O JULGAMENTO DE QUALQUER DO POVO
O JULGAMENTO DE QUALQUER DO POVO
- Senhor Jackes Valdivino! Encontrei a chácara que o senhor está procurando há mais de dois anos. - disse o corretor de imóveis, Alfredo Aganti, ao telefone.
- Podemos vê-la?
- Sim, basta você me levar lá!
- Pode ser amanhã de manhã?
- Sim, será ótimo, hoje estou com pouco tempo!
A chácara ficava no sopé de dois morros unidos, intitulados de Morros da Mariazinha. A casa era bem construída, em alvenaria de tijolos, com alpendres na frente e nas laterais, e estava bem conservada. A área de terra era de cinco hectares, toda cercada de morros e de eucaliptos, e o acesso se dava por um corredor, com cerca de arames farpados. Ao lado esquerdo da casa, havia um grande açude. Naquele momento, as águas estavam ocultas por vegetações flutuantes. Valdivino gostou imensamente da chácara. O corretor lhe disse que ela pertencia a um advogado que, diziam as más línguas, havia ficado meio tantã. E resolvera desfazer-se do imóvel. O preço, depois de acirradas negociações, foi acertado entre as partes e a escritura fora lavrada em cartório.
De posse do imóvel . O compressor do poço artesiano tinha que ser revisado, pois o depósito de ar estava com um vazamento. Por isto, Valdivino levou-o à oficina do Araldo Bertoldo. Enquanto Araldo fazia a soldagem do depósito, conversava com Valdivino, seu velho conhecido. Conversa vai, conversa vem, o soldador diz:
- Eu fui criado ali pelas redondezas da tua chácara. Ela pertenceu ao velho Edvino Menezes, que era “curandor” e conselheiro. Na época vinha gente de longe para se aconselhar com o velho ou para que ele fizesse benzedura. Diziam que naqueles dois morros havia botijas carregadas de moedas de ouro. Quando o velho Edvino desapareceu, correram vários boatos, uns diziam que ele tinha achado as botijas de ouro e fugido; outros diziam que o homem tinha sido levado por extrasterrestres; correu ainda o boato de que ele tinha entrado na caverna, entre os dois morros, e desaparecido. Diziam ainda que em alguns dias especiais, o velho Edvino aparecia pelas vizinhanças. Mas isso é só conversa fiada, nada ficou provado até hoje.
- Não se preocupe, eu sou descrente, isso não me afeta em nada.
Finalmente, tudo estava pronto, nada fora de seu lugar, a casa, a estrebaria, as cercas nas divisas. Valdivino, pela primeira vez, lá chegou, sem ser acompanhado por outras pessoas. Pensava: “Que calmaria, a casa mais próxima deve ficar a mais de três quilômetros. Mato por todos os lados. Não há nenhum pouquinho de vento, tudo está completamente parado”.
Valdivino sabia que havia algo de errado, mas não conseguia saber o que era, tinha algo de estranho naquele lugar, mas o que era que estava errado? Olha para o açude e pensa: “Não há garças, nem socos, garças mouras, Martin pescador, mas devia ter algum desses pássaros, um açude tão lindo”
Começa a notar que no local não há um único pássaro, não vira também nenhuma preá, nem um ratão do banhado, nenhum lagarto, ou cobras. Pensava: “Que estranho, não há pássaros, nem pequenos animais ou répteis, nada se move neste lugar!”
Ele olha para os dois morros. Naquele momento, o sol projetava uma grande sombra, produzida pelos morros, um raio de sol cruzava por uma fenda existente no morro da esquerda, estando o observador na casa a contemplá-los. Fixa o olhar no feixe de luz, que parecia cruzar o morro. A luz projetada vai iluminando a mata, como fosse o foco de uma imensa lanterna, a luz vai se aproximando no sentido da fenda, e, após mais ou menos uns quinze minutos, ela estava totalmente oculta, agora a fenda se confundia entre a vegetação, e era difícil achá-la. O observador olha no sopé do morro e vê inúmeras árvores centenárias, mas as que mais lhe causava espécie eram as figueiras. Uma delas com sua estrondosa copada, com mais de trinta metros de diâmetro, formava uma imagem rara. Dela pendiam parasitas os quais vulgarmente eram chamados de barba de velho, pela sua forma e cor cinza-claro. Outra formava uma copada impressionante, eram três espécies em uma só. Havia um velho cinamomo, que abrigara uma figueira, que após a fase de parasita, tinha estendido suas raiz até o solo, e já tinha um caule mais robusto que o caule do hospedeiro. Ainda, uma terceira espécie chamada vulgarmente de erva de passarinho. Esta sim é permanentemente parasita, com suas partes trançadas aos galhos, tanto da figueira como do cinamomo, sugavam a seiva que a alimentava. O conjunto das três árvores abrigava, outros parasitas, tais como: barba de velho, orquídeas e uma espécie de palma. Sem dúvida, era uma imagem rara, que manteve a atenção de Valdivino por um bom tempo.
Diversas semanas se passaram, Valdivino, com os seus 65 anos de idade, e fazendo serviços em má posição, sentiu uma dor na coluna, levando-o a consultar um médico amigo seu.
- Bom-dia, Valdivino! - disse o Doutor Newton, médico ortopedista. – Disseram que compraste a chácara do Advogado Arlindo?
- É verdade.
- Cuidado, dizem que o lugar deixou o advogado fora da casinha!
- É verdade? O que é que aconteceu com ele?
- Ele dizia que nos finais de semana em que passava lá, via coisas as quais não entendia!
- Dê-me um exemplo?
- Barulhos estranhos, como algo se movimentando com grande velocidade, via o antigo morador, o velho Edvino, e por aí afora.
- Bom, realmente esse advogado deve estar “fora da casinha”, pois eu já estou lá há mais de sessenta dias e nada vi.
- Não subestime o Doutor Arnildo. Morou lá uns dois anos, sem acontecer nada de estranho.
- Mas, me fale sobre esse tal de Edvino, o senhor o conheceu?
- Sim, ele era um homem de grande inteligência, tinha dotes incomuns, curava doenças para as quais a medicina não tinha remédios. Dava conselhos a qualquer um que o procurasse com um problema, dizem que as soluções que dava aos problemas eram sempre as melhores formas para resolvê-los.
- Não entendi! Que tipo de conselhos ele dava?
- Eu tive conhecimento de um caso ocorrido com um amigo meu que, em certo momento da vida, se viu obrigado a procurar os conselhos de Edvino. Esse meu amigo recebeu de herança de família uma casa de comércio de tecidos a metro e uma alfaiataria. Com a modernização, os ternos ficaram menos procurados, os tecidos em metros também perderam mercado para as roupas pré-fabricadas, do tipo “Berta Porte”. Ele tinha três alfaiates e dois atendentes, todos com tempo de serviço, portanto, com direito à indenização. O conselho de Edvino foi no sentido de mudar o foco do seu negócio. Ao invés de fabricar trajes de passeio masculino, passar a fabricar camisas e calças para vender aos comerciantes. Na nova empresa, os empregados seriam sócios, entrando com uma cota correspondente ao tempo de serviço que tinham no negócio anterior. O meu amigo fez tudo o que Edvino lhe aconselhara, e hoje ele e seus sócios são donos de uma próspera empresa. Outro caso que tive conhecimento foi o do Senhor Miguel Salum, apresentava um problema estomacal grave, eu mesmo o tratava sem obter êxito. Ele foi aconselhado por mim a procurar o curandor. Ele indicou um tratamento à base de ervas, as quais colheu na sua própria chácara. Em três meses, o Senhor Miguel Salum não sentia nada e podia comer de tudo.
- Mas, eu quero saber mais sobre ele! Dizem que ele desapareceu repentinamente?
- Falou-se muito a respeito, mas nada foi comprovado. Edvino simplesmente, em num certo dia, desapareceu, sem deixar vestígios. A chácara foi vendida por diversas vezes, até que foi vendida para o advogado. Isso é tudo o que sei sobre o lugar e seus habitantes. Mas sugiro que fales com o Doutor Arnildo. Ele poderá lhe prestar informações sobre o que o levou a vender a chácara.
- Está certo, qualquer dia deste eu o procurarei.
Passados alguns dias, Jackes Valdivino, vai ao escritório do Doutor Arnildo.
- Bom-dia Doutor Arnildo! Está lembrado de mim?
- Oh, como não! O comprador da chácara não é?
- Isso aí!
- Mas em que lhe posso ser útil?
- Vim por causa das cercas, o senhor é meu lindeiro em dois lados da chácara e, justamente nesses lados, não há cercas nas divisas. Como eu vou colocar animais, vacas, cavalo e ovelhas? Com certeza, eles invadirão o seu espaço. Eu quero ver se o senhor quer mediar às cercas. Eu posso construí-las, se o senhor quiser, e depois apresentar-lhe a conta.
- Tudo bem, você faz tudo e me apresenta a conta da metade, obviamente.
- Está certo, Doutor. A propósito, Doutor eu estive conversando com pessoas que me disseram coisas sobre aquele lugar. Eu posso lhe assegurar que eu achei tudo muito calmo e sem qualquer senão.
- Entendo, mas o que as pessoas lhe falaram?
- Um mecânico me falou sobre tal Edvino Menezes, que era curandor e conselheiro, que teria desaparecido, etc.
- E de mim, o que foi que lhe falaram?
- Que nos primeiros dois anos o senhor ia todos os finais de semana para a chácara e, de repente, não mais quis ir e colocou-a a venda. Que teria visto coisas estranhas no lugar.
- Eu jurei a mim mesmo que não falaria mais sobre esse assunto. As pessoas para as quais falei a respeito, me tomaram como doido.
- Eu sou um interessado no assunto, veja bem, eu comprei a chácara, e, como comprador, tenho o direito de saber tudo sobre o lugar.
- Está bom, mas você irá me prometer que não vai falar para ninguém, e nunca mencionará o que lhe contei. E mais, que não irá desfazer o negócio.
- Prometo tudo o que está pedindo, sou todo ouvidos.
- Comprei uma área de quarenta hectares e, nos dois primeiros anos, passava lá praticamente sozinho, pois minha mulher e meus filhos não gostavam do lugar, preferindo passar na cidade. Porém, eu que mantinha dias atribulados, tanto no trabalho como advogado como em outros negócios, buscava lá paz e sossego. Trabalhava na terra, ajardinando, fazia também trabalhos de reparação na casa e nos galpões. Certa noite, passavam das dez horas, eu já estava me preparando para dormir, quando tudo começou.
O barulho era uma espécie de “zuuum”, como se algo estivesse se movimentando em altíssima velocidade. Nunca me considerei um homem de coragem, mas também não sou assustado. Abri a porta e desci até o alpendre, o objeto que deveria ter aproximadamente uns vinte centímetros de diâmetro. Ele parava e abria uma espécie de lente, provavelmente, para me observar. Em ambas as laterais, havia partes que se moviam tão rápidas que não se podiam ver. Quando partiu, foi num movimento tão brusco, que tive a impressão de que teria simplesmente desaparecido instantaneamente. Apenas pude constatar que teria partido dado ao deslocamento de ar e o ruído proveniente desse deslocamento.
Na semana seguinte, preparei uma rede de tela de aço e a coloquei no alpendre, onde ele havia passado.
Às 22 horas, ouvi um “zummm” no alpendre, corri para ver se o tinha apanhado na rede de aço. O meu espanto foi tamanho, pois a tela tinha sido simplesmente derretida no local onde ele passou. Ele se aproximou de mim. A lente abriu, com uma espécie de olho como eu nunca tinha visto. A lente virou para a esquerda, onde estava a tela, e uma espécie de raio laser foi lançado, derretendo os pedaços de tela que restara. Entendi aquele gesto como uma ameaça a minha integridade física. Entrei e fechei a porta. Contei isso a algumas pessoas, que não acreditaram e me taxaram de louco, o que me levou a não tocar mais no assunto e a colocar o sítio à venda. Essa é a história, espero que o senhor não se sinta prejudicado na compra do sítio, querendo desfazer o negócio.
- Não, não, absolutamente não. Agora é que tenho mais interesse no sítio. Eu adoro coisas intrigantes.
Na semana seguinte, Jackes Valdivino, comprou uma égua, duas vacas prenhas e um boi lavrador. Os animais foram transportados pelo Senhor Ernildo que, quando lá chegou, perguntou:
- Senhor Jackes Valdivino! Este não é o morro da Mariazinha?
- Sim, este é o morro da Mariazinha!
- Dizem que aqui morou um fulano de tal chamado de Edvino, que era curandeiro e conselheiro, além de benzedor. Ouvi contar que ele tinha sido abduzido por um disco voador. Mas isso é história da Carochinha, crendices do lugar. Mas como diz o velho ditado “não creio em bruxas, mas que elas existem, existem!”
No mesmo dia, ele foi a uma agropecuária, comprar um conjunto de encilha para cavalgar. Após haver efetuado a compra, a dona do estabelecimento, querendo ser gentil, disse:
- Gosta de cavalos, Senhor Jackes?
- Sim, mas é para os meus netos andarem, sabe como é, crianças adoram cavalgar.
- Onde é o seu sitio?
- Comprei do Doutor Arnildo. Fica no sopé, do outro lado do morro da Mariazinha
- O senhor não tem medo? Dizem que o morro da Mariazinha é mal-assombrado.
- Não! Não, eu sou a sombra. Mas o que é que aparece lá?
- Dizem que aparecem coisas estranhas! Mas não há provas disso.
- Prometo que se eu encontrar alguma assombração, eu venho aqui lhe contar.
Alguns dias se passaram, sem que nada de anormal tivesse acontecido no lugar. Para Jackes Valdivino, era a prova cabal de que tudo o que se contava sobre a localidade era pura invenção, ou “estórias para boi dormir.” A não ser o fato de um casal de cavalos haver mudado o seu comportamento. Ficaram estranhos, de repente, erguiam a cabeça, levantavam as orelhas e ficavam quietos, para, logo em seguida, saírem em disparada. Aparentemente, nada havia de estranhos, ou ao menos que Jackes Valdivino pudesse ver ou ouvir.
Naquele dia, passava das 22 horas, o morador deitou-se. E, quando tentava conciliar o sono, ouviu sons estranhos, parecia o tropel de uma imensa tropilha de cavalos, ou uma imensa queda de granizo. O habitante do lugar correu para fora da casa, à procura do que estava acontecendo. Olha e vê um imenso clarão que, vagarosamente, surge detrás da grande figueira da encosta do morro. Luzes oscilantes iluminam a grande árvore. Jackes Valdivino não conseguia fazer suas pernas pararem de tremer. Um torpor tomava conta de seu corpo, a adrenalina despejada em sua corrente sanguínea lhe daria forças suficientes para correr ou para enfrentar o desconhecido. Nem uma coisa nem outra. Ele parecia petrificado e preso ao solo pelos grilhões invisíveis do medo.
As luzes foram diminuindo até sua total extinção. O incauto agora podia respirar aliviado. Aos poucos, os tremores nas pernas cessavam, sua garganta apertada se soltava, o suor em suas axilas diminuía paulatinamente. Adentrou na casa, abriu o refrigerador e tomou, em grandes goles, um copo de água bem gelada. Somente conseguiu conciliar o sono perto das 5 horas da manhã. Às 7 horas levantou. De imediato, foi para fora da casa, olhou para a grande figueira, tudo calmo, nada, absolutamente nada se movimentava. Ele se pergunta: “Teria sido um sonho? Não!” Lembrava perfeitamente que, por diversas vezes, tinha olhado pela janela do quarto e consultado o relógio, tudo tinha sido real.
Passavam das dez horas da manhã, quando ele ouviu um som muito parecido com a passagem de um avião supersônico, o deslocamento de ar causava um barulho como um estrondo, seguido de um zunido feito pela passagem de um objeto em alta velocidade. Ele corre ao pátio que circundava a casa, o “zzzuuuummmm” passava quase que invisível por ele. De repente, pára a sua frente, e ele observa atentamente. Como o Doutor Havia descrito. O objeto de forma esférica, parado a sua frente. Em ambas as laterais, algo se movia como fossem as asas de um colibri, imperceptíveis. Da parte frontal, sobressai uma espécie de lente que, telescopicamente ajusta o foco.
O observador se encontrava paralisado pelo espanto, e pensava:
- Mal não irá me faze. Se quisesse já o teria feito, vou tentar me comunicar com ele.
- Sou Jackes Valdivino Mendonça, proprietário deste espaço, em que lhe posso ser útil?
- Sou a unidade avançada x45 de reconhecimento.- disse uma voz metálica.
- Mas o que quer de mim, em que lhe posso ajudar?
- Neste lugar, está localizado um dos vértices do triângulo de inserção cósmica, e, por isso, foi escolhido pela comissão nomeada para julgar a humanidade, através de um sorteio, que determinou a latitude e longitude deste lugar. Os humanos que habitassem este lugar seriam julgados por todos os seus atos, ou seja, os atos insanos da humanidade. Houve outros que simplesmente fugiram diante da responsabilidade. Hoje você é o da vez. Espero que não nos decepcione, ou seja, não decepcione a sua espécie. O tempo urge, você é o último a ser sondado, está com a responsabilidade de salvar ou condenar a humanidade.
- Mas veja, eu sou um simples ser humano, não sou dotado de inteligência para assumir tais responsabilidades!
- As regras do jogo não podem ser mudadas. Ou você assume o encargo, ou a humanidade será considerada sumariamente culpada. O julgamento ocorrerá de qualquer forma, com ou sem a sua presença. Esteja esperando amanhã, às 10 horas da manhã, viremos buscá-lo. Esteja pronto e não nos decepcione.
O objeto simplesmente desapareceu, deixando Jackes Valdivino Mendonça coçando a cabeça, em sinal de espanto.
NOS PRIMÓRDIOS DOS TEMPOS
Quaternário do pleistoceno. Um ser primitivo se move em quatro patas, mais parecendo um macaco. O ser de longe observa uma aparição.
A aparição é uma espécie de cilindro, que se encontra no sentido vertical, com um diâmetro de mais ou menos um metro por dois metros de altura, e no seu costado aparecem imagens as quais o primitivo ser observa com admiração. O primitivo assustado se afasta e chega à aldeia, fazendo grande estardalhaço. Logo retorna ao achado, acompanhado de um grupo de seus semelhantes.
Quando próximos daquela espécie de holograma, todos ficam espantados, pulam e gritam ao seu redor. Ficam a observá-lo por algum tempo e resolvem se aproximar cada vez mais. Eles observam que o estranho objeto está crescendo, já possui dimensões bem maiores das que foram avistadas. Outros seres de outros grupos, se aproximam, já há centenas deles. O holograma já cresceu e atinge dimensões com mais ou menos cinqüenta metros de diâmetro e três metros de altura. Os primitivos ficam cativos da aparição e logo começam a penetrar em seu interior.
- Milhares de anos depois:
Uma esfera alada, com diâmetro imensurável, se aproxima do sistema solar. No seu interior, estão os membros da "Confederação Intergaláctica", liderada pelo Comando Ashtar, que consiste em uma organização de seres espaciais, que ajudam as raças, protegendo-as ao longo do tempo. Ou fazem correção de rumo. E, em casos especiais, praticam a desocupação.
O grupo e formado por representante dos Andrômedas; Arturianos; Arianos; Azuis; Centaurianos; Lirianos; Plêiades; Sirius; Greys e Reptilianos. Tais seres, com formas diversas, discutem os resultados da implantação feita a milhares de anos no planeta Terra. Um grupo de estudo foi enviado ao planeta para estudar os seres que resultaram das misturas genéticas de seres primitivos com seres superiores. Três correntes se juntaram às dos radicais, que afirmam que o homem, produto da mistura genética de seres primitivos com raça superior, não deu certo, gerando uma espécie de seres de mediana inteligência, porém, não civilizados. Pedem ao conselho que seja feita a desocupação, pelo método rápido, que consiste em contaminar todas as fontes de água, com uma bactéria que, em três dias, exterminaria a humanidade. A dos moderados defende o princípio da desocupação lenta, que consiste em semear uma bactéria que contaminaria todos os seres humanos, tornando-os estéreis. Com isso, em apenas cem anos, a humanidade seria extinta. Os pacifistas defendem a tese de que o homem, fruto da semeadura do espaço, é composto de seres bons e maus, que os bons não devem pagar pelos maus. Que a missão deve apenas corrigir o rumo, tornando a humanidade unida e fraterna.
O conselho resolve que seja feito um sorteio, de um determinado lugar no planeta, com a definição da longitude e a latitude do lugar, levando em conta os triângulos de inserção cósmica. Os seres humanos que viverem nesse lugar serão os representantes da humanidade, sendo julgados por todos os crimes ocorridos no planeta.
Jackes Valdivino Mendonça, quase não pregou olho naquela noite. O dia amanhecera, uma bela manhã, o sol mal despontara no horizonte e o nosso representante já estava desperto. Entre um afazer e outro, pensava:
- Estou ralado, o que me espera nesta manhã tão linda? Para onde serei levado, o que devo fazer quando chegar a hora?
Às 10 horas em ponto aparece, na frente de Jackes Valdivino, a esfera alada, cuja voz metálica diz:
- Senhor Jackes Valdivino! Está pronto?
- Sim! Estou.
- Pois então se dirija até o pasto, a mais ou menos nove metros da casa, feche os olhos, não para que não veja, e sim, para que a luz que irá transportá-lo não possa ferir os seus olhos.
Jackes Valdivino cumpriu as ordens, colocando-se no lado de fora da casa, como tinha sido determinado. Uma luz de altíssima intensidade, parecendo vir do céu, envolveu o seu corpo por inteiro, e ele começou a flutuar no espaço, como se fosse uma pena. Alguns segundos mais tarde, seu corpo parou de flutuar e ele se encontrava dentro de uma câmara de pequena dimensão. Uma ampulheta, nesse momento, foi virada, sem que sequer alguém a tocasse, e a areia começava a correr. Sobre uma pequena mesa, uma caveira e dois ossos longos cruzados, uma estranha vela, que gerava uma chama azul, deixava o ambiente lúgubre. Um papel, uma caneta sobre a mesa, lhe induzia a fazer o seu testamento. Seu sistema nervoso se ativara, o suor frio lhe corria das axilas, seu ritmo cardíaco disparara. Ele sabia que tinha que se acalmar, senão seu estado emocional poderia lhe levar a um enfarto. Fecha os olhos, respira lentamente e, em profundidade, induz o seu pensamento a uma situação agradável. Lembrava-se de quando ainda era criança, nos matinês aos domingos, em que assistia os seriados do Flash Gordon, onde o herói enfrentava o rei Minge, no planeta Mongo. Lembrava-se de que na entrada da matinê, trocava gibis com os demais habitués.
Passaram-se mais de trinta minutos, de uma espera inquietante, a areia já chegava ao fim. A porta fora aberta, uma figura estranha se aproximou, estava coberta por uma capa negra, na cabeça havia um capuz que lhe cobria toda a cabeça. Esta lhe disse:
- Eu sou o guardião da câmara de reflexões. Devo levá-lo até a sessão da federação intergaláctica. Por favor, me acompanhe.
A grande porta do templo fora aberta, Jackes Valdivino, conduzido pelo guardião, adentra no templo, sendo colocado entre duas colunas. Nesse momento, seus olhos viram que seus pés estavam apoiados num piso, formado por peças brancas e peças pretas, de mais ou menos trinta por trinta centímetros. A sua direita e a sua esquerda havia colunas, que nada suportavam, em seu cume, havia apenas romãs. Três cores predominavam no ambiente: o preto, o branco e o vermelho.
Ele estava entre as colunas, que deveriam ter cerca de três metros de altura. Nas laterais de cada coluna, um púlpito em forma retangular, um castiçal com três luzes. A sua frente, um corredor em cujas laterais havia cadeiras. No final do corredor, uma diferença de nível, que era alcançado por três degraus vermelhos, uma espécie de cerca, estranhamente decorada e pintada de branco com linhas vermelhas, protegia a parte mais elevada. Uma espécie de altar, todo em vermelho escuro, ostentando a letra G. Sobre o altar uma mesa e, atrás dela, três cadeiras. Havia um púlpito, na forma triangular, e em cima uma lamparina com três luzes de pouca intensidade. No centro, uma mesa retangular, com três cadeiras, e sobre a mesa três luzes de pouca intensidade. As quatro paredes, que fechavam o retângulo, tinham a mesma altura das colunas. Como cobertura, o céu azul, onde estrelas mil eram vistas. À direita e à esquerda da mesa, outras mesas retangulares, sem iluminação, com diversas cadeiras em ambas as laterais. Na grande sala retangular, apresentando dimensões de mais de quarenta metros, da frente aos fundos, com uns vinte metros de largura, sem contar com a parte mais elevada, que deveria ser de um quadrado de 10X10 metros, completavam o cenário.
Naquele momento, no grande complexo, apenas Jackes Valdivino. Ele tentou afastar-se das colunas, mas seus pés estavam como pregados ao solo, não conseguia se movimentar. Estava preso entre as colunas. De repente um som muito agradável, porém não se parecia com nada que conhecesse, começa a ser ouvido. Três pancadas fortes retumbaram na grande porta as suas costas. Jackes Valdivino se vira, sem retirar os pés do solo, e vê a porta se abrir. Um grande cortejo, que se prepara para adentrar na câmara, todos com uma espécie de capa preta. O cortejo começa a entrar na câmara por ambos os lados de Jackes Valdivino. Os atores vão se colocando nas cadeiras laterais da câmara. Os últimos sobem os três degraus e colocam-se na parte elevada. Os três que fechavam o cortejo sentaram-se junto à mesa central, outros dois já sentados na frente das mesas das laterais, e outros nas cadeiras laterais do elevado.
Do altar projetado à frente da câmara, uma figura se levanta: Ashtar Sheran, do planeta Methária , da constelação de Alfa de Centauro. Seu nome é uma função cósmica cujo significado é "o Sol que mais brilha" ou “a Luz que desce às consciências dos seres.” Ele é um ente de evolução arcangélica, que aceitou como missão ajudar as raças a transpor as barreiras dimensionais da terceira dimensão. É o Supremo Comandante das Operações Cósmicas. Ele organiza missões de auxílio aos planetas, em período de transição planetária e grandes transformações mundiais. É responsável pelo perfeito sincronismo na elevação de freqüência dos Planetas, conduzindo-os à nova dimensão. Está diretamente envolvido com o resgate planetário, conduzindo os Seres ao despertar da consciência interna, chamando-os à responsabilidade sobre si própria. Ele é o Comandante Maior de milhares de naves estrelares que formam o Comando Ashtar. Ele é um Alto membro da Confederação Intergaláctica Cósmica. Esta Federação dos Mundos trabalha em conjunto e perfeita harmonia com a Grande Fraternidade Branca Universal. Ele também é o encarregado, em caso de desocupação, de selecionar as espécies para salvamento, utilizando naves de imenso tamanho retiram as espécies a serem preservadas e, em muitos casos, os seres bons da raça a sofrer a desocupação.
Com um malhete, bate em uma campânula a sua direita, sobre a mesa, e diz:
- Membros do Asthar, a partir deste momento, tem início à avaliação dos humanos que ocupam o planeta Terra. Nosso conselho se preocupa com os rumos que a humanidade terrestre está escolhendo para seu processo evolutivo. Desejam, a Confederação Intergaláctica e os Seres Multidimensionais dos diversos sistemas estelares envolvidos no processo de auxílio à Terra, verificar o nível de consciência de luz que está em vigor atualmente. Em pé e a ordem, membros da Confederação Intergaláctica, Sereníssimos Comandantes do Ashtar. Anunciai em vossas câmaras, assim como eu anuncio neste meio, que procederemos ao julgamento de todos os membros da humanidade, pelos crimes contra a integridade do planeta, que ocupam há milhares de anos.
Alertamos que todos os astros, cujas condições ímpares propiciam a existência de seres vivos, não pertencem a eles, e sim, ao cosmo, e que os seres hoje viventes poderão ceder lugar a outras espécies, que devem encontrar um hábitat íntegro, capaz de suportar a vida por longínquos tempos.
Ao lado da coluna da direita, em um púlpito triangular, coberto com um pano vermelho-escuro, encontra-se um ser identificado como da espécie Arturiana, baixo, medindo, aproximadamente, um metro, magro, parecendo-se muito com os outros dois que ficavam ao seu lado. Sua pele é de cor esverdeada, e possui Com olhos muito grandes e amendoados, apresentando apenas três dedos e habilidade para mover objetos com suas mentes telepáticas.
Ao lado da coluna da esquerda, encontra-se um Greys, um ser que tem em torno de um metro e vinte centímetros de altura, muito magro, olhar delicado, de baixo peso, olhos negros extremamente penetrantes e inclinados, sem pupilas, vestígios de boca e nariz, cabeça muito grande, com queixo pontiagudo. A cor da pele é cinza escura, não havendo pêlos em seu corpo.
O anúncio prossegue entre as duas câmaras, da mesma forma que foi anunciada pela máxima autoridade. Prossegue a máxima autoridade:
- Se encontra entre colunas, como representante único da humanidade, aquele que se chama de Jackes Valdivino Mendonça, único morador do lugar apontado no sorteio, que levou em conta a latitude e a longitude do lugar. Sereníssimo guarda da lei Ashtar, queira formular as acusações que pairam sobre a cabeça do réu.
- Pelos direitos e deveres a mim conferidos pela Confederação Intergaláctica, acuso o réu dos seguintes crimes contra o planeta no qual está provisoriamente habitando e outros crimes contra as demais espécies e também contra a sua própria espécie, a seguir mencionados:
- Por tornar imprópria para o uso grande parte do manancial de água potável, levando à extinção de inúmeras espécies.
- Por modificar as sementes da maioria dos cereais, impossibilitando que outras espécies possam vir no futuro, a habitar o planeta, utilizando-se delas como fonte de alimento.
- Por criarem armas capazes de destruir o planeta.
- Por destruir grande parte da proteção natural, que impede as emanações solares, causando males às espécies vivas do planeta.
- De manter uma indecente desigualdade entre os próprios seres humanos, muitos esbanjando as riquezas do planeta e outros sem terem ao menos o que comer.
- E, finalmente, o ser humano é acusado de ser mesquinho, individualista, avarento, impiedoso, com índole assassina. Único ser que mata pelo simples prazer de matar.
Jackes Valdivino, cabisbaixo, ouviu tudo sem se pronunciar.
A autoridade máxima, ao final da acusação, bate na campânula, três vezes, e diz:
- O acusado tem a palavra para a sua defesa:
- Desculpem, mas nem sei como devo tratá-los. Sou um homem rude, de mediana inteligência, não estou à altura para representar toda a humanidade. Tudo o que foi dito é verdadeiro, todas as acusações são pertinentes. Mas desejo requerer assistência judiciária de alguém que tenha igual conhecimento das leis do universo.
- Seu requerimento é justo, por isso nomeio o sapientíssimo agente dos Plêiades, com a incumbência de defendê-lo.
Nesse momento, Valdivino ouviu uma mensagem telepática que dizia:
- Senhor Jackes Valdivino, eu sou o plêiade que irá lhe defender. Tenho um grande conhecimento sobre os humanos, usarei estes conhecimentos para orientar a sua defesa. Primeiramente, devemos treinar nossa comunicação telepática. Sei que você está compreendendo as mensagens que lhe estou enviando. No entanto, temos que entender as mensagens que você quer me enviar. Apenas pense, isto é, fale sem emitir sons, eu os assimilarei. Agora, diga alguma coisa, faça alguma pergunta!
- Como deverei chamá-lo?
- Sou da espécie Plêiade, me chamam de Ardoc, que quer dizer, na sua língua, ardiloso.
- Se entendi bem, você me orientará na defesa, mas eu é que deverei me defender?
- É isso aí! Não devemos ter pressa, primeiro eu lhe faço a colocação dos argumentos de defesa, você os examina e se concordar com eles, pronuncia-os em voz alta a todos os jurados.
- Não!Não, será necessário, eu vou confiar em você, pois eu sozinho não tenho condições de defender a humanidade.
- Bem, a decisão é vossa! Devemos desenvolver uma tese para a defesa.
- O réu está preparado, após ouvir as acusações, para proceder a sua defesa, sob a orientação do Plêiade Ardoc?
- Sim, nós estamos preparados! - respondeu Jackes Valdivino.
- Digníssimo representante dos radicais! Tendes a palavra para procederdes à acusação.
O relator dos radicais começa a sua dissertação sobre o resultado das investigações feitas em diversas partes do planeta, por seus enviados.
“Quando analisamos as diferenças sociais entre pessoas, numa mesma cidade, entre cidades, entre regiões, entre países, verificamos que existe uma grande anomalia, uma vez que não podemos entender como estão tão distoantemente diferentes uns dos outros”. Essas diferenças são causadas pelos conceitos atuais de valor. O valor maior é dado para o moderno, o que tem maior tecnologia. Criou-se a idéia geral de que o moderno, o prático, o que faz mais rápido e com menos esforço físico é o melhor. Acontece, porém que, valores importantes foram esquecidos ou relegados a segundo plano, o que resultou o momento atual, de grandes diferenças sociais. Uns desenvolveram-se muito, considerando ditos valores como sinal de desenvolvimento. Outros não alcançaram o mesmo nível de crescimento, não porque quisessem, mas por falta de oportunidade, por falta de competência, ou outro obstáculo qualquer, mas o desejo de alcançar aquele nível de evolução era o almejado.
Para alcançar esses valores foram esquecidos conhecimentos, leis naturais e a Natureza não foi considerada. Os seres humanos pensaram ser independentes da Natureza, ao ponto de, até mesmo, tentar modificá-la usando artifícios que, a princípio, parecem possíveis, mas, com a continuação, observa-se que é um fiasco. Os humanos agem tal qual um vírus que se aloja em um hospedeiro e multiplica-se tanto, até o ponto de destruir o alojador. Quando este morre, morrem todos os vírus que fizeram com que o indivíduo que os abrigava morresse, levando-os todos à morte. Esquecem os seres humanos que, quando o planeta morrer, todos eles morrerão.
Os países que mais se desenvolveram aproveitaram a superioridade técnica em relação aos demais e passaram a tirar proveito. Para os conceitos de valores, os ricos passaram a ficar mais ricos e os pobres mais pobres. Toda inovação tecnológica, nas diversas áreas, usavam os países pobres como cobaia. Até para sobras de produtos químicos, que serviram para fabricação de armas e munições, foram encontradas outras utilidades, como adubos químicos, herbicidas. Foram usadas várias estratégias e os agricultores eram obrigados a comprar o "pacote". Os financiamentos bancários só poderiam ser concretizados com a aquisição de tais produtos. Com os adubos químicos, o solo foi prejudicado, e com ele todos os alimentos, a população a cada dia mais doente pelas deficiências dos alimentos. Ajudadas também pelos resíduos deixados por herbicidas, agrotóxicos, foi criada a idéia de valorizar o dinheiro, quem tem o dinheiro, é o superior, domina, é obedecido. A natureza não é nem lembrada quando se precisa fazer algo. Não importa que ou qual agressão. O importante é alcançar o objetivo.
As grandes empresas, as multinacionais, adquirem tudo, desde o código genético de sementes, passando por apoios governamentais e conhecimentos antigos de índios, para tirar proveito e maiores lucros. Elas aperfeiçoaram os códigos de patentes e tudo passou a ser patenteado para conseguir “royalties”. Modificaram o código genético de sementes para condicioná-las à ação de determinados produtos de sua fabricação. Essa falta de respeito, para com a natureza e a vida, trouxe conseqüências imprevisíveis.
Eles são seres conscientes, com capacidade de criar, de desenvolver. Por que não conciliar o modernismo dentro de limites que se enquadrem e levem em primeiro lugar os ditames da Natureza?
Será que para viverem bem, precisam de tudo que os colocam como necessários, imprescindíveis, ou são iludidos e conduzidos por sugestões que despertam e aguçam os sentidos físicos, de tal modo a serem induzidos a desejar, criando a chamada inversão de valores, tornando-se ambiciosos incontroláveis, capazes de perder o senso do que é certo e do que é errado, para conseguir o motivo do desejo?
O insucesso da aquisição se foi por causa do dinheiro. Fica a vontade de conseguir mais dinheiro, gerando a ambição, a inveja. Por que outros conseguem adquirir e ele não? É um fenômeno que só faz muito mal para o indivíduo, sendo responsável pela troca de importância. Valoriza-se o lucro, o dinheiro, a ambição. Quem é rico deseja ficar mais rico. O dinheiro está acima de tudo. O amor, a paz, a tranqüilidade, até mesmo a saúde, foram postos de lado e a imperar ficou o dinheiro, não importa de quem vem, alguns ainda respeitam e valorizam a honestidade, outros, porém, não conseguem resistir à tentação. Isto por um lado gera a ambição, a inveja, o desejo incontrolável de tudo possuir, e como nunca atinge o limite máximo, deixa como saldo a angústia e o sentimento de não se conformar com o insucesso, trazendo repercussões para a saúde.
Este processo de ganância envolve países, empresas, empresários, colaboradores, clientes, todos, e, como resultado, temos a inversão de valores, a falta de respeito à natureza; podendo-se constatar com facilidade que, quanto mais rico, mais se está afastado das coisas naturais e, portanto, mais afastado da natureza. Os menos ricos, como também os mais pobres, estão mais aproximados da natureza, não por mérito, mas, por incompetência ou falta de oportunidade. No entanto, o desejo geral é alcançar o nível de Primeiro Mundo, com raríssimas exceções.
A escala da riqueza classifica em somente dois mundos: o primeiro e o terceiro mundo. Porque a diferença de poder e riqueza entre os povos é tão grande, que foi suprimido o que seria o segundo mundo. A cada dia, o primeiro mundo torna-se mais rico, mais poderoso. Até quando esse processo poderá continuar?
Os sinais de fadiga e esgotamento da natureza são visíveis e palpáveis. Os rios, as matas, os animais, tudo está apresentando sinais de que não podem continuar as agressões, sob pena de haver grandes transformações, de modo a reverter o processo.
A Revolução Tecnológica fez o ser humano trocar a paz, a calma e a harmonia, pela ganância, inveja, pela vontade de tudo possuir, ao poder de quem tem mais dinheiro. Tornou uns muito ricos e outros muito pobres. Em resumo, estas são as acusações que pairam sobre o réu. Muitas outras poderiam ser enumeradas, mas levariam dias de narração, o que se tornaria enfadonho para todos.
O graduado dá três batidas com o malhete na campânula e diz:
- Concedo a palavra ao réu, para proceder a sua defesa:
Nesse momento, Jackes Valdivino, que até então se encontrava focado nas acusações, tenta entrar em contato com o seu interlocutor telepático.
- Eminência Ardoc, está me ouvindo?
- Sim, Senhor Jackes! Proponha a inversão da acusação. Faça-o imediatamente, depois eu explico! Repita o que eu vou dizer:
- Sereníssimos, magnânimos e, os três vezes poderosos, membros da Confederação Intergaláctica!
Eu, Jackes Valdivino Mendonça, na qualidade de representante de todos os humanos, venho, com o mais profundo acatamento, propor como prosseguimento desse julgamento o seguinte: que seja usado o princípio da inversão da acusação neste julgamento!
Houve um murmúrio generalizado, Jackes Valdivino continuou:
- Eu acuso os seres evoluídos, que fertilizaram seres primitivos, de comportamento indigno, a pegarem estes seres e alterarem o seu DNA. Eu acuso os seres evoluídos de, após fertilizarem com alterações genéticas, terem abandonados os seres primitivos a sua sorte, sem qualquer avaliação da eficácia de sua obra. Eu acuso os seres evoluídos de terem criados seres que, por força de seu DNA, estão dilapidando o patrimônio universal, que é o planeta Terra. Ao final, acuso os seres evoluídos de, após terem criado seres sem os cuidados necessários para a sua evolução e respeito para com o bem universal, de agora quererem se livrar deles, ao invés de corrigirem suas falhas. Não menos importante é o fato de que há muito tempo vem se formando uma consciência entre nós, humanos, de que devemos preservar o planeta. Muitos governos e entidades não governamentais trabalham incessantemente para que a atmosfera e os recursos hídricos sejam preservados, países estão investindo grandes recursos para tratar os efluentes. O tratado de Kioto prevê a eliminação gradativa dos gases que destroem a camada de ozônio. Enfim, a humanidade não é perfeita como vocês, mas está tentando se aperfeiçoar.
Nesse momento, Jackes Valdivino recebe uma mensagem telepática do Plêiade Ardoc, que lhe diz:
- Bravos, Senhor Jackes, você seguiu à risca as minhas instruções telepáticas. Agora veremos como eles digerem tudo o que lhes foi dito. Aliás grandes verdades, diga-se de passagem.
- Receio que tenhamos exagerado. Não sabemos como receberão nossas acusações.
Em seqüência, o Comando Ashtar, presidido por um Arturiano, bate na campânula três vezes, o que é repetido pelos comandos das demais câmaras, e diz:
- Em pé e à ordem, membros da Confederação Intergaláctica!
Todos se levantam. Com ambas as mãos erguidas à altura da cabeça, formando um esquadro entre o braço e o antebraço.
- Sereníssimos Comandantes do Ashtar, anunciais em vossas câmaras, assim como eu anuncio neste meio, que está em discussão as acusações feitas pelo representante da humanidade, e que ele abandonará o recinto.
A mesma mensagem é repetida pelos comandantes das demais câmaras. Uma forte luz surge sobre a cabeça de Jackes Valdivino. Ele começa a flutuar e logo se encontra em uma sala, onde a escuridão era absoluta. Começa a andar com a mão direita à frente, até que acha um objeto, apalpa-o e conclui que se trata de uma cadeira, contorna o utensílio e senta. Imagina quanto tempo terá que permanecer em tão negra escuridão e pensa tenho que manter a calma, pois o controle emocional é importante nesses momentos. Suas lembranças o levam à infância. Não sabe precisar que idade tinha, pois a memória o traíra, época em que passara por uma situação quase que idêntica. Devia ter uns quatro ou cinco anos de idade, época em que dormia no quarto de seus pais, em uma pequena cama que teria sido de um primo seu, bem mais velho que ele. Seu pai desligava a luz de cabeceira e ele era engolfado por uma negra escuridão. O medo lhe causava um frio na espinha, virava-se na cama, de um lado para o outro, sem parar. Seu pai o repreendia, dizendo “que guri chato, não pára de se mover, vai dormir”. Agora o medo era duplo, o da escuridão e o medo do pai, fazendo-o permanecer quieto, mas com os olhos arregalados pelo medo. O tempo passava e ele começava a ouvir estranhos movimentos no lado em que estavam seus pais, e eles começavam a gemer, os gemidos eram cada vez mais fortes, até que de repente cessavam. Imaginava que o monstro que atacara seus pais os tinha devorado e que agora ele seria o próximo. Puxava as cobertas e cobria a cabeça para se proteger. Alguns minutos apenas, a luz era acesa, sua mãe levantava, tomava um gole de água e ia dormir novamente. Por aquela noite tudo tinha acabado. O monstro fora embora e agora ele podia dormir sossegado. De volta à realidade, vê o acender de uma chama azul que surge de repente e ele pode ver que se encontra novamente na mesma sala que estivera anteriormente. Absorto em seus pensamentos, Jackes, Valdivino para aliviar a tensão da espera, fecha os olhos e imagina que se encontra mergulhando na ilha de Fernando de Noronha, algo que não faz há mais de vinte anos, mas que em tempos de moço era o que mais fazia nas horas vagas. Forma o cenário de águas límpidas e cristalinas, vê os peixes que o rodeia curiosos, um siri que se arrasta rapidamente, uma arraia em compassado vôo aquático, bela e serena flutua como uma delicada pena ao vento. Desperta do devaneio, tudo calmo nada se ouve. O tempo, quando estamos esperando ansiosos, parece que não passa. Agora seu pensamento é invadido por uma mensagem telepática que lhe diz: “É Ardoc!, o Plêiade, que está lhe assessorando. Mantenha a calma, não posso dizer o que está ocorrendo, mas apenas que estamos indo bem, e sem muita demora você será introduzido no templo”. Mais alguns minutos e uma batida na porta anunciava a entrada do Guardião, que lhe diz:
- Prepare-se para ser introduzido no templo.
Valdivino se colocou em pé, uma luz o cobriu, e quando ele vê está novamente entre colunas. O Arturiano presidindo o Comando Ashtar, bate na campânula três vezes, e diz:
- Este conselho, formado pela maioria das espécies evoluídas, vem de longa data, observando os seres humanos, tudo o que você como único réu aqui presente, sem alegar inocência, fez foi uma pesada acusação aos evoluídos que os criaram. Alega mais, que os humanos erram, mas que tentam corrigir os erros. É que nós, os evoluídos, após havermos cedido nossos genes a seres primitivos, os abandonamos. Isso não é verdade! Durante milhares de anos houvera diversas tentativas de corrigir o rumo dos seres oriundos de nossas experiências. Você imagina quem destruiu Sodoma e Gomorra? Quem deu as tábuas da lei a Moisés? Quem inseminou artificialmente aquela que gerou Jesus Cristo, que foi enviado a este planeta, como pregador para salvar a humanidade.
Todas as tentativas que fizemos foram frustradas. Cristo foi crucificado. A sua doutrina serve hoje para os espertos que, usando a sua palavra e os seus ensinamentos, exploram a fé dos menos favorecidos da sorte. Todos os profetas foram por nós, os evoluídos, orientados e direcionados. Assim, como pode ver, suas acusações não são pertinentes.
No entanto, este conselho, Ashtar, resolveu por maioria simples que você, na qualidade de representante de toda a humanidade, deverá fazer uma proposição para que possamos estudar.
Valdivino fica atônito e tenta se comunicar com o Plêiade Ardoc.
- Eminência Ardoc, está me ouvindo.
- Sim , Senhor Jackes ! Estou em sintonia com o senhor!
- Que sabe dessa proposição? O que devo fazer?
- Formular uma proposição, como lhe foi determinado. Quanto a mim, posso lhe ajudar naquilo que você necessitar, respondendo perguntas sobre o assunto. Porém, a proposição tem que ser de sua iniciativa.
- Eu entendo que se a humanidade tiver uma oportunidade para corrigir os erros seria a melhor solução. Já existem grades movimentos sociais no sentido de melhorar o quadro atual.
- Então, você acha que seria uma questão de tempo?
- Sim, com o tempo, os seres humanos acharão uma solução para os problemas atuais.
- Quanto tempo você acha necessário?
- Um século seria mais do que o necessário.
- Pois bem, faça a proposição, já pode contar com a minha aprovação e a de todos os moderados.
Jackes Valdivino pede a palavra e faz a proposição solenemente. Rumores são ouvidos em todos os lados.
A proposição de Jackes Valdivino é enviada a todas as câmaras. A palavra foi colocada à disposição, a partir da câmara da direita, passa pela câmara da esquerda e chega ao meio. O guarda da lei pede a palavra:
- Condição única para a aprovação da proposição de cem anos é que: após o decurso de prazo, se não forem corrigidos os agravos cometidos, haverá a desocupação do planeta em três dias. No entanto, para que a moção seja levada à votação, o proponente deverá apresentar um cronograma de ações, em dez partes, o que será feito no primeiro decênio, no segundo, e assim por diante. Se nos primeiros decênios o cronograma não for cumprido, a desocupação irá ocorrer antes do prazo. Ou seja , em vinte anos.
Sou de opinião de que seja feita a votação.
Colocada em votação a moção foi aprovada por unanimidade.
Por isso, os membros deste conselho Ashtar, o qual presido, resolve dar a humanidade mais cem anos, para corrigirem todos os agravos apontados na inicial.
- Eminência, eu peço a palavra!
- Atenção, membros do conselho! Com a palavra o réu.
- Sereníssimos, magnânimos e os três vezes poderosos, membros da Confederação Intergaláctica! Eu, como representante dos humanos, na qualidade de réu, estou de pleno acordo com o estabelecido. No entanto, não tenho condições de preestabelecer um cronograma de ações, que levem a humanidade a realizar as reparações que são necessárias. A não ser que seja assistido pelo Plêiade Ardoc!
- Plêiade Ardoc, Aceitais mais esta incumbência?
- Sim, Sereníssimo, será uma grande satisfação e um privilégio assistir o réu.
Arturiano bate na campânula três vezes, o que é repetido pelos comandos das demais câmaras e diz:
- Entraremos em recesso por uma hora, para que o réu e seu assessor possam fazer o cronograma de execuções.
A luz envolve o corpo de Jackes Valdivino, que se vê flutuando no espaço, e logo sente seus pés apoiarem-se em solo firme. A luz é substituída por uma escuridão profunda. Ele apalpa ao redor e pelo tato acha uma cadeira, pois já estivera antes em idêntica situação e provavelmente estaria na mesma sala, que era usada para intervalos da sessão de julgamento.
Jackes pensava: Tenho que ficar calmo, devo pensar em amenidades.
Seus pensamentos levam-no até a praia, em um local que fica entre a praia do Hermenegildo e a do Cassino, distante em vinte quilômetros da do Cassino. A praia estava completamente deserta, lá de quando em vez passava um caminhão, que ia para a Cidade de Santa Vitória dos Palmares. Olhando para a direita, podia ver os restos do B51, um barco de guerra que ali tinha naufragado, em 1942. Olhando para a esquerda, podia ver o casco de uma barcaça que se perdera na entrada dos molhes e dera na praia. Estacionara sua bicicleta Raleei Spot. Calmamente, desamarra o caniço, que se encontrava paralelo à barra horizontal do quadro da bicicleta. Da mala de couro, atrás do selim, retirara a carretilha. Quando estava preparando o material de pesca, olha para o lado do Cassino e ao longo da praia, vê um carro de areia que se aproximava e, no leme, conduzindo a vela, havia uma jovem. Ao se aproximar encolhe a vela e freia o carro de areia, ou carro de vento. Desce do carro, com um maiô preto, um lenço preto lhe guardava os cabelos negros, se aproximou de Jackes Valdivino e lhe disse:
- Oi! Como é, já pescaste algum?
- Oi! Tudo bem? Ainda não iniciei a pescar, mas se jeito regula vou pescar um peixe grande.
- Que solidão é aqui! Costumas pescar sempre neste lugar?
- Não, esta é uma exceção, nunca antes havia pescado aqui. Não sei o que me deu, apenas segui minha intuição e aqui estou.
- Eu costumo andar de carro de vento por estas plagas, mas nunca encontrei ninguém aqui sozinho como tu.
Conversa vai, conversa vem, se aproximaram esse deram um beijo, de início meio tímido, depois outro mais arrojado. O mar murmurava através dos arremessos das ondas na praia. Uma gaivota sobrevoa sobre os dois e lhes lança seus excrementos, que quase os atinge. Ele não sabia nem o nome dela, ela nem sabia o nome dele, mas o furor do momento, atiçado pelas condições propícias, causadas pela solidão do espaço que, olhando para todos os lados, não se via uma viva alma. Tais condições pareciam que exercia neles um efeito hipnótico, que não os deixava raciocinar. Envolveram-se de tal forma que, a certo momento, ele apenas arredou o maiô, expondo o órgão genital da parceira e fez a penetração. O ato foi consumado em apenas alguns segundos, e, ambos, satisfeitos ficaram num estado de inércia, com seus corpos estendidos na areia.
Alguns minutos de total abandono, e ambos retornaram à realidade. Ele, simplesmente, olhava-a sem ter o que dizer. Ela levantou, pegou o seu carro de vento e desapareceu. Ele ficou olhando a vela que desaparecia no horizonte da praia.
A luz azul foi ligada, Jackes Valdivino se encontrava novamente na sala de espera. A porta se abriu, uma figura com uma capa preta e um capuz adentrou na sala.
- Senhor Jackes, eu sou o Plêiade Ardoc! Esta é uma exceção, eu não costumo me apresentar, apenas me comunico por telepatia, mas com o senhor será diferente. Temos um trabalho importante a fazer.
- Prazer em conhecê-lo, se é que estou lhe conhecendo com esta máscara.
- Posso tirá-la, mas, talvez não lhe seja uma visão muito agradável a minha aparência. Para mim, a sua também é muito estranha.
- Estou preparado para vê-lo,
Ardoc retira a máscara. Jackes Valdivino vê com serenidade a estranha figura. Cabeça e olhos triangulares, uma testa enorme, boca pequena, um pescoço comprido, a mão com seis dedos e ventosas, todos do mesmo tamanho.
- Senhor Jackes, como deseja iniciar o programa?
- O que está bem encaminhado para acontecer é a diminuição da emanação de gases poluidores da atmosfera.
O trabalho foi árduo. Por mais de duas horas Ardoc e Jackes Valdivino trabalharam, trocando idéias até, finalmente, chegarem a um programa exeqüível.
- Eminência Ardoc! Como farei para que o programa seja seguido? Se eu me apresentar ao presidente dos EUA, vou ser preso como louco.
- Não se você for um importante cientista, com fama internacional!
- Mas como farei isso?
- Primeiro o Conselho Estrelar deverá me nomear seu orientador enquanto durar a missão. Depois você deverá passar o seu encargo a outro humano, que seguirá a sua missão, acho que sem contar que você terá que ser substituído por duas gerações. E eu devo continuar a orientar os seus substitutos. Podemos voltar ao Conselho?
- Sim, estou pronto!
Jackes Valdivino e Ardoc foram introduzidos no templo.
Em pé e à ordem, membros da Confederação Intergaláctica, Sereníssimos Comandantes do Ashtar. Anunciai em vossas câmaras, assim como eu anuncio neste meio, que está com a palavra o réu, para apresentar o cronograma de execução das reparações a serem feitas pelos humanos para corrigir os males que fizeram até aqui.
- Sereníssimos membros do Comando Ashtar. Aqui está o cronograma de ações para dez décadas. Obviamente, eu não estarei vivo por todo este período. Deverei passar a alguém as minhas incumbências e esse alguém certamente deverá passar a outro humano a continuação deste trabalho. Até aqui tudo certo, no entanto, há um problema. Eu não sou importante, não serei ouvido por ninguém. Para que eu tenha êxito no meu intento, necessito ser mais uma vez assistido por sua eminência, o Plêiade Ardoc.
- Plêiade Ardoc, estais de acordo em assessorar o réu em sua missão?
- Sim, Magnânimo! Eu aceito a incumbência, obviamente, dentro das condições estabelecidas por este conselho, as quais eu estou plenamente informado.
- Eminência Ardor! O que quer dizer com isso?
- Apenas que eu, em momento algum, devo aparecer para os seus semelhantes. Tudo deverá ser feito como se estivesse sozinho.
- Comandantes do Ashtar, anunciai em vossas câmaras, assim como eu anuncio neste meio, que o réu irá neste momento, deixar o recinto. Nos no entanto, daremos continuidade a nossa sessão, tratando de outros assuntos.
A luz de alta intensidade envolve Valdivino, que se vê suspenso no ar, sendo transportado.
Jackes Valdivino Mendonça acordara cedo naquela manhã, tinha estranhas lembranças e começava a pensar:
Que sonho estranho! Parecia realidade, lembro dos mínimos detalhes. O Plêiade Ardoc até me pareceu simpático. Que templo mais estranho, nunca ouvi falar, ou vi algo assim, as figuras estranhas, deveria haver muitas espécies, no mínimo, umas dez espécies de extraterrestres.
Mas tudo não deve ter passado de um sonho, pois acordei e estava deitado na minha cama. Mas graças a Deus tudo não passou de um sonho. Vamos tocar a vida pra frente.
Jackes Valdivino não consegue esquecer do sonho. Tudo que fazia deixava de prestar a atenção, pois seus pensamentos iam direto ao sonho. E ele pensava:
- Eu tenho a imagem de Ardoc, o Plêiade, nitidamente em meu cérebro. Se ele ficou de me assessorar na missão, já devia ter entrado em contato. Sim, sim, é isso, eu é que deveria ter entrado em contato com ele e não o fiz:
Jackes Valdivino Mendonça, começa a enviar mensagens telepáticas, iguais as que mandava no sonho.
- Senhor Jackes, esperei que entrasse em contato, afinal, o senhor é quem deveria estar interessado no cumprimento da nossa missão.
- Eminência Ardoc! Graças Deus o senhor está aí, eu já estava todo confuso, achando que tivera apenas um sonho!
- Temos muito que combinar e fazer, nos próximos cem anos.
Caro leitor!
“Talvez, quem sabe, quando você vê atitudes das comunidades e até mesmo das nações, no sentido de corrigir os malefícios feitos à natureza.Quando conferências mundiais começarem a acontecer, com o fim de preservar o meio ambiente, pode ser que você esteja assistindo ao resultado das ações de Jackes Valdivino e Ardoc.”
OBS: Os casos, aqui narrados, são frutos da imaginação do escritor, e são, obviamente, fictícios. Qualquer semelhança com casos ou pessoas reais terá sido coincidência.