguns minutos, aliás, em poucos segundos, apenas. Então, por não ter tido paciência nessa pequena fração de tempo, entraram em apuros. Essas reações instintivas podem ser desde uma agressão verbal em resposta a um questionamento inocente, ou idiota, indo até ao extremo como um pai, ou uma mãe que joga um filho pela janela, ou contra a parede pelo, simples fato de o pequeno dependente estar chorando demais.

Essas reações desproporcionais, é semelhante a alguém que pega um pequeno copo cheio de água e lança nos ares, depois a sopra para esparramar o líquido. Isso faz uma tempestade danada, capaz de manchar e até estragar uma folha de papel com anotações muito importantes. Entretanto, antes dos pingos chegar ao chão, tudo está calmo novamente, isto é, acaba tão rápido, que no final sobra, apenas o papel molhado. No entanto, se não for capaz de se controlar por esses milésimos de segundo, jogará mesmo o filho pela janela. E aí, meu caro! Ninguém vai lhe perdoar, e nem te livrar do castigo terrível.

Verdade seja dita, além disso, há pessoas sãs e vivas para confirmar as minhas terríveis tempestades em, apenas, meio copo d’água. Dessa forma, dei coices, pontapés e até socos em vários corações puros, incluindo lábios e rostos que se aproximaram de mim para dar um beijo de boas-vindas. Dessa maneira, afastei todas as pessoas de boa índole para bem longe de mim, consequentemente me tornei um carrasco de inocentes, pois, simplesmente atropelava todos que resolviam cruzar o meu mortal caminho das descontroláveis fúrias repentinas.

Entretanto, isso mudou, quando senti a necessidade de mudar, pois, estava cada mais insuportável, além disso, isolado e sozinho, por isso, viviam como um cão bravo que bastava um simples olhar, logo já mostrava os dentes afiados prontos para atacar.

Então comecei a buscar ajuda, através de livros, porque, jamais, eu iria me recorrer às pessoas, as quais eu acabara de ferir para me ajudar, pois, todos tinham medo de mim. Por isso, li tudo que encontrei pela frente, porém, não achei nada de interessante. Uma vez que, todos os autores eram um blá, blá danado, que não resolvia nem os próprios conflitos terríveis que saltavam das entrelinhas de seus escritos, além disso, vinham direto na minha cara. Por isso, desconfiei que tais escritores de autoajuda enfrentam dilemas terríveis, por essa razão, são incapazes de ajudar a si próprios, dessa forma, não servem para guiar os outros.

Então, decidi escrever o meu próprio livro com as minhas teorias particulares e inéditas, que estavam fresquinhas na minha cabeça grande e muito dura. A princípio não, tinha qualquer outro propósito, não ser resolver, apenas os meus terríveis conflitos internos. Foi assim que surgiu o LIVRO CASCATA DAS EMOÇÕES. Ou seja, um livro escrito, integralmente voltado para mim, para resolver, unicamente os meus problemas e de mais ninguém.

Bom, o livro resolveu todos os meus conflitos! É claro que não! Porém, resolveram alguns poucos, entretanto, criaram muitos outros. No entanto, parece que as grandes crises de tempestades em copo d’água diminuíram bastante. Isso parece pouca coisa, mas, fez grandes milagres em várias situações de vida ou morte, pelas quais passei após compreender as minhas próprias emoções.

ENFRENTANDO A FÚRIA DAS ÁGUAS

Depois que me libertei, a principal tempestade que enfrentei na vida foram ventanias reais, ou melhor, verdadeiros furacões indomáveis. Tudo aconteceu, quando eu e mais dois amigos saímos para pescar no mar aberto. Fomos num barquinho a remo, pois, iríamos ficar por ali mesmo próximo à costa, pois sabíamos que naquele lugar havia muitos cardumes de peixes, portanto encheríamos o nosso barco em pouco minutos, e assim retornaríamos rapidamente.

Remamos tranquilamente até o local da pescaria, chegamos lá e logo preparamos as redes e os anzóis, entretanto, antes de lançarmos as redes e os anzóis no mar, veio uma grande tempestade e sacolejou fortemente o nosso barco. Parecia que iríamos ser engolidos pelas fúrias violentas daquelas águas bastante agitadas. Meus amigos se desesperaram, mas eu os acalmei, dizendo que logo após as tempestades vem a calmaria. Por isso, era necessário ficarmos vivos. Além disso, o desespero não nos ajudariam em nada, muito pelo contrário, poderia se juntar com os ventos fortes, por isso, aumentar ainda mais os sacolejos, e com isso, destruir mais rapidamente o nosso barco.

Não demorou muito, e a minha profecia se cumpriu, e milagrosamente, a tempestade passou, entretanto, levara o nosso barco para bem longe da praia. Dessa forma, remamos de volta por umas três horas sem parar até aproximarmos da costa novamente, já estávamos exaustos, nossos braços estavam aos frangalhos de tanto remar contra as grandes marés.

Quando estávamos a uns 100 metros da praia, meus dois amigos disseram que teriam que levar algum peixe casa se não as suas esposas iriam fazer outras tempestades piores do que aquela que tínhamos acabado de enfrentar. Segundo eles, as esposas sempre ficavam desconfiadas de tais pescarias, visto que, alguns homens fingiam pescar para cair na gandaia com as mocinhas mais jovens.

Eu disse que era melhor descermos logo na praia, lá podíamos comprar alguns peixes, assim tudo se resolveria. No entanto, disseram que não tinha dinheiro, dessa forma, mesmo contra a minha vontade fiquei para a pescaria. Calculei que em menos de meia hora colocávamos os pés na areia, já que ali havia muitos peixes.

Meus amigos preparavam os anzóis enquanto eu deitei um pouco no barco para descansar. Quando tudo estava pronto para iniciar a pescaria, então ambos lançaram os anzóis ao mesmo tempo, de modo que as linhas se enrolaram uma na outra. Depois dessa enrolada toda, os anzóis ficaram enroscados e encrencando um, no outro, por essa razão, não iam, nem para frente e em para trás. Foi então que os dois marmanjos começaram a brigar. Eu estava passando por uma soneca, mas ouvi tudo, só não conseguia acordar para acalmar aquela pequena confusões entre os dois intempestivos.

Vi quando, um deu um leve chute bem devagar nas partes íntimas do outro, porém, este enfureceu e numa explosão de fúria, e logo descarregou um soco explosivo na cabeça do agressor. Assustei com a explosão, mas já era tarde demais, pois, com a pancada violenta capaz de derrubar um leão, o esse meu amigo foi jogado direto no mar e se afundou. Esperei um tempinho, e ele não subiu, depois lembrei que ele não sabia nadar.

Ficamos ansiosos, mas em silêncio absoluto, na esperança de que ele aparecesse na superfície para fazermos o resgate. O mar estava calmo, então, mais alguns minutos se passaram, a nossa aflição aumentou, mais nada do nosso amigo aparecer. Então, o meu amigo boxeador, começou a rezar, gritar dizendo que iria ser acusado de assassinato, dessa forma, queria se lançar ao mar para se matar, devido à tragédia que causara. Eu o contive com muito trabalho, para não ter dois mortos. Pois, estávamos literalmente no mesmo barco, porque, caso ele se afogasse no mar, eu me afogaria nos braços da lei em terra firme, visto que iria ser acusado de duplo homicídio, por isso, a situação era delicada, e muito delicada.

Dessa forma, precisava de muita calma, mas, muita cama naquela hora. Por isso, não podia vacilar e nem fazer bobagem, uma vez que, eu também estava em apuros, mas consegui manter uma aparência tranquila. Assim sendo, tristes e desolados ficamos lá esperando o nosso defunto amigo boiar para levarmos o corpo. Horas se passaram e nada! Cansando de tanto esperar decidimos que iríamos pedir ajudar, pois, o sol já dava sinais de cansaço, por isso já estava se apagando.

Então, lembrei que trazia uma lente velha, de longo alcance na minha traia de pescaria. Limpei suas duas grandes lentes com a camisa e fiz uma varredura até onde eu conseguia enxergar, na tentativa e encontrar o corpo. Porém, não encontrei nada. Nessa altura, já não mais conseguia esconder a minha aflição daquele clima triste e fúnebre no mar aberto.

Quando restava o último raio de sol da luz do dia, consegui ver algo estranho, uma coisa com dois buracos na superfície da água como se fosse duas narinas. A princípio pensei que fosse jacaré, mas depois lembrei me que não estávamos numa lagoa, e sim encrencados no mar. Sem dizer o que tinha visto solicitei ao meu amigo assassino para remar naquela mesma direção do achado.

Paramos uns 5 metros da estranha aparição, suspeitei de alguma assombração dos mares, dado que ninguém morto e nem vivo conseguia ficar, somente com os buracos do nariz para fora, daquele jeito. Quando meu amigo percebeu o fantasma ficou em pânico dizendo ser alma do morto, por isso deitou no barco tremendo de medo e escondeu a cabeça entre as suas pernas, e lá ficou.

De repente alguém deu um grande grito pedido socorro, minhas vistas escureceram de medo, minhas pernas ficaram bambas, mas, ainda consegui ver um movimento violento na água, acompanhado de vermelhidão que parecia sangue. E de fato, era! Fiquei pasmo quando vi que era o nosso amigo defunto que estava gritando.

Meio ressabiado aproximei com o barco, ele imediatamente grudou na beirada da embarcação e muito assustado pulou para dentro. O assassino que estava deitado, tremia com uma vara verde, e por nada desse mundo destrancava aquela cabeça dentre as suas pernas. Percebi que o amigo morto sagrava bastante o pé direito, além disso, vi que estava sem o dedão. Ainda meio desconfiado, tirei a minha camisa e fiz um curativo apertado, consequentemente estancando aqueles grandes jatos de sangue vivo. Vi que aquela mordida que causara a perda total daquele dedo parecia ser de algum peixe pequeno e faminto, uma vez que, escolheu o dedo maior para se alimentar. No entanto, aquela mordida poder ser de um filhote de tubarão, aprendendo a caçar a suas presas, por isso, não dava para descartar a hipótese de um ataque de tubarão.

Então, vi que o sangue era real, pois, aquilo me lambuzou da cabeça aos pés, além disso, tinha aquele cheiro bem característico de sangue fresco. Dessa forma, descobri que meu amigo não estava morto, e sim vivo, muito vivo. O outro permaneceu imóvel no barco, portanto, agora, era ele que parecia estar morto.

Logo, pegamos o caminho de volta, pois estávamos exaustos e não podia mais perder mais tempo. Então, entre uma remada e outro, o defunto vivo me contou que não sabia nadar, mas aprendera a mergulhar e a boiar muito bem. Então, assim que caiu na água ele mergulhou afastando do barco o quanto pôde, quando já estava a uma boa distância, a ponto de não ser mais percebido começou a boiar, com uma técnica avançada e muito precisa de boiola, de forma que apenas o seu nariz ficava, incrivelmente para fora d’água.

Segundo ele, era possível ouvir tudo que falávamos no barco, por isso ele presenciou toda aquela aflição do amigo assassino. Disse que quase não aguentou e explodiu de rir quando o amigo rezava, mas conseguiu se conter. Porém, disse que fez xixi nas calças de tanto rir debaixo d’água, mas não chegou a molhar as roupas, uma vez que estas já estavam completamente ensopadas.

Já era noite, e o barco estava bem próximo da praia, sendo assim, já era possível ver as luzes da cidade todas acessas, além disso, todos ali imaginava o final feliz daquele filme trágico.

Porém, de uma hora para outra, e do nada, veio um vendo muito forte, e a seguir, veio outra ventania mais maluca ainda. Vento este, que não passava nem com reza, pois agora o amigo que estava deitado e imóvel se assustou, logo se levantou, então os dois se abraçaram e começaram novas orações mais fortes para que o vento se acamassem. Parece que quanto mais rezavam, mais forte o vento ficava. Parecia um furacão, por isso sacudia a nossa embarcação violentamente, sem dó, e sem piedade, como se fosse um, apenas, um barquinho de papel. Logo, vendo aquilo tudo já imaginei o pior. Dessa forma, não demorou muito e o nosso barco virou, dessa maneira, fomos parar debaixo água. Imediatamente, o nosso amigo morto, entrou em cena e nos ensinou a boiar com aquelas suas técnicas esquisitas, contudo, foi isso que nos salvou.

Ficamos calmos, e uns 5 minutos depois daquele grave acidente, o vento parou e tudo ficou como antes, exceto, o barco que virado e agente ainda dentro daquela água gelada. Por sorte, o barco não foi parar no fundo do mar, então, após muito trabalho e mais algumas manobras conseguimos desemborcar a nossa embarcação. Pulamos para dentro dela, estávamos molhados e com frio, mas, salvos mais uma vez. Além disso, tudo que levávamos no barco se perdeu, inclusive os remos, por esse motivo não podíamos remar. Porém, todos estavam gratos por ainda estar vivos.

Por isso, ficamos lá no mar aberto e na escuridão daquela noite gelada, espera de um resgate por pura sorte. Depois de um tempo, meus dois amigos começaram a brigar novamente, dessa vez estavam discutindo de quem era a culpa por estarmos naquela situação. Quando vi, que os dois iam se pegar novamente, pois já estavam encostados nariz com nariz, e cada um com a cara mais feia do que o outro que dava medo, apenas de ver aquelas expressões assassinas. Ambos estavam molhados e ainda pingando água, mas, prontos para explodirem. Se isso acontecesse, estávamos no mato sem cachorro, dado que, poderia tirar qualquer chance de sobrevivência desse pequeno grupo. Fiz um sinal de paz para ambos, que me obedeceram imediatamente.

Por fim, tínhamos que esperar uma longa noite para decidirmos em qual direção remar, sem remos, unicamente com as palmas das mãos, para enfim pisar na areia.

FrasesFeitas $ FilosofiaPopular 13/10/21

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Enviado por LivroDeUnicaPagina em 14/10/2021
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