DEUSES

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17out20

Abril de 2020 passeava pelas mídias sociais em plena pandemia onde todos nós estávamos confinados, não só fisicamente, mas mentalmente pelo medo causado por um noticiário onde a atração principal era a morte e uma sórdida manipulação da verdade, quando encontrei um pequeno texto de um instituto Russo que se dedicava aos eventos intercorrentes da humanidade onde um cientista e arqueólogo chamado Wladimir Gercloc, em poucas linhas, relatava sua teoria humanística. Resumidamente dizia ele que a humanidade nada mais é do que uma imensa e quase perfeita criação mecatrônica onde o conhecimento universal foi implantado há milênios para que através de sua programada evolução, ela seja capaz de decidir sobre a sua existência ou não. Para ele, este poder, ou sua busca, sobre a vida ou a morte, resume a essência de nós humanos e por ser essência nos é imperceptível ou melhor dizendo, inconsciente.

Discorre ele, como se fosse um programa da série Alienígenas do Passado do Hystory Channel, que nos primórdios nossos próprios criadores exterminaram sua criação pôr a terem dotado de conhecimentos e tecnologias frutos da própria evolução deles, criadores e assim a humanidade fôra um fracasso pois, como réplica, a criaram em um estágio de desenvolvimento tão avançado que não permitia a eles, os criadores, entenderem sua própria existência e de onde vieram e para onde iriam. Segue ele demonstrando sua teoria que nossa evolução sempre teve como marco a destruição, seja ela causada por questões climáticas desde a era glacial, ou por questões de subsistência onde o domínio territorial era necessário para a conquista do alimento. Continua ele demonstrando que a evolução das armas como mecanismos de destruição e dos mecanismos criados para que houvessem outras opções além da destruição como a troca do que uns têm de sobra por aquilo que necessitam e o outro tem de sobra. Até se chegar ao dinheiro que foi criado para padronizar as trocas, mas que acabou por se transformar no símbolo do poder e como tal objeto de disputa. A primeira conclusão a que Wladimir chega é a da prevalência da destruição, pois em todas as tentativas da humanidade de acabar com o modelo destrutivo sempre se chegou ao conflito armado, seja por armas feitas de pedra lascada até a disseminação de vírus e bactérias geneticamente modificados.

Esta necessidade destrutiva ele justifica pelo próprio medo do homem quanto a limitação de seu espaço que só pode ser ampliado pela conquista do espaço vizinho em qualquer das dimensões possíveis de imaginarmos.

Finda tal artigo prevendo que a nossa evolução caminha de forma exponencial e que para ser acompanhada e absorvida precisará de uma velocidade que cresça exponencialmente também quanto a informação, comunicação, até um ponto do tempo e do espaço em que a capacidade humana não mais seja suficiente para compreende-la e aí o progresso se resumirá no regresso a fases anteriores ou a origem de tudo para que um novo modelo seja implantado.

Geraldo Cerqueira.

Geraldo Cerqueira
Enviado por Geraldo Cerqueira em 17/10/2020
Reeditado em 27/10/2020
Código do texto: T7089414
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