Reminiscências de uma Astronauta

Lembro-me de uma certa vez quando a humanidade fez contato com os ''áliens''. Não durou muito, foi ligeiramente rápido, mas lento o suficiente para saber que ninguém ou nada atrapalharia a passagem humana pelo universo. Éramos respeitados ''lá fora'', e em uma dessas conversas descobrimos o motivo. Para aqueles seres estranhos, não sabíamos da nossa própria força e ainda tinha mais: independente de onde ou quando, nós humanos sempre conseguiríamos sobreviver e espalhar nossa espécie para os mais remotos cantos do universo. Possuíamos a arma, a mais demolidora de todas; conhecida em todo o espaço-tempo como a sentença superior, mas também desconhecida em todo o espaço-tempo como algo que nunca, jamais nunca poderia ser controlada... A não ser, por nós, meros sobreviventes das magníficas casualidades. Tínhamos a arma. Estávamos aptos, fosse o tempo que demorasse, a conquistar galáxias; dominar as fissuras do espaço e alcançar estrelas inviáveis... O arsenal mais impiedoso dos uni ou multiversos: éramos seres preenchidos de Tristeza e amantes de Música.

Vitor Romano
Enviado por Vitor Romano em 05/08/2020
Reeditado em 11/11/2021
Código do texto: T7027195
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