A GRANDE CAÇADA

A grande caçada

Oi, eu sou Kajima Notora. Eu sou um hunter, e como tal, eu caço os seres mais perigosos da galáxia utilizando as minhas habilidades com armas junto com as minhas habilidades especiais, alguns a chamam de magia mas eu prefiro superpoderes, me faz parecer mais interessante. Geralmente cada hunter têm apenas um superpoder, mas as vezes certos hunters sortudos acabam ganhando oque eu chamo de poder primordial de todos os poderes e acabam por terem todos os poderes. Esses hunters são chamados Jaegers. Eu sou um Jaeger classe S, oque significa que estou entre os 50 melhores e que sou um desses hunters abençoados. E quanto a vocês, estão aqui para me ver no meu mais novo trabalho. Então, vamos lá?

Eu estava dormindo em meu quarto a bordo do Imenaguthi. Um cargueiro classe C que lembrava em muito um cometa. Ele iria me deixar em Ceres da onde eu pegaria o worm até Ilídia (um planeta com atmosfera de 0,5 u e tamanho 0,7 x o tamanho da terra) aonde eu iria fazer o meu trabalho, o planeta de Ilídia era composto basicamente por água, mas a mesma está em cima de uma enorme mina de urânio oque torna a sua água muito radioativa.

Foi devido a toda essa radioatividade que todo o planeta se tornou um antro de seres bizarros, e como existe muita gente que adora ver coisas bizarras, mas covardes demais para virem até o campo de caça, eles contratam a nós hunters para caçarmos as bestas e as levarmos até um local onde eles pudessem admira las com segurança. Claro que isso é um desperdício de nossas habilidades, onde ao invés de estarmos resolvendo os conflitos entre os planetas estado estamos caçando espécies que não fizeram mal nenhum a nós. Mas cá entre nós, eles pagam muito bem, e ainda existe o fato de não ser preciso matar nenhum humano. Por isso aceito esses trabalhos, não pelo dinheiro, mas porque não preciso matar nenhum humano, porém o dinheiro também é bem vindo né?

Quando o cargueiro chegou em Ceres o próprio comandante foi até meu quarto para me avisar da chegada. Ele me disse que não entrariam no planeta e por isso me deixariam na estação espacial Vernes, uma homenagem ao escritor Jules Vernes que só não reve o nome a batizar uma das estações na lua porque não tinha nenhum descendente a defender o seu nome. Eu digo ao comandante que serviria, afinal Vernes é um dos pontos de parada do worm antes de ir até o campo de caça. Em seguida o comandante sai do meu quarto indo rumo a sua torre de comando. Vou até a janela do meu quarto e vejo Vernes a lentamente se agigantar na minha frente. Era uma estação mineradora igual a todas as outras, formada sobre um cometa gigante, tinha uma estrutura metálica ligada ao cometa por grandes filamentos metálicos oque fazia toda a estrutura parecer um parasita a sugar os nutrientes de uma célula.

Entramos na estação em pouco tempo e rapidamente saio da Imenaguthi. Na verdade eles praticamente me expulsaram da nave e mal me empurraram nave a fora já partiram sem nem me permitir dar um último adeus, eles realmente estavam com pressa, mas, talvez, se eu os tivesse pago mais eu tivesse um tratamento melhor e poderia me despedir deles da forma adequada, com todo aquele chororo por pessoas que só vi por 15 horas de toda a minha vida e no final fazendo promessas de reencontro, baboseira, mas que é muito divertido de se fazer principalmente pelos rostos de falta de entendimento que fazem, é muito engraçado. Mas é nisso que dá se recusar a pagar o preço máster só porque é o triplo do preço comum. Faço um pouco de esforço e consigo tirar meus pensamentos desses devaneios para me concentrar no que realmente importa, minha missão.

Pego o elevador eletrostático ou como é chamado brilhão. Junto comigo subiram outros 3 homens. Um mercador baixo e gordo que carregava tantas bugigangas que era quase impossível identifica lo em meio a elas, um outro de cor morena, bem grande e ligeiramente magro, ele carregava uma arma de energia e uma cara de poucos amigos, talvez este seja o guarda costa do mercador, o terceiro um homem grande, bem alto e gordo estava a comer algumas coxas de frango de um balde, em seu braço havia a tatuagem de uma caveira com uma faca na boca. Eu conhecia muito bem essa tatuagem, era a marca do grupo de assassinos lux serc, mas eles nunca andam sozinhos e sempre procuram esconder suas tatuagens. Concluí os dois também eram integrantes da lux serc, mas só o terceiro era um idiota.

O elevador começa a levitar e logo todas as luzes iriam se apagar, eram os 3 e eu lá e em suas caras um estranho tom de alegria surge, eu já imaginava. Serei atacado, mas eles não sabem com quem estão se metendo, e eu não estou afim de lutas se não já os teria atacados e pego a recompensa sobre suas cabeças. As luzes se apagam.

Ouço o som de facas a serem retiradas de seus cantos reclusos, e então os ataco. Primeiro invoco um cipó que dá um tapa na nuca do mais baixo, o homem cai ao chão e mais cipós se agarram a ele o prendendo no chão. Um já era faltam dois. O mais magro tenta me acertar com a faca mas erra, e o idiota, sem ver nada, corre para todos os lados até que enfim vem em minha direção, desvio mas quase fui derrubado, teria de tomar mais cuidado com eles, o idiota era mais idiota do que pensara, mas isso implicava que ele também era perigoso para os amigos, isso se comprova logo depois que desvio dele, aonde ao passar por mim ele vai de frente para o cara moreno com a faca, ponho o meu pé na sua frente no qual ele tropeça e cai em cima do seu amigo que estava a vir em minha direção para uma nova investida com a faca.

O idiota, ao cair no chão, desmaia prendendo o seu amigo embaixo dele. Nova conclusão, eles eram mais fracos do que eu esperava. Porém aquele que foi esmagado ainda não havia se rendido e leva a mão ao coldre da arma aonde a pega e com dificuldade atira em minha direção. Mas quanta ingenuidade a dele achando que pode me acertar tão facilmente com um tiro de energia, faço o feixe de energia se curvar girando 360° ao meu redor e voltando para o atacante. Ele tenta dar mais alguns tiros sem sucesso, eu havia quebrado o atiçador de matéria somente com o pensamento. A bala atravessa o espaço o enchendo com estática e atinge o homem bem no centro de sua testa. Corro até ele e começo a fazer meu olho biônico fazer várias mudanças no tipo de visão com o intuito de fazer uma checagem completa no homem, ele poderia ter morrido e nesse caso adeus recompensa. Por sorte estava vivo, com vários ossos fraturados mas vivo. Um alívio vêm a tona, o homem que parecia ser o mais valioso dos três ainda estava vivo, acabo por me sentar ali mesmo e relaxo enquanto o elevador termina sua viagem.

O elevador chega ao seu destino, o cometa que formava a estrutura principal da Vernes. Invoco mais cipós que se enroscam ao redor dos outros dois homens os prendendo e impossibilitando que se mecham. Invoco 3 guerreiros de pedra, que aliás lembram em muito os antigos samurais do Japão. Os guerreiros saem da estrutura do próprio cometa e rapidamente pegam os 3 assassinos para então me seguirem rumo a uma viela.

Uma vez na viela dou a ordem para que um deles largasse o homem, ele estava a carregar o mais baixo que cai no chão a fazer um chiado. Me aproximo dele, e ele começa a implorar pela vida. Covarde, acha que o matarei. Encosto nele e ele começa a chorar, afasto minha mão e digo:

- Para de chorar seu covarde.

Ele se cala e só para garantir faço com que um dos cipós ao redor dele a se estender até a sua boca a cobrindo, assim tenho certeza que ele não irá falar. Começo a mexer em suas bugigangas e pego uma que parecia uma caixa. A abro e lá dentro havia oque já imaginava. Um órgão humano. Fecho a caixa e me afasto. Dou a ordem para que o guerreiro de pedra pegasse novamente o homem e vamos rumo a delegacia, queria a minha recompensa por eles.

Saio da delegacia com apenas dez créditos, estava chateado, esperava mais. E aquele homem grande e idiota era foragido mas não se tinha nada em recompensa. Pelo menos eu não precisaria desembolsar do meu dinheiro pela viagem de worm que seria os exatos 10 créditos. Chego a estação onde iria pegar o worm ao qual já estava na estação a esperar os passageiros a entrar. Lá dentro dezenas de acentos se colocavam a esperar alguém os utilizar. Me sento em um acento próximo ao corredor e não na janela como a maioria faz. Meus anos de prática me ensinaram que assim é melhor, não tenho que pedir licença aos outros quando for descer e não corro o risco de demorar demais para chegar a porta e acabar perdendo o ponto. Além do mais não a uma única vista que eu nunca tenha visto. E só mais uma dica. Nunca sente na frente ou no fundo se não terá náuseas e perderá um dia inteiro para se recuperar. Em alguns minutos o sistema de som da worm entra em ação e ouço a comandante dizer:

- Olá, eu sou a capitã Júlia e conduzirei vocês até o campo de caça. Infelizmente está tendo um conflito em nova íris e por isso iremos direto para Makinarõ. Qualquer um que vá para um local anterior a esse não se preocupe. Colocamos balsas em Makinarõ para os levarem até seus respectivos destinos. A todos eu desejo uma boa viagem.

O sistema interno de som se desliga e sinto toda a worm tremer numa turbulência que precede o fim de sua inércia. Ouço as pessoas que não estavam no meio da worm gritarem desesperados enquanto eram jogados de um lado para o outro. Os gritos deles só cessa quando o worm termina com sua inércia e começa a se locomover rumo ao espaço sem fim. Quando a worm já estava longe o bastante da estação espacial a nave para e uma voz robótica a muito conhecida soa pelo sistema de som da worm, ela dizia:

- Senhores passageiros, por favor. Coloquem os coletes dimensionais. Já vamos dar o salto de dimensão.

Eu coloco os 4 cintos que nos prendem ao acento e um pouco depois sinto quando a nave entra no buraco de minhoca e vamos para a quarta dimensão. Meu corpo se comprime devido ao colete e me agacho já esperando o inevitável. Ponho os meus fones e coloco a música nocturne de Chopin e fico a observar enquanto as pessoas mais a frente começam a sentir o enjoo se aproximar somente para em seguida soltarem seus tão assustadores vômitos que devido a alta velocidade do worm e a baixa gravidade é jogado para trás. Observo rastros de vômito passarem voando por cima de minha cabeça atingindo algum desatento logo atrás de mim, e essa musica faz tudo parecer uma bela valsa. Vejo quando um homem musculoso e careca é atingido por um dos vômitos, e eu entediado como estava até pouco tempo faço o tempo passar mais devagar assim conseguindo ver todas as nuances do rosto do cara ao ser atingido, e é claro que que gravei tudo com meu olho biônico, nem precisava dizer isso, era óbvio que gravaria. Infelizmente o salto não durou mais que 10 minutos e chegamos em Makinarõ com diferença de cinco segundos da hora em que entramos no buraco de minhoca.

Deste ponto em diante seria uma entediante viagem de três horas até Haughar, o sistema solar onde se encontrava o planeta de Ilídia, pelo menos eu tinha minhas músicas. Aliás é uma pena que não se criam novas músicas desde o incidente do milênio, oque me obrigava a escutar somente músicas criadas até o final do século XXI, e só para constar, isso também era proibido, exceto para hunters classe S ou acima. Os anciões diziam que música estimula as pessoas a pensarem e quando se pensa você se rebela. Mas as músicas estimulavam a criatividade e um hunter têm que ser criativo. Mas se deixassem todos os hunters ouvirem música acabaríamos tendo uma rebelião de hunters. Então, permitiram a apenas alguns poucos hunters, aqueles onde a ausência do império seria pior do que a existência do mesmo, ouvirem música. Coloco o meu reprodutor de áudio para tocar somente punk rock. E assim passo o restante da viagem até Ilídia sem mais nenhum contratempo.

Agora na estação espacial , que ficava na alta atmosfera de Ilídia, eu me preparo para a caça. Boto a minha armadura vermelha de samurai e ponho a minha cimitarra na bainha. Em seguida vou até uma das balsas que levam até o planeta. Eu sei oque vocês estão pensando, um samurai com cimitarra? Cadê a katana?”, mas a verdade é que eu adoro cimitarras, e essa têm o desenho de um dragão chinês, todo dourado. Então aceitem um samurai de cimitarra.

Eu só havia chegado ao planeta a pouco menos de quinze minutos e já estava sentindo o cheiro do dinheiro. Eu adoro dinheiro e esse seria muito fácil. Eu só teria que encontrar um ser com 100 m de altura em uma ilha de 500 km², que aliás era a única porção de terra não submersa de todo o planeta.

Como esperado achar a besta não foi difícil. Na verdade ela me achou. Mas isso não vem ao caso. Oque importa é que a besta agora está na minha frente. Um ser gigantesco, quadrupede e peludo, lembrando um pouco a um búfalo mas com grandes espinhos de quartzo a sair pelas costas. Desembainho minha espada e o ser solta um grunhido muito parecido com ao de um tiranossauro. A batalha se inicia.

Corro em sua direção e ele faz o mesmo. Passo por entre as suas patas o atingindo com a espada quando possível, saio do outro lado sem nenhum arranhão. Já ele, por outro lado estava cheio de cortes por todas as patas. Corro novamente em sua direção e ele de novo faz o mesmo. Ele parece ser meio burro, e, talvez, desse para eu repetir o mesmo processo várias vezes, até derruba lo. Seria fácil.

Mas na terceira vez que eu faço a mesma coisa, exatamente no ponto onde eu estava no meio do ser, ele se joga ao chão, flexionando os joelhos e se deitando em cima dos mesmos e por consequência de mim também, por instinto me jogo ao chão segurando a cimitarra de modo que perfuraria o corpo da besta ao se deitar.

Ela se levanta um pouco depois de se deitar soltando um som igual a um elefante e eu estava lá, são e salvo. Graças a armadura. Me levanto e saio correndo debaixo dela antes que volte a se deitar.

Logo em seguida os cristais em cima da besta começam a emitir uma luz mais forte e o ser parece estar concentrado em algo. Reparo que as feridas nas pernas do ser estão se curando até o ponto em que não a nenhuma marca dos cortes que fizeram. Quando ele está totalmente curado os cristais voltam a iluminação normal. Com isso posso dizer que os cristais não eram quartzos, mas sim algum cristal desconhecido. Deve ser por esse motivo que eles querem a besta.

Agora eu estava empolgado. Teria uma daquelas grandes batalhas que seriam lembradas por mim depois, e como tal não podia deixar passar com uma simples trilha sonora de punk rock. Ajusto o reprodutor para tocar somente audiomachine e vou para a batalha.

Corro em sua direção e ele faz o mesmo. Me aproximo dele e passo por baixo dele. Ele se joga ao chão novamente. Eu que estava no canto rolo para a esquerda e dou um salto caindo em cima dos cristais desviando por entre eles até chegar a cabeça lá dou um salto para encravar a espada em sua cabeça, mas ele é mais esperto doque imaginava e me engole.

Desço até seu intestino, um lugar escuro e fétido, com uma gosma verde e grudenta. Crio fogo em uma das mãos para ver melhor o local ao meu redor e acabo pondo fogo na gosma. A besta solta um urro de dor e o vento que sai dela ao soltar o som apaga o fogo. Tenho uma ideia.

Com uma mão começo a lançar bolas de fogo para todos os lados e com a outra utilizo a cimitarra para cortar as tripas e abrir caminho rumo a liberdade. Tive que ser rápido pois o ser estava utilizando os cristais para se curar. Mas consigo abrir caminho para fora e dando um salto no final para ir rumo a liberdade.

Agora do lado de fora e sem fôlego encaro o monstro. Em suas costas vejo cristais com tamanhos bem menores que antes. Talvez seja assim que o derrote. Mas nesse instante o monstro se vira para mim , abre a sua enorme boca e começa a sugar tudo pelo caminho.

Começo a correr. Gramas, terra e árvores são sugados para o estomago da besta. Assim como outros seres tão estranhos quanto ele. Não consigo me afastar dele. Então me jogo no chão e me agarro a um pedaço de grama que ainda resistia a sua força. Tudo ao meu redor está sendo sugado, mas a grama a qual me agarro consegue resistir e para me ajudar invoco vários cipós que se agarram a mim e me prendem ao solo.

Ele finalmente para e observo ao meu redor. Tudo ao meu redor está destruído, parece uma zona de guerra, mas incrivelmente tudo ao meu redor parece estar voltando ao normal. As árvores estão crescendo e a grama voltando. Em pouco tempo tudo volta ao normal.

Porêm, o mais aterrador não está na floresta mas sim na besta, os seus cristais, eles estão maiores do que antes. Ele é indestrutível. Começo a correr para o mais longe possível dele, minha esperança é escapar dele. Ele fica parado me observando. Conforme me afasto ele vai sumindo no horizonte e então desaparece. Mas somente para voltar a aparecer a minha frente. Ele havia se tele transportado. A morte era iminente. Não conseguiria fugir. Mas se fosse para morrer que morresse lutando.

Corro em sua direção, ele fica parado me observando. Dou um salto bem a sua frente. Um salto bem alto, eu iria tentar dar outro golpe em sua cabeça destruindo seu cérebro. Sou engolido novamente.

Desço novamente rumo ao seu intestino, eu já estava cansado disso e não lutaria. Mas então eu vejo algo que me dá esperança. Um coração, um coração de cristal. Era a minha chance. Se eu conseguisse chegar até seu coração. Essa seria minha chance.

Finalmente chego ao estomago que agora estava entulhado de coisas. Primeiro invoco legiões de guerreiros de todas as formas. Eles surgem do lado de fora e começam a atacar a besta para distraí la. Enquanto isso eu estava a cortar suas tripas com a minha cimitarra, indo em direção ao coração, atravessando seus órgãos. Cada um mais difícil que o outro de se atravessar.

Mas, finalmente consigo chegar ao coração. Ao qual não era mais todo feito de cristais, ele tinha partes de carne em alguns cantos. Tento perfura-lo mas não dá certo, algo bloqueia o ataque o refletindo de volta. Cada vez mais o cristal sumia e mais partes de carne surgia, foi nesse momento que eu entendi. Para mata lo teria que faze lo gastar todo seu cristal. Então invoco ainda mais guerreiros para ataca lo por fora enquanto eu o dilacero por dentro. Começo a corta lo a esmo. Cada vez mais gritos vinham do âmago da besta. Gritos de dor.

Um som diferente vêm do seu interior, algo quase como um choro. Continuo a cortar. Não só minha armadura está vermelha como meu Corpo também, tudo causado por todo aquele sangue que ela soltara das veias. Até que então ele para de se mexer. Olho para trás, o coração era todo de carne. Corro na direção dele com a espada em mãos e a gritar. Filamentos iguais a línguas saem das paredes de carne ao meu redor, esses filamentos começam a se agarrar a mim tentando me impedir de chegar ao coração. A besta continua a soltar aquele som como a um choro.

Eu tento abrir caminho cortando os filamentos mas cada vez mais filamentos surgem, se agarrando as minhas pernas tronco e braços. Continuo a corta-los. Chego a alguns centímetros do coração mas tem muitos filamentos agarrados a mim e não consigo mover nada além dos dedos. Eles me erguem e começam a me levar rumo a uma das paredes de carne. A batalha estava perdida. Eu seria assimilado e eu me juntaria a besta nos tornando um só. Solto a espada. Ela cai a girar e reparo que ela parece fazer uma roleta russa no ar podendo cair tanto em cima do coração como ao lado dele. Meu coração se enche de esperança como nunca antes. A espada continuava a cair. Sinto a sorte bater em minha porta. Se essa espada cair e destruir esse coração eu estaria a salvo e para sempre só usaria cimitarras. Mas se ela errasse, nesse caso, eu me odiaria por ser um samurai que confiara nas cimitarras ao invés das katanas. A cimitarra cai em pé em cima do coração o atravessando.

Na mesma hora os filamentos se secam como folhas e eu caio. A besta se cala. A corrente de ar criada pelo seu respirar se cessa. Eu havia vencido e estava cansado demais para comemorar. Pego a espada e começo a cortar o corpo para sair de dentro. Por algum motivo ela ainda estava de pé.

Com muita facilidade consigo sair de dentro dela, e me jogo para o chão já que não tenho forças para pular. Por sorte meus nobres soldados estavam lá para me salvar. Todos eles. Honrados samurais de terra, nobres medievais de sombras, grandes piratas de gelo e valorosos jaguares de planta. Dou uma última olhada naquele que me dera tão honrada batalha e o vejo finalmente ceder ao chão, penso, “você me dera uma bela batalha meu amigo pode se sentir orgulhoso. Foi a mais difícil que já tive até então. Nunca me esquecerei de você.” E realmente, nunca me esqueci. Assim como fiz todos ao meu redor nunca se esquecerem de batalha tão épica que tivera.

Até hoje me questiono porque o matara. Não se tinha nada que provasse o fato de ele querer me assimilar e a missão era deixa lo inconsciente para pesquisas futuras e não mata-lo, apesar de mesmo assim ter servido. E como foi comprovado mais tarde ele queria era me expulsar de seu corpo e não me assimilar. Mas essa é uma outra história que não cabe conta lá nesse conto que deveria ser sobre mim. Agora.

Adeus, e obrigado pelos peixes.

NOTAS DO AUTOR

Olá , este é o meu primeiro de muitos contos (pelo menos eu espero) e por isso eu quero saber a opinião de vocês. “Oque acharam do conto? Quais são os pontos positivos? E os negativos? Quais temas vocês acham legais para outros contos?”, essas são algumas das coisas que quero saber de vocês, leitores, que são tão importantes para os escritores. E desde já deixo escrito que liberarei pelo menos um conto por mês. Isso mesmo, um conto por mês, podendo sair contos extras se o universo conspirar a meu favor. Como se não bastasse já digo que todos os meus textos são em um mesmo universo, mas acho que vocês irão perceber isso. Desde já agradeço pela leitura.

Este livro foi escrito, editado e revisado por H.C.SILVA, aquele que por um F não pode ser chamado de F.H.C.