Conjuracao Lunar - Parte 1

O céu é o limite, esta antiga metáfora foi perdendo significado quanto cada mais avançava a tecnologia. Quando o programa americano Seti ou “Busca por Inteligência Extraterrestre” deu o primeiro sinal de ter encontrado outras raças planetárias, os governos da Terra se uniram numa única bandeira e propósito.

A ONU ganhou uma autoridade nunca antes vista. O programa de Expansão Colonial teve início. Devido a sua proximidade, a Lua foi a primeira a ser terraformizada num longo processo concluído a mais de 150 anos terrestres.

Assim nasceu Luna, a primeira e maior colônia terráquea. Sua área contém cerca de 350 mil km2, tendo extensão territorial pouco menor que a Alemanha. A base lunar abriga a população com cerca de 1,1 milhões de habitantes.

A construção da base gastou trilhões de dólares. Módulos e mais módulos eram lançados da Terra e direcionados a área menos erodida da Lua. Astronautas, biólogos, engenheiros e outros profissionais aterrissaram no satélite com poucos recursos e imensos desafios.

O primeiro deles era criar atmosfera respirável, o que logo foi arranjado com uma cúpula geodésica. Geradores de oxigênio criaram ar puro e respirável, livre de contaminações e bactérias e fungos nativos. A gravidade foi alterada graças um complexo dispositivo instalado nas camadas mais inferiores do solo, logo abaixo da colônia. Através de ondas magnéticas, a gravidade terrestre pôde ser simulada.

Concluída essas duas etapas, a construção da base seguiu rápido. No começo, o objetivo era transformá-la em uma base militar, uma espécie de posto avançado. Mas com a descoberta do lunádio, elemento químico inexistente na Terra, os esforços da ONU mudaram significativamente. De base militar, Luna se tornou polo de mineração e processamento de lunádio.

Cada dia mais soldados perdiam lugar para operários, empresários, bancários e porque não dizer malfeitores? As minas de lunádio trouxe os especuladores, e logo aquele pseudoparaíso se tornou um novo foco de criminalidade. As conexões de Luna com o “mercado negro” fizeram o Conselho de Segurança da ONU tomar uma atitude drástica.

Caliel Alves
Enviado por Caliel Alves em 13/03/2018
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