A Sobrevivente - O começo do fim.

Não vejo ninguém mais nas ruas, a cidade está deserta. A super bactéria dizimou a população. Começou devagar, - Não se preocupem, tudo está sob controle. - dizia o governo, logo milhares de pessoas morriam por semana. Então começaram as quarentenas e os toques de recolher, tudo em vão. O pânico levou a população a loucura, saques, assassinato dos infectados, fizeram de suas casas verdadeiras trincheiras de guerra, ninguém entrava e ninguém saía.

Estou trancada em casa já fazem quase seis meses, minha família toda morreu infectada, não me atrevi a sair ainda, observo a rua pela janela e já fazem três meses que não vejo outra pessoa. Estou sem suprimentos, vou ter que sair de qualquer jeito, ou morro de fome.

Peguei a velha espingarda de meu pai, uma mochila bem grande e com muita cautela abri a porta, não havia ninguém, silêncio completo. Vi o carro de um vizinho, as chaves na ignição. Entrei no carro, dei a partida e funcionou, o tanque estava cheio. Fui até o supermercado mais próximo e vi que havia sido saqueado, as portas estavam arrombadas e todos os produtos revirados, ainda sobrou bastante coisa. Peguei alguns enlatados, toda a comida ensacada que encontrei. Não havia legumes nem frutas, nenhuma verdura. Peguei material de limpeza e higiene pessoal e fui embora.

Rodei a cidade toda e não achei ninguém. Comecei a entrar nas casas, gritava, perguntava se havia alguém, nada. Entrava e via muitos cadáveres, em vários graus de decomposição. O único hospital da cidade estava cheio de mortos. O ar estava contaminado, não dava para respirar. Voltei para casa com a certeza que não havia mais ninguém vivo além de mim em toda a cidade. Ainda tinha que decidir o que fazer.

Continua...

Inspirado na série The last man on earth, recomendo muito.

Priscila Pereira
Enviado por Priscila Pereira em 02/06/2016
Reeditado em 08/06/2016
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