892-A CIVILIZAÇÃO DE SAH-HAR-Cp. 7 de O exilado de Kaplan

Relação dos contos desta série –

1º. Cap. – # 747 – Viajantes do Universo

2º. Cap. – # 889 – As Pirâmides de Zagan

3º. Cap. - # 890. –A civilização de Al-tlan

4º. Cap. - # 751 – Zênia e o Infiniedro

5º. Cap. - # 891 – Desistindo do Amor

6º. Cap. - # 753 – Vórtice Trans-espacial

7º. Cap. - # 892 – A Civilização de Sah-har

8º. Cap. - # 760 – Outras Terras, outros Povos

9º. Cap. - # 894 – A Grande Catástrofe.

Quando aqui chegamos havia na superfície do planeta Terra algumas civilizações importantes. O reino de Zingan era importante, mas igualava-se com o reino Atlan e de Sah-har. Posso afirmar que eram as três predominantes, sendo que havia inúmeros outros povos, mas por todas as terras habitáveis, e até um estranho povo que vivia no mar.

Atlan era a mais avançada em navegação e mantinha a maior influência sobre todas as outras. A região dominada por Zingan não era muito vasta, e era menos evoluida do que Atlan. Mas as gerações futuras, que receberam ensinamentos de nossa expedição, iriam transformar Zingan num grande império. Antes de sua destruição.

A oeste de Zingan havia um grande lago ou um mar interior, conhecido como Mar de Sah-har. Este mar era circundado por terras férteis e florestas verdejantes e só tinha uma comunicação com o grande mar do Oeste. Pelas informações do infiniedro, que revelava também o futuro, tal qual registrava o presente e tinha tudo sobre o passado, este mar interno, após a Catástrofe, ficaria completamente seco e a civilização implantada em suas margens desapareceria sem deixar vestígios. Mas isto é outra história que virá, no devido teme havia um grande número de portos que eram independentes. Ou melhor, interdependentes.

A civilização de Sah-har era constituída por quinze cidades portuárias à margem do mar ou grande lago. Toda a vasta região ao redor do lago era coberta por uma floresta densa, de árvores antiquíssimas e gigantescas. O respeito pela floresta era unânime em toda a região, bem como no reino de Zingan. Árvores de cem metros de altura, ou mais, entrelaçadas por cipós e lianas, cercavam todo o lago, exceto nas áreas das cidades e as ocupadas pela agricultura.

Notável era a convivência pacífica entre as cidades de Sah-Har, o reino de Zingan e a civilização de Atlã, e ainda outras pequenas cidades situadas mais ao norte.

Não havia, em todas as populações que conheci naquela época (antes do grande cataclisma), o conceito de propriedade de terras. No campo, cada agricultor estabelecia a área que podia cuidar, e usava a terra pagando apenas um pequeno tributo ao governante. Nas cidades, as casas eram construídas também sem o conceito de propriedade. Cada família erigia sua própria casa, usando os materiais disponíveis e ajudados pelas outras famílias. Igualmente era pago ao governante um tributo pelo uso do terreno, mas a casa não pertencia à ninguém, e portanto, não havia o conceito de herança de terras e imóveis, passando de pai para filho.

As cidades eram construídas em estilos diferentes, pois surgiram em diversas épocas. Quando a população crescia a ponto esgotar a capacidade da cidade em proporcionar uma qualidade de vida que julgavam ideal, outra cidade era planejada, mais moderna, e recebia os excedentes de população de todas as outras cidades. Não tinham um rei, ou um governo central. Havia um conselho de anciãos, que se reunia constantemente, e as deliberações desses sábios idosos eram acolhidas por todas as cidades.

Os governantes exploravam a mineração e portanto, todo ouro, metais preciosos, pedras e tudo que fosse encontrado sobre a terra ou em minas subterrâneas, eram dos reis ou dos governantes.

Em virtude disso, alguns domínios mais ricos que outros, mas essa riqueza não era usada para oprimir ou dominar os povos vizinhos.

Os povos eram, todos, sem exceção, de índole pacífica. Não vi sinais de guerras de conquista. Havia, tanto em Atlán, como em Zigan e nas cidades de Sah-har, os Sábios Juízes, aos quais eram submetidas sãs pendências entre os habitantes, que se submetiam às decisões sem necessidade de punições.

A tolerância entre os povos se estendia, claro, à questão religiosa. Cada cidade tinha o seu deus, ou até mais de um, cultuado pelos fieis, que não eram fortemente ligados às praticas religiosas. Não havia proselitismo, isto é, ninguém tentava convencer o vizinho ou amigo que sua religião ou seu deus era melhor.

Havia uma aura de paz, tranquilidade e harmonia, que circundava o planeta e que afetava todos os seus habitantes.

Quando deixei Zingan, teletransportei-me para a mais distante delas, que ficava justamente defronte o canal de comunicação do Mar de Sah-har com o grande mar de Oeste, que chamavam de Mar de Atlan.

Seu nome era Sah-har-Fin, que siginificava Sah-har Número Um, ou A Primeira (cidade) de Sah-har. As outras tinha o mesmo nome, modificando-se apenas a última partícula, que indicava o número particular de cada uma.

Sah-har-Fin era mais antiga e suas construções menos imnponentes. A população era grande, avalio que chegasse a umas cincoenta mil pessoas.

Permaneci na região do mar de Saa-har, vivendo grande parte de minha vida viajando de porto em porto. Aos poucos fui enfarando-me daquela civilizações e viajei para o leste.

ANTONIO ROQUE GOBBO

Belo Horizonte, 17.10.2012

Conto # 892 da Série 1.000 HISTÓRIAS

Antonio Roque Gobbo
Enviado por Antonio Roque Gobbo em 20/10/2015
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