O AMIGO. CAPÍTULO 2

Ia ele, andando, de forma arrastada, às vezes ele agachava, depois levantava logo e prosseguia, seu objetivo final distava dele alguns quilômetros, mas ele não desistia: Caminhava.

Às vezes sorria, às vezes chorava, mas prosseguia sua marcha, seu rumo, sua meta: Chegar. Como ele pensava em sua alegria quando chegasse a sua casa, seu apartamento, onde ele passou os melhores anos de sua vida, onde ele viu desfilar os melhores anos até o dia em que foi surpreendido por aquele vislumbre...

Aquela hora difícil, há seis anos exatos, dia e hora exata, onde ele encontrou o passaporte para a grande viagem, a viagem que hoje ele estava empreendendo na volta, no retorno. Ele andava cansado, com frio, molhado, com desequilíbrio, mas seus pensamentos eram exatos, equilibrados, pode-se dizer: Perfeitos.

Quanta aflição, quanta esperança a cada passo dado por ele, como poderia um homem de bem passar por aquilo, ver tudo ruir em questão de segundos, como aconteceu com ele em um domingo de manhã...Ele dizia para ele mesmo: Jonas, Jonas, prossiga, não deixe estas lembranças ruins te vencerem!

Estamos caminhando junto a Jonas para o capítulo final!

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 08/12/2015
Código do texto: T5474156
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