RETORNO A ZHOROPAK

(Depois de KOVURO E ARUEN ÚLTIMA PARTE- já publicado)

29 de fevereiro de 2024 (240229)

Retorno a Zhoropak.

Enquanto na Terra o capitão milkaro Pru Atol 7752 encontrava os restos mortais do seu antepassado Pru Atol Numero Um, morto há milhões de anos por um monstro pré-histórico onde hoje é a Sibéria; no sistema Alfa Centauro, no planeta medieval Zhoropak, quatro seres montados em blenfas, aves corredoras; dirigiam-se sorrateiramente à cidade amuralhada de Marka.

O capitão reptiliano G’Hekoo da Suprema Confederação; encapuzado para ocultar sua condição de alienígena, e Alan, acompanhados por Kovuro e Aruen, aproximaram-se do mercado de Marka pouco depois de que os dois sóis se ocultaram por trás das montanhas.

Tinham deixado sua nave auxiliar camuflada no deserto a poucos quilômetros da cidade e alugaram quatro velozes blenfas e quatro capas negras para ocultar seus uniformes a uma tribo de nômades do deserto acampados na cercania.

Não tiveram problemas para atravessar as portas da cidade, que agora permaneciam abertas a noite toda, logo do caos que se produziu depois do desastre que destruiu a fortaleza da tirana Mama Dotir Apak.

Guiados pelo mercenário de Purana, eles se aproximaram devagar à barraca de lona onde Valdher Xon Zyszhak, o traficante de escravas e meninas de sete a vinte anos, contava seus kunaris com suas mãos amarelas cobertas de anéis de ouro e pedrarias.

Kovuro foi o primeiro a entrar, provocando surpresa no dominion, surpresa que se transformou em pânico quando o capitão reptiliano tirou sua capa e mostrou seu uniforme confederado.

Agora ele sabia que estava perdido.

O dominion ainda tentou dominar o cérebro deles com seu poder, mas Alan percebeu a pedra da testa do alien começar a brilhar, com o que puxou sua faca e a arrancou cruelmente.

Valdher Xon Zyszhak gritou como um porco, com a testa sangrando aquele seu sangue amarelo. Quando as mãos do gigante de Purana começaram a apertar seu pescoço devagar, Aruen interveio:

–Eu quero matá-lo! – disse, puxando uma pavorosa espada.

Aruen A’nex, a guerreira de Purana, levantou sua espada e com um golpe certeiro decepou a cabeça do traficante; que a capturara com seu poder, que a humilhara, que a drogara com mutara para vendê-la como escrava.

Agora estava vingada.

Kovuro fez menção de recolher as moedas do traficante. G’Hekoo disse:

–Você não vai precisar disso na Suprema Confederação, Kovuro.

–Não?

–Não se você quer voltar conosco.

–Voltar para o céu?

–Sim.

–Se Aruen quer voltar, eu volto.

Aruen suspirou, enquanto empacotava a cabeça do dominion:

–Depois de tudo o que vi lá encima no céu, não quero mais voltar para este mundo, Kovuro. Aqui só há sofrimento.

–Esqueça essa cabeça – disse Kovuro derrubando no chão uma lâmpada de azeite acessa – vamos embora daqui!

Montando nas suas blenfas, afastaram-se da barraca em chamas a toda a velocidade que os animais podiam correr.

A nave auxiliar, camuflada, não estava longe.

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A nave auxiliar ficou suspensa sobre as ruínas calcinadas da cidadela de Apu-Marka na ilha e os confederados procuraram o capitão renegado e seus oficiais.

G’Hekoo pretendia capturá-los para serem julgados por violação das diretrizes confederadas, mas não estavam mais na construção deserta. Também não foi encontrada a despótica Mama Dotir Apak.

–Devem estar espalhados por aí – disse Alan – acho que ficar neste mundo atrasado deve ser suficiente castigo.

–Estou inclinado a concordar – disse o reptiliano – mas devo fazer tudo o possível para cumprir a lei.

–Eles não têm como sair do planeta, eles têm?

–Não. Segundo Yrnal Markoo, só tinham uma nave auxiliar, que Kovuro o obrigou a roubar. E a Explor-002 já está em nosso poder com a tripulação presa – disse o reptiliano.

–O que acontecerá com eles?

–Serão punidos administrativamente. Apenas o capitão deles, é culpado de violar nossas diretrizes. Yrnal Markoo não será castigado porque colaborou.

De repente o piloto da nave auxiliar disse:

–Estou pegando cinco leituras, capitão!

–São eles?

–Parece que sim.

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O capitão renegado e os quatro oficiais confederados, sobreviventes da explosão da cidadela da tirana, estavam acampados no extremo norte da ilha.

Não sabendo como tripular as barcas de vela dos nativos; ficaram isolados e desesperados. Por isso alegraram-se ao divisar e reconhecer a nave auxiliar no meio da noite. Finalmente acharam que seriam resgatados pelo seu pessoal da Explor-002, que supunham ainda em órbita. Estavam enganados.

G’Hekoo desceu à frente de seus soldados armados:

–Estão presos por violação das diretrizes primeira e segunda!

Eles ficaram em silencio. Sabiam as consequências do que fizeram. Em seguida todos foram algemados e conduzidos imediatamente a bordo da nave auxiliar que logo remontou-se ao espaço.

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Continua em: RETORNO A TAÔNIA.

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O conto RETORNO A ZHOROPAK - forma parte integrante da saga inédita Mundos Paralelos ® – Fase II - Volume V, Capítulo 42; páginas 83 a 85; e cujo inicio pode ser encontrado no Blog Sarracênico - Ficção Científica e Relacionados:

http://sarracena.blogspot.com.br/2009/09/mundos-paralelos-uma-

epopeia.html

O volume 1 da saga pode ser comprado em:

clubedeautores.com.br/book/127206--Mundos_Paralelos_volume_1

Gabriel Solís
Enviado por Gabriel Solís em 21/12/2019
Reeditado em 18/02/2020
Código do texto: T6824039
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