LIMIAR DA HUMANIDADE - CAP - 21 - 22 - 23
Mais três capítulos...ainda não desisti.....
CAPÍTULO 21
- Sensores de longo alcance demonstram a aproximação de uma imensa frota.
Alisson e Clayton se olham demonstrando certa confusão.
- Uma frota? – Alisson é o primeiro a se recuperar do choque.
- Omega, já é possível identificar a configuração das naves? Alguma raça conhecida que conste nos banco de dados?
- Ainda não é possível, a frota se encontra a 10 dias-luz deste sistema planetário.
- Omega, meios defensivos que dispomos?
- 150 cruzadores, 50 destróieres, 4500 caças, 7000 tanques, 165.000 armas de grosso calibre e 500.000 de médio calibre. 10.000 robôs de combate e nossas fábrica ainda pode construir mais 1000 antes que a frota chegue aqui. Precisamos de soldados que possam usar os tanques, caças e as armas. Os cruzadores e destróieres podem ser guiados por controle remoto. Atenção, invasores estão perto da entrada da caverna. Alguma ordem específica?
Clayton é o primeiro a se manifestar.
- Que tipo de invasores?
- São soldados do exército brasileiro.
- Soldados aqui? Coloque na tela holográfica
Omega obedece a ordem de Clayton. Uma tela holográfica se forma à frente dos dois amigos e mostra dois militares entrando na caverna.
- Hum, isso é estranho Clayton. O que esses militares estão fazendo aqui?
- Olha Alisson, estou muito mais preocupado com essa frota que o Omega nos alertou do que com esses militares.
- Eu sei, também estou, mas não podemos, de forma alguma, desprezar ou ignorar os soldados. Que tal teletransportá-los para cá?
- Não sei se é adequado Clayton.
- Bem, o que eles podem fazer contra nós? O potencial bélico desta base é bem superior do que a maior parte dos exércitos da Terra.
- É certo, fico pensando se nossos parentes próximos não podem ser presos, ou coisa do tipo. Seria uma forma deles nos pressionarem.
- Alisson, isso é algo que precisamos decidir. O que fazer com nossos familiares. Devemos trazê-los para cá? Devemos avisá-los de tudo que está acontecendo e deixá-los escolher entre continuar sua vida normal ou ficar conosco?? Sabe é uma complicação isso.
- Descendentes.
- Sim – falam os dois jovens ao mesmo tempo
- Militares estão dentro da cúpula da caverna. Alguma ordem específica?
- Traga-os para cá Omega. – A ordem de Alisson não é questionada por Clayton.
- Será executado, descendentes podem trocar de roupa e colocar uniformes dos construtores. Esses uniformes são capazes de gerar um campo de força que salvaguarda a vida do usuário.
- Muito bem Omega, vamos lá Clayton, colocar esse uniforme e encarar esses militares.
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- Major!
- Sim Capitão?
- Está vendo essa luminiscência?
- Não sou cego, isso pode ser provocado por animais, já li algo a respeito.
- Major, mas essa luz é forte demais para ser... – o capitão não consegue terminar sua frase. Uma luz forte enche o local, dois corpos são teletransportados para o interior da base alienígena, conforme o pedido dos amigos. A intensa dor da desmaterialização e posterior rematerialização é demais para os dois militares, mesmo com seu intenso treinamento físico o desmaio é instantâneo.
Alisson e Clayton observam enquanto robôs médicos levam os dois militares para o interior de um dos quartos de restabelecimento. Eles vão tratar com os militares mais tarde, agora sua preocupação é com a frota que se aproxima da Terra.
CAPÍTULO 22
Sala de reuniões
- Omega, quanto tempo até os militares se recuperarem?
- Descendente Clayton, tempo estimado em cinco horas.
- E quanto a frota que se aproxima?
- Se manterem o atual padrão de aproximação e velocidade tempo de chegada estimado em três dias, duas horas, cinqüenta minutos....
- Tá bom Omega, não precisa ser tão detalhista – Alisson diz visivelmente irritado.
- Quais as ordens descendentes?
Um pesado silêncio se faz presente na sala.
- Clayton podemos enviar sondas para acompanhar o progresso dessa frota. E se entrarmos em contato para saber quais são as intenções deles?
- Omega, proceda conforme orientação do Alisson. Acho que vamos precisar nos apresentar ao mundo muito antes daquilo que eu desejaria.
- Como assim Clayton
- Olha, posso estar enganado, mas parece que temos uma feroz invasão a caminho, só com nossos recursos não daremos conta de repelir uma frota deste tamanho. Mas se todas as nações da Terra se unirem, e suas forças armadas forem corretamente equipadas com as armas de que dispomos. Temos uma chance.
- Tem razão, mas e depois, se conseguirmos rechaçar essa invasão os exércitos não vão querer devolver os equipamentos.
- Alisson, primeiro precisamos ver se vamos conseguir sobreviver e rechaçar o invasor. E podemos por uma espécie de trava nos armamentos, Omega pode desativar as armas assim que não forem mais necessárias, ou podemos até por um circuito de destruição remoto, tipo acabada a batalha se não nos devolverem os armamentos avisamos que eles serão destruídos remotamente.
- Não sei, com isso podemos por a vida de bravos soldados em risco.
- Há uma possibilidade descendentes.
- E qual é Omega – Clayton se mostra interessado,
- Posso interferir nos sistemas dos armamentos de modo a deixá-los totalmente inoperantes sem risco para aqueles que estiverem de posse e de tal forma que os cientistas humanos não consigam fazer engenharia reversa.
- Excelente. Comece desde já a implementar essa ressalva. Alisson, eu vou para a ONU, você fica por aqui e coordena com Omega os preparativos, tente contato com essa frota. Mas não pare a construção dos robôs de combate, médicos e dos armamentos manuais.
- E os nossos convidados?
- Ah. Alisson, quando acordarem tente conversar com eles, apresentar tudo que existe nessa base, convencê-los de que o que estamos fazendo é o certo e principalmente já os avise da frota que se aproxima. São soldados, devem saber os canais que deverão ser percorridos para avisar as autoridades que necessitam ser avisadas.
- Tá bom Clayton, vai lá e cuidado. Use os sistemas defletores para não aparecer nos radares e o campo de força individual. Duvido muito que vão recebê-lo sem tentar alguma coisa.
- Não se preocupe, estarei atento. Omega prepare um transportador de pequeno porte, preciso de dois robôs de combate e um médico. Cuide para que unidades de armamentos estejam na nave, acredito que precisarei mostrar a eficiência destes armamentos. E Alisson, estou preocupado com as nossas famílias. Não tivemos contato depois que toda essa loucura começou a acontecer. Entre em contato com eles e, bem por agora invente alguma coisa para que fiquem tranqüilos. Quando essa crise passar a gente visita eles e, bem resolve o que fazer.
-Entrarei em contato Clayton. Cuidado.
CAPÍTULO 23
- Sistema holográfico de camuflagem acionado. Espaço aéreo liberado, nave com descendente Clayton iniciando processo de decolagem. Destino cidade de Nova York – EUA, sede da ONU. Acionando sistema defletor. Nave não deve ser detectada por radar.
A bordo do pequeno transportador Clayton acompanha a decolagem, sentado na cadeira de piloto. Por conveniência ele achou melhor que Omega cuidasse dos procedimentos de decolagem e vôo até Nova York. Além da preocupação básica com sua missão o jovem brasileiro está com seus pensamentos voltados para os familiares. Ele sabe que Alisson vai entrar em contato e cuidar de acalmar os ânimos de todos.
- Por Deus se essa frota for atacar a Terra que consigamos detê-los.
- Algum desejo descendente?
- Ah Omega, não estava pensando alto.
- Não entendi descendente. “ Sonhando alto”? Mas o sonho...
- Omega, cuide dos procedimentos de vôo eu cuido dos sonhos.
- Entendido descendente.
E assim o vôo segue em direção aos EUA.
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- Alô.
- Alisson?
- Sim pai, sou eu, e ai? Tá tudo bem?
- Onde você se enfiou garoto? Eu e sua mãe estamos muito preocupados, não atendia celular...onde estão?
- Tivemos problemas em uma caverna, chegamos até a perder a sacola onde guardamos os celulares. Achamos a pouco, por sorte ainda tem bateria e eu consegui um sinal, bem fraco, a ligação pode cair a qualquer momento.
- Tá bom, e o seu amigo?
- O Clayton? Tudo bem com ele, foi até a cidade para arrumar alguns mantimentos. Ainda há muito o que explorar por aqui. Eu vou entrar em contato com a família dele também, avisar que está tudo bem.
- Ah ta bom filho, peraí que sua mãe quer falar contigo.
- Filho...filho...
- Oi mãe, não precisa ficar preocupada, está tudo bem comigo e com o Clayton. Vamos ter de ficar mais uns dias aqui ta?
- Olha, você me mata do coração ainda menino. Que raio de explorar caverna é esse que é mais importante do que a família?
-Ah mãe, quando eu voltar eu explico, agora preciso desligar o sinal ta fraquinho, fraquinho... bênção mãe, benção pai...um beijo para a Alice.
- Deus te abençoe meu filho. Cuidado, vê se liga pra mãe do Clayton.
- Tá bom mãe. Tchau.
Com pesar no coração dona Neusa devolve o celular para o marido. Nenhum dos dois teve a curiosidade de checar o número que ligou, senão teriam percebido que a ligação não partia de um celular.
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- Se aproximando do espaço aéreo mexicano. Alguma recomendação descendente.
- Ainda não Omega, continue rumo ao nosso destino. Alguma indicação de que fomos detectados?
- Estou acompanhando os contatos radiofônicos das nações pelas quais estamos passando. Nossos sistemas defletores funcionam perfeitamente.
- Ótimo que permaneça assim. Não quero ser detectado até que pousemos essa nave na praça em frente a ONU.
- Assim será descendente.
Clayton permanece em silêncio. Seus pensamentos se voltam para o amigo Alisson e seus familiares. Mas a missão que cumpria agora se mostrava prioritária.