Surrein
Oi! sou uma especie de escritor amador, novo aqui na casa! espero que gostem do meu texto e enviem comentários muitos comentários! O título ainda não é oficial (tenho pensado em várias coisas) mais gostaria que lessem com carinho é muito importante para mim...
Surrein - Capítulo 01 - Amigos e inimigos
Olhou deslumbrada para o bosque que se estendia a sua frente belo e fresco como jamais viria antes não havia espaço para outras emoções a não ser as que descreviam o entusiasmo e o deleite de se encontrar agora naquele local, como chegara ali e o que aquilo tudo significava agora não importava, só restava lhe a vontade de respirar fundo e sorrir, correr no imenso bosque de braços abertos cantarolando qualquer coisa que viesse a sua mente, estava feliz e o está ali era a fonte da sua felicidade.
Parou sua correria eufórica a margem de um riacho de águas límpidas, cristalinas aos raios do imenso sol que aquecia brandamente aquele bosque, molhou o rosto e sentido um forte impulso arremessou-se nas águas o não saber nadar não a amedrontou e boiou, como se flutuasse sobre as águas, vislumbrando o céu azul por entre os galhos verdes das árvores, adormeceu perene sobre as águas.
Seus olhos abriram rápido já era noite e fazia frio sua camisola encharcada e sua pele enrugada pela água, agora afundava no riacho, estava se afogando, não sabia o que fazer, lançava gritos frenéticos debatendo-se desesperadamente, não agüentava mais, a alegria de antes tornara-se dor e angustia do presente, seu coração apertava o peito, a superfície ficava cada vez mais distante e difícil de ser alcançada pelos seus dedos estendidos.
Seu braço cansado e gélido fora erguido rapidamente, pode sentir a vida retornando ao seu corpo. Torcia bastante entre as saídas de água dos seus pulmões novamente abertos para o ar, seus olhos entreabertos o visualisaram entre movimentos confusos, ele apertou a sua mão e com leveza lhe disse que iria ficar bem, e inevitavelmente suas pálpebras selaram seus olhos.
Um forte brilho lunar iluminava o céu sem nuvens ou estrelas e a terra forrada por folhas secas era mórbida. Levantou sorrateiramente estudando tudo ao seu redor procurando aquele que lhe salvou a vida. Estava na suas costas, sentado sobre uma pedra observando algumas nuvens distantes que circulavam uma estrela solitária ao horizonte, era alto de cabelos brancos e encaracolados e vestia roupas longas e escuras, sentiu-a a observá-lo, e virou-se se pondo rapidamente em pé, ela estava ligeiramente zonza, mais pode observar os seus traços finos e olhos negros e brandos, transmitia paz.
- então você acordou princesa? Ele falou caminhando visivelmente contente.
Ela recuou cambaleando, ele era alto e magro, seu jeito era um tento quanto singular para um rapaz.
- você ainda esta fraca, descanse mais um pouco, logo partiremos.
- minha roupa, esta seca? Ela tinha acabado de perceber, enquanto caminhava para traz tentando se afastar o máximo possível do jovem esbarrando em uma pedra seu corpo foi erguido no ar evitando o impacto da queda.
- por favor alteza não faça movimentos bruscos sua majestade ainda esta se recuperando, enquanto a suas vestes, eu tomei a liberdade de secá-las já que isso poderia ser prejudicial a sua saúde.
- mais como? Ela ainda estava erguida a centímetros do chão, tocando a terra fria com os dedos. – alteza, magestade? Ela não entendia, estava confusa e se sentindo outra pessoa, em outra época e em outro lugar muito distante e... desmaiou flutuando no ar.
Sua cabeça latejava e os seus olhos ardiam irritados, estava no chão ao lado de sua cama, não lembrava do que acontecera, ergueu-se e sentando na cama, observou a janela e a porta abertas, objetos espalhados e quebrados pelo chão, sua cabeça latejava muito e com seus olhos apertados de dor, percebeu a falta de alguém, a sua irmã desaparecera e ali que fora raptada, lembrava-se em relances o acontecido, mais como pudera, era fantástico e inacreditável...
Alcançou a porta com a mão sobre a cabeça doendo e esbravejou várias vezes, Emma!, a sua irmã não estava ali, Charlles, esbravejou novamente várias vezes, seu tio também não estava ali.
Saiu da casa nas margens do lago, estava muito escuro e uma neblina singular cercava o lugar, o que era tudo aquilo, o que significava aqueles estranhos acontecimentos e agora isso. Não podia se responder, estava alterado, assustado, confuso, só conseguia apenas caminhar em meio a neblina que se tornava mais gélida e espessa a cada passo.
Parou um minuto envolto da neblina espessa como um véu cinza, havia algo errado. Sentiu um aroma estranho sobre a nevoa sentia não mais pisar o chão das margens do lago, podia saber que a casa não estava mais ali, sentia o coração pulsar acelerado, sabia inconscientemente que não estava mais onde deveria estar.
Uma árvore imensa ergueu-se a sua frente seu corpo inteiro tremeu seu coração acelerou ainda mais rápido, o que era aquilo? A nevoa agora baixara só conseguia visualizar a árvore iluminada por três luas cheias gigantescas num céu escondido pelos galhos nodosos do vegetal. Sentiu uma presença a suas costas, virou-se bruscamente.
- você chegou. Disse uma voz feminina
A figura parou abaixo de um raio de luar, estava coberta por uma capa negra como a escuridão, retirou o capuz, era uma jovem de cabelos e olhos creme, havia uma espécie de marca na sua testa que escorria até o pescoço.
O que é tudo isso? Berrou o jovem assustado.
- seus guardiões cometeram um terrível erro, todo o plano esta ameaçado. A jovem falou serenamente, caminhando para próximo do garoto, que recuou alguns passos.
-eu não entendo! Quem é você o que é isso, onde esta minha irmã e o meu tio, como eu vim parar aqui?
-é natural seus questionamentos, jovem senhor de Aspar, rei Ayron. A moça se curvou em reverencia ao rapaz.
- do que você esta falando. Falou aturdido, mais a jovem continuou
_ meu nome é Ailla de Cipriuns, discípula de Unyuon, você é o nosso rei Ayron um dos senhores das terras prometidas de Surrein, seu reino é Aspar o continente do leste...
- o que? Que brincadeira é essa, meu nome é Adam e eu não sei quem é esse Unyuon, nem Ayron, nem Aspar, nem Surrein...
- você e a sua irmã Nalla foram enviados em segurança para um planeta habitado e desconhecido pelos seus inimigos, depois da grande guerra da separação a cinqüenta anos atrás.
- Como? Na...Nalla, minha irmã se chama Emma e nós... cinqüenta anos.
-os seus nomes foram evidentemente trocados na passagem, o fato atual é que vocês correm um grande perigo, pois o momento chegou.
- mo...momento. Ailla segurou-o pelo braço e o ergueu para o alto os dois ficaram suspensos no ar. – o que esta acontecendo?
-você é um sangue azul, descendente dos senhores supremos, você pode voar naturalmente. Precisamos ir o tempo é bastante curto...
E ainda mais confuso e com a cabeça ainda dolorida, agora tomado por uma grande ansiedade e medo. Adam voou puxado pela jovem pelo céu, sem estrelas iluminado pelas três imensas luas cheias.
–espere e o que é isso? E apontou para a árvore, já distante.
- é o símbolo dos senhores de Surrein, o símbolo de poder e longa vida.
Estava frio e úmido, as correntes apertavam os seus pulsos, seus longos cabelos loiros estavam sujos como todo o seu corpo, seus olhos verdes estavam ardendo em meio a uma fumaça esmeralda que partia de uma espécie de cálice prata, o ser que o segurava era baixo e escuro, com poucos fios de cabelos grisalhos, suas orelhas pontudas e seus olhos grandes tudo fora do normal.
-Ele acordou Mestre Yan, a criatura esbravejou a observar os olhos entre abertos do homem acorrentado.
Um vulto alto de roupas armadas por ombreiras cor de ouro, se aproximou erguendo o homem com um simples aceno de mão.
- nos reencontramos, a quantos anos, não? talves uns trinta ou cinqüenta, quanto equivale naquele planetinha? O homem falava com uma voz firme e sarcástica movendo o outro no ar de um lado para outro tentando observar bem o seu rosto encoberto pelos cabelos loiros. – traga a poção Nu.
- e a pequena criatura se aproximou, entoando uma espécie de cântico assoprou a fumaça esmeralda sobre o homem, que tuciu um pouco antes de começar a se transformar em um homem negro velho um pouco mais baixo e gordo.
- Luanus, como você ficou, ocupando-se apenas de comer, beber e dormir naquele mundo, encoberto por uma casca, protegido por um feitiço ridículo, com uma missão mais ridícula ainda.
-Yan! Seu renegado, traiu o seu Senhor, traiu sua nação traiu Aspar! Luanus esbravejou, sacudindo-se no ar.
-ora Luanus, vejo que a estadia na Terra não melhorou os seus modos, se vê realmente que você passou décadas fora de Surrein, Aspar mudou o mundo inteiro mudou. O tom da voz de Yan se alterou agora ele gritava. - Acreditava mesmo que aquele plano insano dos seus queridos mestres daria certo?
A pequena criatura começou a esguinchar uma espécie de risada insana.
_ quieto! Esbravejou Yan lançando um olhar de despreso a criatura. – vamos meu velho amigo, sabe por que ainda esta vivo, comece a falar sobre o mapa.
Luanus ajeitou-se erguido no ar e cuspiu sangue nas vestes de Yan.
-como queira. As correntes de Luanus se abriram e ele foi lançado à parede de pedra do calabouço caindo com um forte estrondo sobre o chão imundo repleto de restos de cadáveres.
Seus sentidos voltaram lentamente enquanto abria os seus olhos azuis claro, a luz era forte, sentia um agradável aroma de ervas, estava deitada em uma confortável cama envolta em um quarto amplo e impressionantemente bem decorado.
-seus aposentos estão como antes, majestade!
A menina soltou um grito surdo e pulou da cama, observando a senhora que estava ao seu lado. Era uma senhora magra de cabelos curtos e grisalhos, tinha um olhar sereno e bondoso, usava um avental dourado sobre um vestido branco fino.
- você dormiu por horas alteza, eles a esperam no salão, o senhor Nogon precisa muito falar-lhe o mais depressa possível.
Emma observou-se por alguns segundos vestia um vistido azul bem bonito, feito de um tecido que lhe dava uma agradável sensação de bem estar.
- onde estou? O que significa tudo isso?
A senhora levantou-se levemente e caminhou até a porta abrindo-a.
-as respostas as suas diversas perguntas serão respondidas pelo seu responsável o mestre Nogon, que se encontra no salão ao final do corredor. E a senhora fez um gesto com o braço indicando que a menina deveria ir.
Assustada e muito confusa a menina saiu do quarto, havia um largo corredor de piso lustroso as paredes eram recobertas de imagens de animais alados e homens vestidos com armaduras e grandes cenas de batalhas na terra e no céu. Havia também pequenas pilastras onde leões alados repousavam em várias posições tão reais.
A garota imaginou esta presa em um grande sonho estranho, sem saber como acordar. Passou em frente a uma janela em forma de arco a qual estava iluminada por uma forte luz, o sol brilhara no céu limpo lá fora, havia um imenso jardim do lado de fora do palácio, numa explosão de flores coloridas e várias estatuas de homens e animais estranhos em cristal, como os leões do corredor.
-Sente-se em casa princesa?
A menina se assustou com a brusca aproximação de um homem baixo, corpulento de cabelos ruivos e vestes prateadas.
-quem é você? Perguntou a menina ainda com a mão sobre o peito.
-sou mestre Nogon, só Nogon para você princesa. O homem fez o mesmo aceno com o braço que a mulher, indicando a porta do salão já próxima deles.
-Aonde estamos indo? Exclamou Adam enquanto se acostumava com o frio vento da noite em seu rosto, seu corpo estendido por entre as poucas nuvens no céu, flutuando no ar como uma ave, ainda não tinha se entendido aquela situação, seu coração mostrava-se em uma louca ansiedade para tentar compreender tudo aquilo que se passava.
-estamos quase chegando, infelizmente o céu tem poucas nuvens e assim não posso garantir a nossa completa segurança. Os dois começaram a descer velozmente.
Adam visualizou uma pequena ilha no meio de um negro oceano calmo como se a água estivesse congelada.
-chegamos é aqui.
E ambos pisaram novamente em terra firme, ele percebeu um certo alivio do seu corpo, que cambaleou um pouco nos seu primeiros passos.
-você vai ficar bem logo vai se acostumar, nos não voamos por muito tempo apenas umas três horas eu acho... bem vamos.
Adam não falou nada, durante a viagem pensou em tanta coisa, nos últimos acontecimentos, muitas vezes em meio a viagem pensou acordar daquele sonho estranho, mais a cada minuto percebia que aquilo tudo era bem real e até o presente momento não fazia o mínimo sentido. Seu coração batia acelerado, seu corpo tremia, todos os seus sentimentos eram mascarados pela forte ansiedade cada vez mais presente. Elevou involuntariamente a mão a boca e tocou o seu lábio machucado, o pequeno corte não fazia parte de tudo aquilo...
-estamos perto. Falou a jovem com a voz excitada.
Adam não percebeu quando adentraram a mata, nada ali parecia se mover, o vento parecia ter sumido.
-como?
-ele deve esta controlando os ventos para saber da aproximação de alguém ou algo. Falou Ailla que percebeu a indagação do rapaz.
-parem ai! Berrou uma voz estridente no meio do nada. –identifiquem-se.
A jovem cochichou algo inaudível para Adam e que não pareciam palavras e sim sopros.
-sigam até a clareira, disse voz estridente.
Os dois caminharam até uma pequena abertura entre as árvores onde os raios das luas penetravam.
Uma fumaça branca apareceu naquele local em forma de minicilone e um velho careca baixo, barrigudo e de barba prateada saiu em meio a fumaça que se decipou.
-vocês foram seguidos? Perguntou o velho empunhando uma espécie bengala dourada, com a cabeça de uma ave na ponta.
-não que eu tenha percebido.
- eh aparentemente não tem ninguém mesmo ao redor da ilha. O velho deu as costas e saiu da clareira andando rapidamente para dentro da floresta. –você o trouxe então.
- sim ele esta aqui do meu lado.
E Adam se sentiu ligeiramente comparado a um objeto pelo homem.
- a batalha começou, os guardiões das chaves do universo foram encontrados e mortos, felizmente resta um e é isso que torna um mistério a travessia deles para o mundo da Terra.
-talvez ele tenha passado para o lado deles.
-impossível! O velho parou a margem de um lago, bateu no solo com o seu cajado com a cabeça de ave esculpida na ponta e o lago de águas paradas como tudo ali, se abriu, e eles entraram em uma caverna subterrânea totalmente escura. –desculpem não deu tempo colocar luzes.
Adam não sabia o que pensar a ansiedade e excitação se confundiam, com o medo e o desconforto de não saber mais o que estava acontecendo com ele.
-primeiramente. O velho retirou uma adaga de ouro com um diamante no cabo de debaixo da capa e bruscamente virou-se e feriu Adam, que deu um grito surdo e se afastou dos dois. –desculpe majestade era preciso saber que o senhor era realmente quem procurávamos.
-não precisava Ansnor ele apareceu embaixo da árvore sagrada ele...
-ele poderia muito bem ser um impostor, se eles conseguiram penetrar no mundo onde ele estava escondido poderiam muito bem ter conseguido...
_agora já chega. Esbravejou o jovem com a mão cortada de onde saia um líquido viscoso e azulado. – o que significa tudo isso não agüento mais esperar por respostas! O que esta havendo onde esta a minha irmã Emma, o meu tio Charlles, a casa do lago, a Terra!
_ tudo bem meu jovem rei você tem todo o direito de estar confuso com os acontecimentos recentes, creio que ainda não observou com atenção o corte que lhe fiz na mão observe rápido antes que desapareça.
- o que? Então ele prestou atenção ao corte em sua mão, parecia menor do que a sensação da lamina fria rasgando a sua pele, não doía e um líquido azul escorria por entre a ferida que se fechava. –mais o que como?
- isto é seu sangue rei Ayron, o sangue azul, herança dos seus antepassados os deuses!
Onde vocês levaram a princesa! Gritou Luanus rouco e com dificuldades, estava bastante machucado, seu sangue escorria por todo o seu corpo.
-Isso não interessa a você Luanus nas suas reais condições seria melhor começar a falar de imediato, onde está escondido o mapa, a folha de ouro onde esta?!
-Traidor, escoria dos mundos, como você pode se enchergar traindo o seu pais a sua terra, o seu lar.
_ridículo! Você é ridículo um ser forjado pela ordem, ordem essa que não existe mais. Não seja cego Luanus isso não é política não se trata de quem apoiar, quem guardar, a quem ser fiel, o rei que você defende é tão sujo, e interesseiro como os outros, todos desejam a mesma coisa com uma diferença o seu rei foi fraco e se escondeu em outro mundo, seu rei além de tudo é covarde!
-blasfêmia! Não macule a imagem de um deus.
_deus? Blasfêmia? Yan arremessou Luanus novamente contra a parede de pedra maciça, e caiu na sua própria poça de sangue. – sangue azul, poderes especiais adquiridos ao nascer não faz um deus principalmente se esse fugir, trair a sua missão o seu destino, alterar o tempo e espaço para fugir covardemente.
-você não sabe o que esta falando... falou Luanus mal se agüentando em pé na presença do seu carrasco, seus olhos mau abriam seu corpo inteiro doía arduamente, seus membros pareciam querer se desvencilhar do seu corpo. –ele quis defender o mundo e voltou para cumprir seu destino...
-destino? Voltou para cumprir seu destino? Salvar a terra? É claro que nos não estamos falando do mesmo rei, ele fugiu pelo mesmo motivo que voltou, como todos os outros voltaram para conquistar a Arma...
-esse salão era o local onde sua mãe compunha as suas musicas que embelezavam o palácio enchendo de vida o rei e enfeitiçando a todos com alegria renovada.
- você ainda não me explicou o porquê de tudo isso o que esta acontecendo, onde realmente estou por que todos ficam falando essas coisas estranhas.
-perdão pensei que queria conhecer um pouco a história desse castelo, da sua família, ou melhor da sua vida princesa Nalla.
O salão onde Emma e Nogon estavam era bem amplo possuía várias janelas enormes em forma de arco e várias estatuas de ouro maciço, o chão era recoberto por um tapete multicolorido como as flores do jardim, havia apenas uma mesa e uma par de cadeiras como tronos de cristal incrustado de imagens de animais estranhos para Emma, o céu era de vidro como uma grande estufa quadrada.
- então se sou realmente sua majestade vai me dizer sem mais rodeios o que é tudo isso?
- pois não como queira sua alteza. O velho fez um gesto de reverencia e mostrou-lhe a cadeira alta como um trono para a menina se sentar. –sente-se princesa a história poderá ser um tanto quanto longa...
Nesse momento o jovem de traços finos e cabelos brancos cacheados que tinha salvado a menina no lago entrou na sala e ficou encostado a grande mesa observando a garota sentada.
-muito bem, então vamos começar...
- a cinqüenta anos o nosso mundo Surrein, estava em mais uma guerra entre os seus reis que lutavam desejando mais uma vez dominar todo o planeta, nunca antes na história houve batalhas tão devastadoras. O mundo inteiro padecia em meio à destruição, o céu e a terra ardiam em chamas. Foi quando o seu pai o rei Eindel compreendeu que a guerra só trazia a morte e pouco restaria do seu planeta após tudo aquilo, assim ele recusou-se a lutar, seus exércitos de dragões e gigantes pararam e ele optou pela paz. Logo essa noticia correu os mais remotos cantos da terra e as todas as criaturas perceberam o mesmo que o rei Eindel e luta após luta desistida a guerra cessou.
“apenas um reino persistiu nos confins da terra o rei Reinemom chegou até o fim de Surrein e a fim de refazer a guerra ele afirmou que havia encontrado a Arma e governaria todo o universo. Logo temendo a mentira do rei todos os senhores da terra embarcaram para Lomo, o desfiladeiro mais profundo de Surrein onde dizem que encontraram uma das tabuas sagradas e está continha a profecia final, revelando que próximo do fim, quando pela milésima vez em toda a história desde a origem do universo, as luas se encontrassem na forma de Sahaw aquele que erguesse a Arma destruidora, teria o destino da nova era em suas mãos.”
Adam ouviu tudo aquilo aturdido, sem saber o que dizer ou pensar.
- mais uma profecia acho que não seria suficiente para...
- esta correto jovem senhor de Aspar. O velho lhe interrompeu velozmente ainda possuía história para contar.
“os reis que leram aquelas palavras escritas a ouro em uma rocha lisa, não creram nas suas palavras, acreditaram ser apenas um truque do rei Reinemom para evitar o fim da guerra e tentar dominar todos os reinos, como assim aconteceu, Reinemom cercou todos os senhores de Surrein com seu exercito, em volta da pedra e a última batalha aconteceu sangue vermelho e azul jorrou para todos os lados, parecia que seria o fim, quando o mestre Unyuon, que estava juntamente com você rei Ayron e o seu irmão Nalamus, teve a idéia de tentar romper a pedra, seu irmão Nalamus a golpeou com a sua espada e o solo tremeu, a pedra jorrou sangue azul e as trevas cobriram o céu como um véu negro, Unyuon protegeu você, seu irmão e o mestre Ernon, o resto simplesmente sumiu quando a luz do sol voltou a brilhar, segundos depois.”
-incrível não? O velho Ansnor levantou-se do banco de pedra a frenta de Adam e começou a circular a pequena sala úmida e mau iluminada e continuou a falar antes que o jovem pudesse interrompelo.
“ mais não terminou ai, intrigado com os acontecimentos os quatro sobreviventes quiseram buscar respostas antes de retornarem para Aspar, quando finalmente descobriram que a profecia era verdadeira, Ayron, ou seja você, tomou a maior decisão de sua vida: impedir que quando o momento chegasse as forças mau intencionadas não pudessem se apropriar da Arma de Ferion...
- eu tenho um irmão? Adam falou velozmente antes que Ansnor pudesse perseguir sua história.
-Sim tem e ele governa Aspar agora, mais creio li prevenir que vocês não se davam muito bem, sendo mais claro, você nunca confiou nele. O velho se aproximou tão rápido que ficou com seu nariz pontiagudo a poucos centímetros do nariz do rapaz. – em resumo, sua missão jovem rei é achar a Arma e governar o universo, é para isso que você voltou é por isso que o mundo corre perigo novamente!
“...Você e seu irmão mais velho foram enviados ao planeta Terra através de magia antiga e poderosa com o intuito de se preservarem para o dia de hoje a nova época que começou!
A menina estava fria sua mente confusa com as palavras do homem que agora caminhava pelo grande salão observando algo além da janela em forma de arco, o jovem de cabelos encaracolados e muito brancos continuava em sua posição olhando fixamente para ela.
- eu ainda não entendo se a guerra aconteceu há cinqüenta anos, como?
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