A próxima dimensão
A Dra. Martinez sentiu, de repente, uma estranha sensação. Uma espécie de formigamento, mais como uma espécie de sutil vibração. Era como se todas suas moléculas estivessem em movimento. Não era desagradável, no entanto. Ao contrário, era como se um excesso de vida, uma urgência de ser, ocupasse seu corpo.
Olhou a sua volta e, de certa forma, intuiu que não era só ela. Era tudo e eram todos. Parecia um mundo, um inteiro universo, todo novo, renovado. Tentou se lembrar de quando aquilo tinha começado. Foi então que sentiu algo ainda mais estranho. Era como se o tempo não existisse. Aquilo podia ter acontecido há alguns momentos, há horas... Podia também ter acontecido há décadas ou ter sempre sido assim.
Cientista que era, pensou em algum experimento seu que tivesse dado errado. Podia ser. A Ciência tinha evoluído tanto... Lembrou-se de um grande amigo, um notável cientista, o Dr. Azevedo. Ele sempre dizia que a Ciência estava namorando com eventos impossíveis, com experimentos que podiam revelar qualquer resultado. Lembrou-se de sua face preocupada quando falava, “Estranhos tempos, Martinez, estranhos tempos...”
A doutora, entretanto, nem tinha medo, nem estava assustada. Para dizer a verdade ela estava excitadíssima com a nova situação. Ela sempre vibrava por dentro quando o seu amigo falava “estranhos tempos”.
É isso, ela pensou, é isso. “Estou vivendo estranhos tempos...”
oOOOOOo
À procura de Lucas
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